Handmades

Bem, eu já sou um tiozão, então não dava mais pra tentar uma carreira como músico profissional, até mesmo porque ainda teria que melhorar muito para me considerar pronto.

Depois, eu já não teria paciência para a labuta de tocar em todo canto para divulgar o meu trabalho, então me contento em ser um "guitariste de chambre" (guitarrista de quarto).

Porém, tenho uma dificuldade imensa para tocar qualquer coisa na frente de outra pessoa, mesmo amigos meus que já são quase irmãos.

Quando tento, não sai nada, eu volto a ser um iniciante tosco, só sai som de briga de gato, erro muito, mas muito mesmo.

Sozinho eu vejo que estou desenvolvendo, mesmo que lentamente pois nunca tive um professor, e até consigo tocar de maneira aceitável, mas quando tento mostrar algo para alguém, eu não consigo.

Nas lojas os vendedores me dizem para testar o equipamento e eu já vou dizendo:"Não é necessário, eu já o conheço bem", e conheço mesmo, pois antes de comprar eu assisto uns tantos vídeos e leio muito sobre o "troço".

As vezes gostaria de gravar um vídeo para mostrar um pedal, ou outro equipamento, mas não dá.

O interessante é que eu falo em público tranquilamente, mas tocar...

Então é isso, você tem medo de se apresentar também?   Já superou esse medo?   Fala aí a sua estória.


Abraços.

  

Se tu me visse tocando tu perdia o medo na hora... Se tu não é músico profissional então não tem por que ter medo de errar, ou tu acha que os bam bam bam nunca erraram? quando fazem shows tortos de tão bêbados e drogados e o povo acha lindo eles errarem... desencana.

Ano passado ou retrasado, não lembro direito, teve show do Chuck Berry aqui em Curitiba. Não fui pois só fiquei sabendo depois do show, mas o comentário geral foi que ele errou demais, desafinou e esqueceu as músicas, mas o show estava ótimo (e só de ver o Chuck Berry devia estar mesmo). Isso me leva a crer que o possoal está lá não tanto pela música mas pela "vibe" do momento (claro que a música faz parte da "vibe").

Acho difícil que alguém veja um vídeo meu com demonstração de pedal ou amp... pois isso seria uma afronta aos ouvidos dos espectadores. Como eu costumo dizer, tenho mais equipamento que talento (e bem mais)...

Forte abraço.

Daniel.

 :D

Piora muito com as cervas, Marcos.

Até sozinho, quando bebo, eu mesmo vejo que piora.

Acho que só quando eu estiver tocando muito, mas muito mesmo, eu terei segurança para tocar em público.

Mas aí eu já estarei com artrite e surdez, e a fralda geriátrica cheia de xixi.   :D

Daniel, eu também sou do time do "garoto gordinho dono da bola", que tem uma bola adidas oficial e só por isso joga na pelada da rua.

Tenho equipamento mas não a habilidade para usar.

Até já desencanei um pouco, tanto que abri este tópico para revelar o problema, mas na prática ainda me limita.
 

Abraço.

 

Eu também tenho isso. Percebo que, quanto mais eu conheço as pessoas que estão perto, mais medo eu tenho. Se eu for gravar algo, mesmo que sem compromisso, mesma coisa. Já fiz uns improvisos e arranjos legais, ai falo "vou gravar", aperto o rec e começo a tremer. Se for para cantar, eu notei que canto melhor se eu fecho os olhos ou foco minha visão no microfone ou em algum ponto do chão, sem olhar pra ninguém, como se eu estivesse sozinho. E tocando guitarra, eu notei que, quanto menos eu ouço a guitarra, melhor eu toco :D. Por exemplo, quando o baterista está fazendo aquele monte de viradas para encerrar a música. Me solto mais, improviso mais. Fico olhando pra guitarra enquanto improviso, imaginando o som.

Mas nada é igual a quando eu toco sozinho no meu quarto ou canto sozinho no carro...

