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Fórum Geral => Eletrônica => Tópico iniciado por: Pedro Augusto em 14 de Fevereiro de 2021, as 00:59:45



Título: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 14 de Fevereiro de 2021, as 00:59:45
O neófito chega no Handemades sem nunca ter estudado eletrônica (soldar fio e trocar uma lâmpada em casa não é saber eletrônica), mas quer montar um amplificador, e agora? Agora é hora de estudar eletrônica básica, depois pensa em montar um amplificador.

Calma, a eletrônica básica não é tão difícil, mas é como aprender uma língua nova, precisa de alguma prática, ver e rever os conceitos, depois praticar mais um pouco, só assim vai aprender e apreender as informações.

O neófito então pensa que não precisa, pois basta pegar um esquema e a relação de componentes, seguir um layout e soldar tudo no lugar (admita, neófito, você pensou nisso). Bem, isso dificilmente vai dar certo, a chance é mínima, é o que se percebe lendo vários tópicos de um fórum com esse. Podem aparecer os mais diversos problemas e o neófito não vai saber o que fazer, além do risco de levar choque, que existe mesmo com o amplificador desligado da tomada (veremos depois como isso pode acontecer).

Mas vamos pensar que o neófito seguiu o esquema completo e deu tudo certo. Deu mesmo? Ligar e sair som não é garantia que deu certo, sobretudo que pode haver o risco de dar algum problema mais sério durante o uso do equipamento (eu já disse que há risco de levar choque?). Além disso, pergunto: o certo não seria saber como cada parte do amplificador funciona? Para esse neófito que aqui vos escreve, sim. E como faz para saber como cada parte funciona? Começando do começo, estudando eletrônica básica!

Pretendo fazer um estudo compartilhado aqui, repassando as informações que acredito serem importantes para entender a eletrônica desde o início (se os mais experientes entenderem que o caminho deve ser outro, por favor, avisem). Depois, após entender o básico, começarei a estudar como os componentes utilizados na maioria dos projetos de amplificador funcionam – resistores, capacitores, válvulas etc. Mas, antes, para entender qualquer coisa nessa área, é necessário entender como funciona a energia elétrica que chega até nossas casas e nos permite ligar os amplificadores.

O que é energia elétrica?

Essa é uma pergunta básica e muitos tiveram a oportunidade de aprender o que é durante o ensino médio. Mas, se você não teve essa aula, ou não aprendeu, ou aprendeu, mas não lembra, vamos (re)aprender juntos.

Tentarei simplificar ao máximo as informações, mas sem pular o essencial.

Para saber o que é energia elétrica tem que saber o que é um elétron. O elétron é uma das partes do átomo, que é composto por prótons, nêutrons e elétrons.
Os prótons e nêutrons formam o núcleo do átomo, enquanto os elétrons movem-se na órbita do átomo. É importante saber que os elétrons têm carga elétrica negativa e que são as únicas partículas do átomo que, sob determinadas condições, podem ser transferidas para outros átomos.

De forma bem básica, vamos dizer aqui que energia elétrica é a capacidade de transferência de elétrons entre átomos. Mas como ocorre essa transferência?
Vamos voltar ao átomo.

Vimos que o átomo é composto por prótons, nêutrons e elétrons, e que o os elétrons têm carga elétrica negativa. Acrescente a informação que os prótons têm carga positiva e que os nêutrons não têm carga elétrica.
Já ouviu falar que os opostos se atraem? É isso mesmo que acontece, as cargas elétricas negativas são atraídas por cargas elétricas positivas e vice-versa. Já as cargas iguais (positiva com positiva ou negativa com negativa) se repelem/afastam.

Assim, uma vez que o núcleo do átomo é formado por prótons e nêutrons, o núcleo do átomo tem carga positiva, já que, como visto, os prótons têm carga elétrica positiva e os nêutrons não têm carga – é uma questão matemática: pense que o próton tem uma carga positiva de +1 e o nêutron não tem carga, ou seja, 0 (zero), assim, o resultado da soma de um próton com um nêutron é igual a +1.
Bem, se o núcleo atômico tem carga positiva, se o elétron tem carga negativa, e se as cargas elétricas opostas se atraem, deduzimos que o elétron e o núcleo se atraem.

Por regra, o átomo tem uma quantidade de elétrons igual à quantidade de prótons (na verdade a quantidade não é a mesma, mas a carga de elétrons é igual à carga de prótons – coloco dessa forma para ficar mais fácil de entender). Esses elétrons que ficam se movendo na órbita do núcleo atômico podem ser transferidos para outros átomos, e isso ocorre quando a carga elétrica de um átomo (quantidade de prótons menos a quantidade de elétrons) é diferente da carga elétrica de outro átomo que esteja próximo.

