Handmades</center>
 
*
Bem-vindo, Visitante. Por favor faça o Login ou Registro. 08 de Maio de 2024, as 14:53:09


Login com nome de usuário, senha e duração da sessão


Páginas:  1 [2]   Ir para o Fundo
  Imprimir  
Autor Tópico: Fender Strato feita de papelão  (Lida 9792 vezes)
Diego Gin
Visitante
« Responder #15 : 08 de Dezembro de 2015, as 10:54:12 »

Como deve ser a vibração desse material? As frequências? Parece que ela não retém graves
Registrado
RuyThonson
Freqüente
**
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 257

Obrigado
-Dado: 105
-Recebido: 62



« Responder #16 : 08 de Dezembro de 2015, as 11:23:26 »

Já dizia o poeta: Quando não se entende a diferença entre uma guitarra de 500 e uma de 5.000, é melhor economizar 4.500.
Registrado
RafaS
Iniciante
*
Offline Offline

Mensagens: 161

Obrigado
-Dado: 117
-Recebido: 20



« Responder #17 : 08 de Dezembro de 2015, as 12:52:31 »

Como deve ser a vibração desse material? As frequências? Parece que ela não retém graves

Isso pra guitarra não faz diferença, só pra violão. Ressonância é um fenômeno acústico aplicável a instrumentos com caixa de ressonância.

O pessoal que fetichiza mogno e torce o nariz pro cedro ficaria surpreso de saber que uma boa parte das Les Paul 1952 eram feitas de cedro - veio a revolução cubana e "o jeito foi usar mogno". Nunca passou pela cabeça deles "ressonância" em instrumento de corpo sólido.
Registrado

"Dê um peixe e você alimenta ele por um dia. Dê uma guitarra e você diverte ele pro resto da vida."
Diego Gin
Visitante
« Responder #18 : 08 de Dezembro de 2015, as 15:32:48 »

Como deve ser a vibração desse material? As frequências? Parece que ela não retém graves

Isso pra guitarra não faz diferença, só pra violão. Ressonância é um fenômeno acústico aplicável a instrumentos com caixa de ressonância.

O pessoal que fetichiza mogno e torce o nariz pro cedro ficaria surpreso de saber que uma boa parte das Les Paul 1952 eram feitas de cedro - veio a revolução cubana e "o jeito foi usar mogno". Nunca passou pela cabeça deles "ressonância" em instrumento de corpo sólido.

Essa lógica não se aplica mais a captadores ativos?

Sendo assim, um basswood ou o mogno asiático com grandes concentrações de metais não dariam diferença?  Embarrassed
Registrado
Finck
Handmaker
****
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 1.726

Obrigado
-Dado: 62
-Recebido: 271



« Responder #19 : 08 de Dezembro de 2015, as 17:28:42 »

Penso que quando se fala de instrumentos elétricos, a lógica não se aplica de forma nenhuma... Tem instrumentos que simplesmente deveriam "dar errado", no entanto seu timbre nos parece fantástico. E o contrário também ocorre...

São tantas variáveis envolvidas, aliadas à elos externos do sistema (amplificador, cabos, pedais, ambiente), além das questões psicoacústicas (um componente "de marca" tem que ser soar melhor do que um genérico...), que no final das contas vale a máxima "se te parece bom, então é porque está bom"...
Registrado

Se alguém ficou curioso, meu avatar é o brasão da família Finck. Dizem que os brasões das famílias alemãs estão relacionados com a profissão de seu patriarca. Se isso for verdade, o patriarca Finck deve ter sido bobo da corte...
Lamer
Handmaker
****
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 1.629

Obrigado
-Dado: 79
-Recebido: 105


« Responder #20 : 08 de Dezembro de 2015, as 22:46:08 »

Se a Fender quiser fazer uma parceria eu mando o papelão pra fazer minha guitarra. _
Registrado
EddieTavares
Visitante
« Responder #21 : 09 de Dezembro de 2015, as 20:11:40 »