E claro, as cervejas ajudam [beer2] :D :D :D

Taí Marcão, pra cantar as cervas ajudam.

Sou bebum cantor também, mas para tocar elas atrapalham.


Abraço.

Olá amigos,

Não sou expert no assunto, mas você pode tentar treinar, colocando familiares e amigos para assistir você tocar em casa e nos ensaios, até se sentir confortável pra tocar em uma festa pequena e por aí vai. Tem que trabalhar mentalmente para que o foco seja a música e não as pessoas, reparar o seu comportamento, geralmente quem está nervoso quase não se mexe e tende a olhar para baixo e se contrair, quase juntando os ombros.  :D  Avalie isso e tente fazer justamente o oposto, você vai se acostumar e com o tempo desencanar. Espero ter ajudado!!!
Boa sorte!

Deathbr, no meu caso, o problema não é esta lá na frente das pessoas, eu até sou solto pra falar e fazer piada com tudo em público, mas o problema é a técnica que desaparece.

Até já tentei chegar na casa de um amigão já aquecido, toquei por mais de uma hora antes de ir pra lá, pensando que poderia ser tipo, chegar frio e tentar fazer algo difícil para impressionar e por isso errar.

Mas não adiantou, cheguei lá e os gatos voltaram a brigar.


Abraço.

Não cheguei a fechar shows propriamente ditos, mas já toquei guitarra para muitos estranhos por ai.

Mas a lógica é ser natural.
Não precisa ser um bom músico para ter uma boa performance, até porque só 1% da população conhece algo de música, e destes 1% , somente 10% vai saber o que realmente você está querendo tocar.

Outra coisa, assim como na pintura, saber corrigir/esconder/transformar um erro, é mais importante que saber a técnica em si.
Errar é humano, não é que os deuses nunca erram, mas quando eles erram quase ninguém repara.

Dicas.
Evite tocar só para pessoas que te conhecem muito, isso é constrangedor, deve ser o último passo.
Toque algo que goste na maior parte do tempo, mas não toque só o que goste.
Toque com pessoas que tocam, faça ou entre em uma banda ou conjunto, assim fica fácil.
Ensaie muito com músicos de diferentes estilos e diferentes instrumentos.
Não fique parado tocando, imponha sempre uma minima movimentação, movimentação impressiona mais que a técnica em si.
Depois de tocar com um monte de desconhecido que conhece minimamente música, você poderá tocar para qualquer platéia "pagã" de ouvido, musicalmente falando.

Cara, sabe o que você faz, começa a gravar você mesmo, por que também passo por isto como todos, mas ai vai a experiência de tocar na frente de um público, tipo, eu toco em cultos de igreja, geralmente em igrejas Cristãs tem um monte de músicos secando o cara, pior quando aparece um cara profissional bonzão e fica te secando, ai o cara pira na batatinha, mas começa gravando aos poucos, se puder gravar video melhor, pode te ajudar..

O Eddie Van Halen falou algo assim, se você errar, repita o erro, assim as pessoas vão pensar que você realmente queria fazer aquilo.  :D


Hummmm, eu acho que você acertou na mosca Félix, eu sempre pensei ao contrário, tocar para pessoas amigas seria mais fácil, mas agora eu acho que vou começar a testar equipamentos nas lojas.

Montar uma banda ainda não é possível, mas quem sabe no futuro, uma banda de velhotes para assassinar uns Blues tradicionais.  :tup

Gravar é também uma boa Adriano, eu comprei um shure 57 e tenho uma mesinha yamaha de 10 canais, vou começar a bolar um jeito de gravar, acho que vai aumentar a confiança em mim mesmo.  Mas pra começo, serão sessões privadas, "for my ears only".  :D


Abraços.

Bem vindo ao clube !

Boa tarde a todos,
Eu tive essas limitações há algum tempo atrás, na época eu era bem cru no quesito técnica, na verdade sou ainda...