Como assim? Tenha calma, respire e releia a primeira afirmação do parágrafo anterior: “por regra, o átomo tem uma quantidade de elétrons igual à quantidade de prótons”. Ou seja, o átomo, por regra, tem carga elétrica neutra. Mas quando a quantidade de elétrons é diferente da quantidade de prótons, o que ocorre? Ocorre que o átomo vai tentar voltar à sua regra, ou seja, ter a mesma quantidade de elétrons que a quantidade de prótons de seu núcleo, ficando com carga elétrica neutra.
Não perca de vista que os prótons têm carga positiva e os elétrons têm carga negativa, assim, a carga elétrica do átomo é medida pela quantidade de prótons menos a quantidade de elétrons. Isso dito, vamos imaginar que isolamos dois átomos próximos para entender quais as possíveis interações entre eles.

a) Átomo A com carga elétrica positiva igual a +4 (10 prótons menos 6 elétrons) e átomo B com carga negativa igual a -4 (10 prótons menos 14 elétrons).

Inicialmente vamos aplicar a “regra” do átomo, que é ficar com a quantidade de elétrons igual à quantidade de prótons: “A” precisa receber 4 elétrons para igualar a quantidade de prótons de seu núcleo e “B” precisa se desfazer de 4 elétrons para igualar a quantidade de seus prótons.

Vamos aplicar agora a regra de que cargas elétricas opostas se atraem: “A”, que está com uma carga positiva, vai atrair os elétrons de “B”, que está com uma carga negativa. Assim, os 4 elétrons que “B” tinha a mais vão ser atraídos para “A”, ficando ambos átomos com a quantidade de elétrons igual à quantidade de prótons de seus núcleos, os átomos voltam a ter carga elétrica neutra.

Fácil até aqui, né?
Então vamos evoluir mais um pouco vendo uma segunda situação.

b) Átomo A com carga positiva igual a +4 (10 prótons menos 6 elétrons) e átomo B como carga negativa igual a -2 (10 prótons menos 12 elétrons).
Perceba que agora a quantidade de elétrons disponíveis para os dois átomos não é suficiente para igualar com a quantidade de prótons, ou seja, não tem como deixar os dois átomos com carga elétrica neutra.
Vamos mais uma vez aplicar a regra do átomo, que é ficar com a quantidade de elétrons igual à quantidade de prótons: “A” precisa receber 4 elétrons e “B” precisa se desfazer de 2 elétrons.

Aplicando a segunda regra, em que cargas elétricas opostas se atraem, “A” vai atrair os elétrons de “B”.

Aplicando a matemática: se a quantidade de elétrons é igual 18, e se temos 2 átomos para dividir essa quantidade, cada átomo vai ficar com 9 elétrons. Os átomos ficarão com carga positiva, pois cada um terá um próton a mais que a quantidade de elétrons em sua órbita.
Mas aí você pode pensar: quando o átomo “B” se desfaz de 2 elétrons ele fica neutro, pois a quantidade de elétrons é igual à quantidade de prótons, e esses 2 elétrons vão para “A”, que vai continuar com carga positiva (= +2). Um é neutro (= 0) e o outro é positivo, mas não têm cargas opostas, certo? Sim, mas, não.

Lembra que os átomos ficam querendo igualar a carga elétrica positiva dos prótons com a carga elétrica negativa dos elétrons? Então, eles “fazem força” para isso acontecer. Como calculamos essa força? Pelo valor da carga elétrica dos elétrons a mais ou a menos que os átomos têm (na verdade, essa força é medida também em relação à distância entre os átomos, e aí chegaríamos na Lei de Coulomb, mas deixaria o texto complicado).

Então, voltando ao exemplo anterior, onde “A” ficou com carga positiva (= +2) e o átomo “B” ficou com carga neutra (= 0). “A” vai ter força igual a +2 e “B” vai ter força igual a 0. Pode parecer estranho que “B” esteja fazendo força, já que o valor dessa força é igual a zero, mas veja que ele está fazendo força para continuar com carga elétrica neutra (= 0). Quando “A” tentar puxar os dois elétrons de “B” para ficar com carga elétrica neutra, “B” vai ficar segurando os próprios elétrons para se manter com a carga neutra. Nesse “estica e puxa”, “A” vai conseguir puxar um elétron de “B”, pois “A” ainda tem mais força que “B”, mas, quando esse elétron entrar na órbita de “A”, os dois átomos ficarão com cargas elétricas iguais (mesma “força”), e aí vão se repelir!