Já ouvi até luthier dizer que o timbre da guitarra vem dos captadores e o resto não tem influência, respeito a opinião, mas, durante anos tenho feito algumas  experiências com corpos, braços, componentes, circuitos diversos... E, não sou Expert mas digo com 100% de certeza que influencia, e muito. No início eu acreditava que o timbre residia no corpo da guitarra, ledo engano, é o conjunto! Entretanto, o braço parece "falar" mais alto na formulação do timbre, marfim vs maple da uma boa diferença, infelizmente todos os braços de mogno que tive acesso estavam colados a um corpo, mas gostaria muito de ter um belo braço de strato em mogno.

Quanto aos corpos, a densidade é o fator que acredito ser mais importante, entretanto o basswood pode ter a mesma densidade do alder mas vai sempre soar mais abafado e mais médio, assim sendo, se um conjunto soa abafado, colocamos um conjunto de captadores mais brilhantes e assim equilibramos a manissoba e vice versa.

Mas voltando ao papelão, cada veio do tronco de uma árvore representa um ano, a parte mais escura do veio se forma no inverno quando a árvore recebe menos água e sol, a parte clara se forma no verão, a parte clara é menos densa que a mais escura, tá, mas o que isso tem à ver? Bom, suspeito que o cardboard simule a ressonância da madeira pois o cardboard também tem veios, de certa forma. A parte sinuosa do papelão tem menor densidade que as partes retas... A ideia é legal, mas acho que aqui na terra do sací, o papelão sairia mais caro que a madeira, e cá entre nós, que guitarra feia!





Registrado
Finck
Handmaker
****
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 1.726

Obrigado
-Dado: 62
-Recebido: 271



« Responder #22 : 09 de Dezembro de 2015, as 22:25:38 »

Não só o tipo de madeira influencia, mas a forma como é cortada, seu teor de umidade, a idade da árvore, o solo onde ela cresceu...

Por isso que eu disse que a lógica não é aplicável. Dois braços teoricamente idênticos, feitos do mesmo tipo de madeira, quando montados num mesmo corpo com os mesmos captadores e ferragens (quero dizer, para "isolar" o efeito de um único componente) vão apresentar resultados diferentes, porque há variáveis que normalmente não se leva em conta (exemplo: o solo onde a árvore cresceu, que define o teor e o tipo de resíduos minerais na madeira...), e que afetam o tal resultado. Se pobres mortais (como eu) conseguem de fato perceber a diferença, já é outra estória.

Mas ficar pensando nisso é pedir para ficar xarope.

Quanto à guitarra de papelão, finalmente parei para ver o vídeo. Parece-me um exercício de design apenas, igual aquelas roupas ridículas que os grandes estilistas exibem nas passarelas, mas que ninguém em sã consciência teria coragem de usar na rua...

Registrado

Se alguém ficou curioso, meu avatar é o brasão da família Finck. Dizem que os brasões das famílias alemãs estão relacionados com a profissão de seu patriarca. Se isso for verdade, o patriarca Finck deve ter sido bobo da corte...
EddieTavares
Visitante
« Responder #23 : 10 de Dezembro de 2015, as 10:12:32 »

Sem dúvida, mas os mesmos cuidados são tomados nas marcenarias, o corte de um braço é o mesmo de um pé de mesa, todos estes fatores contribuem para a estabilidade da madeira. Ninguém em sã consciência usaria madeiras com umidade acima de 10.. 12% de umidade, é pedir pra ter dor de cabeça.