Há alguns vários anos atrás me chamaram para tocar uma música no violão para um cara ver, sabiam que eu tocava ela bem, e eu também sabia disso, mas na hora que eu cheguei na casa dele o violão pulava na minha mão de tanta tremedeira, eu enrolei enrolei, fomos trocando uma ideias, mostrando algumas firulas e o nervosismo foi embora...

Depois desse fato eu fui melhorando aprendendo mais, e chamava alguns amigos para fazer um som, isso me ajudou muito também, lembro ainda que fui na casa desses amigos e quando ele ligou a guitarra eu assustei com o volume, imaginava tudo bem baixinho e só a gente escutando...  :D :D :D

Quando toquei na minha primeira banda eu estava tocando baixo, por ter praticado guitarra a muito tempo, isso me deu uma certa facilidade no baixo, no primeiro show a primeira música foi tenso!!

Depois de alguns minutinhos eu fiquei mais tranquilo, e acabou que curti tanto que mesmo sendo a primeira vez que piso em um palco todos gostaram da minha performace...

Hoje com uma quantidade considerável de shows e duas bandas eu já estou bem mais tranquilo, é claro que ainda as vezes dá um friozinho na barriga!  :D :D :D :D

O negócio ao menos para mim foi sempre tentar ter uma companhia para estudar fazer um som, você evolui mais rápido e perde esse medo, se tiver alguém para você ensinar um pouco do que você sabe é melhor ainda, porque você pode tocar sem medo de errar ou travar e mesmo assim quem é leigo e está aprendendo vai te achar o Jimi Hendrix...  (guitar_player

Sobre a bebida, me compromete muito, na verdade não bebo de entornar, umas 3 ou 4 long necks já dá pra animar, mais que isso atrapalha, então eu deixo para beber enquanto toco, entre uma música e outra é bacana, e é claro após o show...

Até tu Boss ?!?!  :D

Eu te imaginava tocando no morumbi lotado.  :D

É pau né?  Tanto esforço pra aprender e na hora de fazer aquele legato rapidinho e impressionar todo mundo, sai "miau, maaaauuuu, miuuuu".  :D


Também acho que sim andersohm, mas no momento eu não conheço um cara que goste de guitarra e que eu tenha amizade para fazer um som juntos, quando morava em Recife ainda tinha, mas aqui em Jampa eu ainda não tenho um amigo assim.

 
Abraço.

Meu Deus!!! Como eu já passei por situações parecidas, toquei por quase 12 anos e briguei muito contra esse tipo de situação na minha cabeça... Meu maior problema eram os momentos de destaque, num solo por exemplo, toda técnica desaparecia, parecia que eu voltava a ser um garoto aprendendo as primeiras notas, não que eu tocasse muito, mas em casa, sozinho, as frases saiam eté de olho fechado :pinchX, e não importava quanto eu ensaiasse, o quanto eu estivesse pronto, na hora que tinha outras pessoas observando, minhas mãos e pernas "gelavam" e minha mão transpirava muito :'(

Olha eu aí quando era "novinho", na hora do solo "travado de pânico", concentrado pra não errar, e não pense que era porque tinha muita gente, pois em lugares pequenos e com poucas pessoas, observando com atenção, a coisa piorava!!!

https://youtu.be/JyG1C8Vcqjw?t=199

Felizmente com o passar do tempo eu fui "desencanando" cada vez mais até chegar em um momento que isso já não me afetava tanto, acho que a gente vai de se acostumando com as situações!!! Legais as dicas do Felix e do Adriano_Passos.

Pois é! Isso diminuiu bem depois que entrei numa banda mas, ainda é forte na hora de apertar o REC

Basoni, se eu fosse jogado nessa situação do teu vídeo hoje, eu rezaria pedindo um ataque cardíaco, e se ele não acontecesse, eu simularia um.  :D

Mas se eu sobrevivesse ao show, eu mataria o vocalista por ter dito o meu nome antes do solo.  :D

Eu vou superar, mas ainda quero melhorar muito para dar confiança.