Entendendo essa relação de forças fica fácil entender que, mesmo que dois átomos tenham carga elétrica negativa, ou que os dois tenham carga elétrica positiva, ainda que haja repulsão/afastamento entre eles, haverá transferência de carga elétrica negativa (elétrons) daquele que estiver mais carregado negativamente para o que tiver menos carregado negativamente (“quem tem mais elétrons transfere pra quem tem menos elétrons”).

Veja essa imagem abaixo (retirada da página 11 do livro Curso de Eletrônica Básica, Vol. 1, do mestre Newton C. Braga):

(https://i.ibb.co/gDPc0PJ/eletrons.png)

Veja que, conforme a figura 2 acima, essa transferência de elétrons entre átomos é chamada de corrente elétrica. Os livros de eletrônica costumam discorrer sobre os geradores de energia elétrica. Vamos pular essa parte. Por enquanto basta saber que a energia chega até nossas casas chega por esse processo de transferência de elétrons, pela corrente elétrica.

Newton ensina: “sabemos que cargas elétricas de mesma polaridade, ou sinal, se repelem, enquanto que cargas de sinais diferentes se atraem. Assim, um fluxo de elétrons, ou seja, uma corrente poderá ser estabelecida se tivermos pontos com polaridades opostas, como mostra a figura 17. Nela temos uma ilustração em que se mostra que as cargas que saem de um corpo negativo vão até um corpo carregado positivamente através de um condutor, onde temos o cancelamento ou neutralização dessas cargas”.

 (https://i.ibb.co/Pz6Q1DX/corrente.png)

Newton continua: “é importante medirmos a quantidade de cargas que passa num fio, ou seja, a intensidade da corrente elétrica. A unidade usada é chamada Ampère, que é abreviada por A. Por outro lado, a força ou pressão que aparece entre as cargas, devido à sua concentração nos corpos, é medida em Volts (abreviado por V) e recebe o nome de ‘tensão elétrica’”.

Respira...

Vamos entender primeiro a voltagem.

Todo corpo é formado por átomos. Se aproximarmos dois corpos com cargas elétricas distintas haverá uma corrente elétrica entre eles, ou seja, uma transferência de elétrons – isso, claro, se estiverem a uma distância suficiente para isso.

Obs: nem todos os corpos são capazes de transferir cargas elétricas, mas vamos pular essa parte agora.

Quanto maior for a diferença de cargas elétricas entre os corpos, maior será a tensão. Essa tensão, que tem por unidade de medida o Volt e que a chamamos de voltagem, ocorre pela diferença de potencial entre os corpos – ddp. Em alguns lugares do Brasil a tensão média que chega pela rede elétrica é de 127V (foi-se o tempo dos 110V), em outros lugares, 220V. Ou seja, a companhia elétrica que abastece a localidade faz chegar na tomada de casa um diferencial de potencial elétrico entre o fio da fase e o fio com carga neutra.

Mas ter uma tensão maior ou menor não significa necessariamente que a quantidade de elétrons transferidos entre os corpos é maior ou menor. Quando falamos da quantidade de elétrons transferidos, falamos da quantidade de corrente elétrica que passa entre dois corpos, e, quanto maior essa quantidade, maior a intensidade. A unidade de medida da corrente elétrica é medida em amperes.

Essa diferença é muito importante de ser bem entendida. Uma coisa é a diferença de potencial (a tensão elétrica, medida em volts) e outra é a quantidade de carga elétrica que é transferida entre dois corpos (a corrente elétrica, medida em amperes).

Podemos entender melhor essa diferença com um exemplo. Pense que a água é formada por elétrons. Você abre a torneira do quintal de casa para aguar o gramado. Vai sair da mangueira uma quantidade de água. Se a água é formada por elétrons, a mangueira é uma corrente que leva a água (elétrons) que sai da torneira até seu gramado. Então há uma transferência de elétrons entre dois corpos (torneira -> gramado). Às vezes, porém, mesmo que esteja saindo uma grande quantidade de água (quanto mais grosso o diâmetro da mangueira, maior é a quantidade de água que sai), a água não sai com pressão suficiente para alcançar os pontos mais distantes. O que você faz? Coloca o dedão na frente da saída da mangueira, aumentando a pressão de saída da água. Veja que, ao colocar o dedão, você vai diminuir a quantidade de água que sai da mangueira, porém essa água vai chegar em locais mais distantes, já que terá pressão suficiente para isso. Essa pressão da água, sendo a água formada por elétrons, nós chamamos de tensão elétrica.