Hoje em dia até mesmo instrumentos bem baratos apresentam estas características, mas não é porque eles são bonzinhos, é por que empena mesmo.
Registrado
Finck
Handmaker
****
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 1.726

Obrigado
-Dado: 62
-Recebido: 271



« Responder #24 : 10 de Dezembro de 2015, as 21:54:06 »

Com relação ao teor de umidade, a regra de "bem seca" nem sempre é válida, Eddie. Já li (confesso que não lembro onde) que o teor de umidade "ideal" depende de cada madeira. Há algumas espécies que com teores de umidade abaixo de um certo percentual se tornam excessivamente quebradiças. Eu não saberia dizer se este seria o caso de alguma madeira tipicamente usada em instrumentos. Mas acho que vale o registro...

Para piorar, a maneira como é feita a secagem afeta as fibras. Se for muito rápida, por exemplo, a peça empena durante a secagem. Aí a gente pensa "ah, mas vai ser trabalhada, então tudo certo". Ledo engano! Digamos que o cara use a peça seca na marra (e empenada no processo) para fazer, digamos, um braço. Num primeiro momento, tudo está perfeito.

Só que madeira é (muito) higroscópica! Mesmo protegida com verniz, com o passar do tempo ela vai absorver umidade (do ar, das mãos...) de maneira não uniforme, e irá se acomodar à nova situação, ainda mais estando submetida à tensões mecânicas (ou seja, vai voltar a empenar). Claro que o tensor resolve o problema do empenamento no sentido do eixo longitudinal, mas e as torções?

Uma vez eu cometi a estupidez de deixar uma prateleira de pinus, que havia molhado, exposta ao calor do sol. A peça não empenou quando foi molhada, mas quando esquentou com o sol, ela se torceu! Não só empenou, torceu!

Sobre o "corte de um pé de mesa ser o mesmo de um braço (de instrumento, imagino)", não entendi a comparação. As forças aplicadas às duas peças são substancialmente diferentes.
Registrado

Se alguém ficou curioso, meu avatar é o brasão da família Finck. Dizem que os brasões das famílias alemãs estão relacionados com a profissão de seu patriarca. Se isso for verdade, o patriarca Finck deve ter sido bobo da corte...
bossman
Administrator
DIY Freak
******
Offline Offline

Sexo: Masculino
Mensagens: 6.274

Obrigado
-Dado: 1902
-Recebido: 448



« Responder #25 : 17 de Dezembro de 2015, as 14:53:50 »

Ahhh a eterna discussão sem fim sobre os tipos de madeiras aplicados a instrumentos musicais!
Registrado

Ding-Ling things, low-cost = low protection! Nothing is foolproof
felix
Visitante
« Responder #26 : 17 de Dezembro de 2015, as 19:31:53 »

O que eu sei, é que dependendo do tipo de cola, compensados e aglomerados podem ser mais "duros" que as madeiras mais comuns a instrumentos.
O mesmo vale para o papel.

Tentem essa experiência quando precisarem preencher algo:
Criar uma bucha de papel toalha e pingar superbonder(genérica, quanto mais "líquida" melhor) a vontade no papel. Quanto mais o papel absorver, mais resistente ficará o material.

O que se forma, é uma espécie de plástico ultrarresistente, ou um aglomerado rápido.  Cheesy

Eu tinha uma havaianas aqui com o buraco central da fivela arrombado, então usei esse truque, uma vez que tudo que eu tentava colar soltava da borracha, esse enxerto já dura meses, mesmo molhando o chinelo quase todos os dias.

Se eu já tivesse essa "técnica" no passado, eu teria realizado trabalhos bem melhores nas modificações dos corpos dos meus instrumentos mais franksteins...  Evil
« Última modificação: 17 de Dezembro de 2015, as 19:38:47 por felix » Registrado
Páginas:  1 [2]   Ir para o Topo
  Imprimir  
 
Ir para:  


Powered by MySQL Powered by PHP Powered by SMF 1.1.21 | SMF © 2006-2009, Simple Machines

XHTML 1.0 Válido! CSS Válido! Dilber MC Theme by HarzeM
Página criada em 0.061 segundos com 22 procedimentos.
SimplePortal 2.3.3 © 2008-2010, SimplePortal