Abraços.

Nossa, no primeiro show ao vivo que fiz na minha vida fiquei gelado, amarelo, transparente...tudo que pode imaginar pois achava que todos iriam reparar nos meus erros. Hoje em dia eu tomo um remédio antes de tocar, se chama cerveja  >d >d

Atualmente não tenho mais medo de me apresentar em público, como trabalho na área da educação, o improviso e o domínio do conteúdo ajudam pacas. Agora que estou trabalhando em um cursinho eu gelei quando entrei na sala e vi 300 alunos esperando eu ensinar termodinâmica (...pois professor sempre sabe tudo, né...  :-[ )...gelei nos primeiros segundos pois é uma grande responsabilidade, depois não queria sair mais...

Tiago, se eu fosse me apresentar ao vivo hoje, e tomasse umas cervas, eu acho que me daria muita coragem, mas era coragem pra sair correndo dali.  :D

Falar em público, como já disse, eu consigo numa boa, já gerenciei uma filial de uma empresa de terceirização de mão de obra e tinha que falar pra algumas dezenas de pessoas de vez em quando.   Sem problemas.

Tocar é que é o "elas".

Abraço.

Quando eu era adolescente eu fazia teatro, isso me ajudou muito.

Minha primeira banda na primeira apresentação foi num quiosque em Mongaguá, lá na plataforma (Quiosque 1), a banda chamava-se Uraizen. Ensaiamos muito, a música de abertura foi The Call of Ktulu que pegamos em uma noite. Como éramos os próprios roadies a tensão começou já na arrumação da bagunça. Quando chegou a hora de iniciar a coisa, era um olhando pro outro com cara de "Ferrou!", olhamos pro batera que no '1, 2, 3, 4' das baquetas começamos. Foi muito, muito, muuuito bom! Uma das lembranças mais gostosas da minha vida! Juntaram umas 100 pessoas na apresentação, tivemos até uma banda de abertura. Jamais vou me esquecer daquele povo todo pulando e gritando "Sweet chinld o´mine". Depois que sai a primeira nota, é só curtir.

Anos depois, toquei em Itanhaém com outra banda, só tocávamos Silverchair e nos jogaram no fim da agenda, fiquei muito irritado com isso e bebi conhaque a noite toda. Resultado: Estava tão bêbado que não conseguia tocar. Foi brabo esse dia. Mas hoje, lembramos rindo do caso.

Não tem fórmula para perder a vergonha. Já fiz showmicio para 3000 pessoas e é a mesma coisa que para 30. E o mais 'tesão' é ver a galera curtindo o seu trabalho, aliás, não há preço que pague essa sensação.

Eu sempre fui extremamente tímido para falar em público, aliás, sou até hoje..., e tive sérios problemas quando precisei falar em público para um Auditório lotado na época que fiz um curso no Senai, mas ocorre uma coisa incrível comigo..., quando toquei a primeira vez em uma Banda, anos atrás, aquilo me contagiava de uma maneira incrível e não sentia qualquer vergonha, medo ou coisa do tipo..., e não era um bom Guitarrista, de alguma forma, sinto a agitação e adrenalina do heavy metal nas Veias, talvez quando toco, o espírito do Deus metal incorpore, vai saber..., enfim, para uma Banda e tocar em público eu consigo e me contagia, agora ter de falar em público seja qualquer coisa, eu simplesmente travo..., vai entender...,

Esse é dos meus  >d

Eu já aprendi a lhe dar com isso em apresentações de trabalho e tensões pré-provas, apesar de não ser apresentação... Mas ainda quero ver como me saio em uma banda hehe.

Acho que quando se é jovem, embora o "defecaço" também seja grande, a superação é mais fácil, quando se fica mais velho as ideias vão criando raízes profundas e são difíceis de se mudar, mas não impossíveis...

Mallermb, eu também sou até hoje batedor de cabeça.  (deathmet   Hail Crom!  :D

Abraços.

... embora hoje em dia dói a cabeça a 'bangueragem'... hahaha

Minha última apresentação eu devia ter uns 27... hoje eu tenho 32... ainda tenho vontade de fazer um som, mas não mais covers... queria montar uma banda com composições próprias e esporadicamente tocar covers...

Juliano, hoje eu só marco o ritmo, se bater como eu fazia na adolescência, eu caio no chão tonto.  :D


Abraço. 

Na verdade quase ninguém comenta sobre esses assuntos o que não o faz menos interessante...

Lembrei que uma vez vi uma entrevista na qual o Slash dizia que sentia certa tensão ao tocar sweet child porque ele a achava complexa...  ???
Se o cara que fez a música e a executava sempre se sente assim...
Mas é bom saber que mesmo grandes músicos passam por isso também, torna a coisa mais humana.

Vez ou outra eu solto uns miaus em algum show, mas é como disseram: Erre, mas erre com postura de quem está acertando, se você for convincente passa batido...

Vi alguns vídeos de um show mais recente da minha banda...

Acabei exagerando um pouco na cerveja, resultado: toquei todo travado, não só pela cerveja, mas eu também não estava me escutando, e imaginava que estava tudo errado, se eu tivesse ouvido o áudio igual está no vídeo eu certamente teria aproveitado mais...

Ferro Velho
Pode ficar confiante, eu acredito que na verdade a técnica ajuda, mas o melhor é você saber o que está fazendo, o que quer fazer, e ter em mente de que você mesmo no palco, ou numa roda de violão, que seja, consegue curtir tanto quanto quem está te ouvindo, daí é só aproveitar cada momento da sua apresentação...

Em questão de palco e apresentação no geral, eu aprendi que sempre é bom quando a banda está no estúdio, todos ensaiarem a apresentação, tipo em qual momento o vocal ou alguém da banda vai falar, não que vá seguir a risca, mas na hora do show facilita e evita que todos fiquem tensos imaginando o que virá adiante...

Vamos fazer um som via videoconferência para ajudar! hehehhehehe
P.S.: Sempre quis saber se isso alguma vez na vida daria certo... Só por curiosidade.  :D

andersohm, eu só tenho agora um caminho a seguir, e é tocar até me sentir seguro. :(

Mas quanto a jam por vídeo conferência, eu estou pronto:  :D

(http://groundglass.ca/coolpix/DSCN7230.jpg)


Abraço.

Infelizmente não tem uma "fórmula mágica" para este problema... vale agora experimentar as dicas da galera e ver qual surte o melhor efeito para você..

Ferro Velho,
Tiozão e não tocar bem tem um clube cheio deles, do qual também faço parte, porém temos que fazer algo.  Que tal começar fazendo uma base, daqueles que ficam lá no fundo do palco... Aí começa a acostumar com o público e com o próprio palco.  Fazer aulas para melhorar a técnica é altamente recomendado, pois quando se domina a técnica e o instrumento fica tudo mais fácil.  Acho que é uma boa fórmula (é o que eu faço).
No mais, relaxe e curta o som que está fazendo, principalmente com pessoas que também curtam o mesmo som.
Abraços
 (guitar_player

O problema é quando a gente fica muito tempo sem banda, e passa a tocar só para si.  Aí rola o medo de que as músicas não vão agradar, ou que se está muito enferrujado.   :pinchX

Ai é só voltar para o início.

Tocar com quem está aprendendo (se divertir mesmo)
Tocar com quem já sabe alguma coisa
Tocar com quem saca bem
Tocar com amantes de música
Tocar com viciados em música
Tocar com profissionais.
Tocar com mestres

Sempre paro no 5 passo, fico com preguiça de ter que estudar.  :P

Essa dica do Antonio de Campos Junior é muito válida. Também comecei assim. Até hoje não me considero um bom guitarrista e toco apenas nos cultos aos domingos na igreja e em casa, é claro.
Nunca fiz aulas de guitarra, o pouco que sei foi metendo as caras e aprendendo na vontade.

No começo, era só base mesmo, deixava solos e arranjos mais complexos para a tecladista. Agora já me arrisco a fazer alguns solos simples. O primeiro solo saiu tudo errado como acontece com a maioria aqui por conta do nervosismo!  :D

O problema é que hoje todos nos somos muito cobrados as ser perfeito em tudo, hoje o erro é quase que imperdoável, dependendo da pessoa isto atua como uma grande pressão psicológica, ainda mais se você toca com pessoas impacientes e muito perfeccionistas, o bom é tocar com uma galerinha humilde e crescer junto com a banda, ou fazer que nem disseram, começa fazendo uma base de boa, depois faz uns solos tranquilos(nem sempre solo fritado é o mais audivel), aqueles solos que você fecha o olho toca simples, mas com o coração. Seja feliz, não se importe muito com as opinião alheia, cada dia você sobe um degrau da escada, daqui a pouco você será um otimo musico, você não vive da música, não é profissional que nem alguns que tocam no minimo 4 horas por dia, tem vez que temos que nos contentar com o tempo que nos sobra e com aquilo que conseguirmos fazer e ser feliz.

Dica: Seja feliz com aquilo que você sabe.

Tem toda a razão mas acho que não é só quem fica sem banda...
Eu ainda tenho esse medo às vezes (das músicas não agradarem), mas acaba passando logo quando subo no palco, graças a Deus têm dado tudo certo...

Ferro Velho
Belos trajes!  :D :D :D :D :D

Felix
Essa coisa de estudar é um tanto complicada para mim, eu quase nunca consigo também...  :-[

Pessoal, valeu pela força.
Estou  sem internet, a NET esta fora do ar aqui em casa.
Respondendo pelo celular.
Vou me concentrar em estudar mais seriamente e seguir alguns conselhos dados aqui.

Abraço.

Meu caro, seu caso é muito parecido com o meu. Só não é igual por um detalhe: quando eu não aguentava mais a situação eu procurei um professor que me ensinasse num método que construíssemos juntos. Sem prazo, sem pressa, sem provas... Há um ano ele propôs que fôssemos para um estúdio, "para experimentar um som de verdade". Fomos eu, o professor e um amigo que também fazia aulas. A diferença é absurda! Nos primeiros dias de estúdio, até dava dó da gente. Amanhã vamos para nossa grande estreia. Um show que nós mesmos montamos, para os amigos dos membros da banda. Já temos 200 ingressos vendidos. A banda é composta de 3 guitarras (eu, meu amigo e o professor), um baixista (também aluno dele, que aderiu) e o baterista (que é meu filho que tem sua própria banda, mas integrou a nossa para dar uma força). Convidamos uma banda para abertura (vai tocar 8 músicas) e nós vamos tocar 17 músicas. Todas ensaiadas, porém todas "mais ou menos". Mas para nós não importa!!! Vai sair o nosso melhor.
A gente costuma ser crítico demais conosco. Concordo com o que muitos já disseram antes; na hora H, no meio dos instrumentos, qualquer erro que certamente ocorrerá, poderá passar bem pelo crivo do nosso público especialista. E o mais importante é SE DIVERTIR!!! É para isso que estamos aqui.
É isso: faz um esforço de montar uma banda. Vai se surpreender com você mesmo!  :tup   
[Modo sarcasm on] Me enquadro na sua categoria de "velhotes"; mas os Stones também são uma banda de velhotes...  :D[Modo sarcasm off]

Primeiro show com 200 pessoas é como perder a virgindade com a Rita Cadilac.
 [beer2]

Boa sorte lá e uma ótima brincadeira.  (aplaus2)

 ???

Eu tive oportunidade de tocar pouquíssimas vezes com alguma platéia, quando era moleque (faz tempo...), então não posso opinar muito sobre "medo de palco". Mas, por conta das minhas atividades profissionais, com certa frequência tenho que dar palestras técnicas, eventualmente para públicos relativamente grandes. Imagino que o "efeito" seja o mesmo...

No começo eu tremia e gaguejava bastante, mesmo estando bastante seguro do assunto sobre o qual eu estava falando. Depois, relaxei, e aprendi uma "técnica": não olhar ninguém da platéia nos olhos (a menos que você esteja absolutamente seguro de que é isso que você quer). Um olhar fixo de desconfiança ou crítica desmonta qualquer palestrante, por mais experimentado que seja (sempre tem gente que acha que sabe mais que o otário, digo, palestrante). Quando for olhar para a platéia, olhe "através das pessoas", não "para as pessoas".

Adicionalmente (uma tática perfeitamente adaptável para músicos): Palestra técnica é algo chato. Muitas pessoas dormem. Então, fazer uma brincadeira ou contar uma piada que tenha a ver com o assunto são recursos válidos. Se as pessoas riem, beleza. Se não, basta dizer "ainda bem que eu não ganho a vida  contando piada". Acredite, funciona sempre, porque as pessoas se identificam mais facilmente com quem erra e sabe que errou, que não se acha "o máximo", nem se leva tão a sério. Então, se der m... no solo, pegue o microfone no final da música, o que dizer você já sabe...

Se nada do que eu escrevi acima te convencer, faça que nem meu filho: Toque "de lado", não de frente, e olhe para a guitarra, não para o público. Segundo ele, se você não vê as pessoas, é como se elas não existissem...

 :D Se for com a Rita Cadilac de agora...


Valeu, Felix! Depois conto como foi. :tup

Mais uma coisinha para comentar: na hora de convidar a galera (somos 6 na banda - esqueci de mencionar um vocalista que nunca cantou nada na vida - , mais 3 da banda de abertura, o que dá, em média, pouco mais de 20 pessoas convidadas por músico), tivemos o cuidado de concordar que só chamaríamos pessoas legais, que nos conhecessem bem e que, mais que qualquer outra coisa, estariam felizes por nos ver. O show... bem, o show é um complemento. O motivo é reunir os amigos. Eu brinquei com os convidados dizendo que "é uma festa; se quer ver um show vá ao Lolapalooza!!!".  :D  A expectativa está enorme e muito positiva pelo encontro de todos. Assim, diminuímos o risco de ter na plateia aquela primeira fileira de "músicos" que ficam de olho no que você está fazendo no palco para depois cair de pau em cima dos seus erros. >;(

Músico que fica de olho para cair de pau em cima não é músico.
Assim como um pintor, um ator, um artista plástico, um artista marcial, um fisiculturista, devem estar preocupados só com sua própria arte.
Porque arte é expressão antes de ser técnica ou ciência, e expressão não é algo linear.

Tem gente que olha Legião e fala que eles eram péssimos músicos, eu olho e penso, que com o minimo de dedicação, minimo de acordes, minimo de ensaios eles conseguiram muito mais reconhecimento que pessoas que se matam estudando/treinando/ensaiando.
Logo eles eram sim grandes músicos, por todos que conseguiram atingir com sua arte.

Ok, a internet voltou.

Sergiodam, que beleza, 200 pessoas e duas bandas será mesmo uma festa.

Como disse antes, eu vou começar a estudar, até aqui eu tenho mais brincado com a guitarra, agora vou estudar e praticar mais a sério.

Tocar em uma banda é difícil, mudei de cidade há 3 anos e ainda não tenho amigos para montar uma.

Tenho uma infinidade de métodos, songbooks com tabladura, vídeos, softwares, etc., então vou fazer uma escolha e começar a usar esse material que até agora tem sido mais uma coleção que algo realmente útil.

E a Rita Cadilac tem que ser a dos anos 80, quando o Chacrinha dizia: "Maestro Zezinho, uma pantera para Rita Cadilac!" e eu nos meus 14/15/16 anos babava vendo aquilo tudo ir descendo até o chão. :D


Abraços.

  

Eu nunca me dei bem com isso, já tive banda, toquei em boates, bares, casamentos, eventos grandes, barzinhos e tudo mais, mas se me pedir pra eu tocar uma música eu travo, quer ver então testar uma guitarra numa loja, mas quando você sobe no palco, é outra coisa, tudo muda, é outra sensação, curto muito. O ideal é montar uma banda com uns amigos e ir tocando, aos poucos vai se soltando mais. Pra tocar sozinho eu travo, mas com a banda num palco eu adoro, é algo que me deixa muito feliz e relaxado. (claro que a tequila dá uma forcinha nessas horas).

Eu também tinha problemas com isso.
Nas 3 bandas em que toquei, se eu não tomasse 2 doses de Whisky antes de entrar num palco, ou mesmo pra tocar numa festa, eu ficava intimidado diante da plateia e errava os solos.

Hehehe... Este tópico veio muito a calhar. É interessante como, variando um pouco aqui e ali, as situações se parecem, e as soluções também. Eu tenho muitos amigos músicos profissionais e nenhum deles, nenhum mesmo, se diz tranquilo como água de poço na hora de encarar o palco. O frio na barriga vem mesmo. E todos também afirmam que é justamente esse frio na barriga que torna esse momento único!!! Sem ele, a coisa perde a graça.
Eu já estou com o meu frio na barriga, uma sensação que vai do pânico à euforia de que chegue logo o momento...
Ferro Velho, entendo você perfeitamente. E se não fosse o primeiro passo que eu dei de procurar um professor bacana para me ensinar, ainda estava tocando escondido. Não sei quem foi o guitarrista que disse que o melhor solo da vida dele ninguém nunca ouviu (acho que foi o Gilmour...), porque ele estava sozinho. É assim com todo mundo mesmo. Foi o meu professor, que depois de muita dedicação comigo me convenceu que estava na hora de tocar junto a outras pessoas. E isso fez e faz muita diferença. EU era tão travado, que não conseguia fazer nenhuma penta inteira na frente do próprio professor. E quando chegou o dia que ele disse pra mim: "agora eu vou fazer uma base e você sola aí..." Caraca!!!!!!!! Travei geral e parei a aula. Nem o acorde de Lá Maior eu conseguia fazer mais. O remédio foi insistir, insistir e insistir. Ainda não sou lá essas coisas, mas melhorei muito. Pelo menos estou animado para fazer meus errinhos na frente das outras pessoas, até chegar o momento eu que vou errar cada vez menos. E vou ficar feliz. Esse é o objetivo!
Amigo Ferro Velho, procure um professor e deixe que ele mesmo vai formar a banda para você com outros alunos. Não tenha pressa, vai rolar, com certeza.
Vai fundo e fique feliz!!! [beer]
(estou a 20 horas do meu show - e contando -... Brrrrrrrrrrr!!!!!!!) :D

---

-----

---

Como prometido, volto para dizer como foi o show...
FANTÁSTICO!!!!
Ferro Velho, pensei várias vezes em você. Você PRECISA experimentar isso! Deu tudo certo, a banda estava concentrada, o público esgotou a lotação da casa, o show foi longo (3 horas com duas bandas) e no final todo mundo estava lá. Curtiram todas as músicas até o fim.
No começo a sensação era de pânico. Mas durou só até o momento em que o baterista fez a marcação do compasso com as baquetas. Daí para a frente foi mágico!!!
Insisto, Ferro Velho e outros que estão na mesma situação que eu estava: é possível!
(https://fbcdn-sphotos-f-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xtp1/v/t1.0-9/11133702_878109038878736_8622585019679315077_n.jpg?oh=84b4d6698a8377c1b0d0de31dd8faaf6&oe=559BB9CD&__gda__=1437212155_fbd321608c648a273755ee4e0f983fb0)