O exemplo foi só para entender a diferença entre intensidade da corrente elétrica (quantidade de elétrons transferidos entre dois corpos) e tensão elétrica (diferencial de potencial elétrico de dois corpos). Se estiver precisando aumentar a tensão elétrica, por favor, não coloque o dedão no fio...

Como funciona um circuito elétrico?

Chegamos ao amplificador! O amplificador, ou qualquer outro aparelho elétrico, tem um circuito por onde passa a energia elétrica. Para a energia circular pelo circuito deve haver tensão elétrica (diferença de potencial entre dois corpos) e corrente elétrica (transferência de elétrons entre os dois corpos).

Quando ligamos um aparelho na tomada, estamos fornecendo para ele essa diferença de potencial elétrica que permite haver a transferência de elétrons. Os plugues dos aparelhos eletrônicos têm 3 pinos (o fase, o neutro e o terra).

Na tomada ligada à rede elétrica não temos positivo ou negativo (isso se aplica a circuitos de corrente contínua). Em circuitos de corrente alternada podemos ter tomadas com uma Fase (o que é energizado e cuja tensão varia do positivo para o negativo e vice e versa), um Neutro (que é o retorno) e um Terra. Em alguns lugares podemos ter tomadas com duas Fases (duas energizadas e com defasamento, aqui em casa para obter 230 V, a tomada tem duas fases de 115 V, em outros circuitos trifásicos, duas fases de 127 V dão 220 V) e o Terra.

Vimos que a companhia elétrica faz chegar na tomada de casa um diferencial de potencial elétrico entre o fio da fase e o neutro. Convencionou-se chamar de fio positivo o carregado de elétrons (o correto é Fase, como explicado pelo xformer), e o outro é o neutro. O terra nós deixaremos para falar depois.

Para ligar uma lâmpada é necessário fornecer energia elétrica. Pode ser pela rede elétrica ou por uma pilha ou baterias. Para melhor compreensão, vamos imaginar uma lâmpada sendo ligada a uma pilha.

As pilhas têm dois polos, um positivo e um negativo. Para que acenda a lâmpada é necessário que ela esteja conectada aos dois polos da pilha, fechando o circuito. Isso ocorre porque há uma diferença de potencial entre os dois pontos (polo positivo e polo negativo), permitindo que os elétrons circulem de um para o outro, permitindo haver corrente elétrica.

(https://static.preparaenem.com/conteudo/images/O%20sentido%20da%20corrente%20eletrica%20que%20circula%20o%20circuito%20%20do%20polo%20positivo%20para%20o%20negativo.jpg)

A principal diferença entre o fornecimento de energia por pilhas e o fornecimento por meio da rede elétrica é o tipo de corrente. As pilhas fornecem corrente contínua, a rede elétrica fornece corrente alternada. Não vamos ver aqui como a energia é produzida (https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergia/formas-de-energia) e nem o motivo de vir contínua ou alternada. O que nos importa é entender a diferença entre elas.

Na corrente alternada a tensão varia entre positiva e negativa no passar do tempo. Veja a figura abaixo.

(https://www.guiadaengenharia.com/wp-content/uploads/2020/04/corrente-continua-corrente-alternada.jpg)

Mas, espera aí, eu estava falando em corrente, que é a transferência de elétrons entre dois pontos, e agora a figura está mostrando a tensão. Como assim?

É simples. A tensão vai ser constante ou variável. Se a tensão for constante, ou seja, a diferença de potencial entre os dois pontos for constante, a corrente também será constante, a quantidade de elétrons passando de um ponto para o outro será constante, daí chamamos de corrente contínua. Por outro lado, se houver variação da tensão entre os dois pontos, a corrente também irá variar, e os elétrons ficarão indo e voltando entre os dois pontos.  Daí temos a corrente alternada.

Eu lembro que fiquei com muita dúvida em como a corrente alternada poderia funcionar, já que “a energia fica indo e voltando”. Mas, simplificando a explicação, quem fornece a energia para um equipamento é a passagem de elétrons, não importa se os elétrons estão indo ou voltando.

Acho que com essa breve explicação chegamos ao fim dessa primeira parte. Nas próximas vamos ver como os componentes de um circuito elétrico se comportam ao receber a energia.


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Matec em 14 de Fevereiro de 2021, as 16:02:04
Esse tópico vai ficar grande!
 (aplaus) (aplaus)


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: bossman em 14 de Fevereiro de 2021, as 16:24:06
Esse tópico vai ficar grande!
 (aplaus) (aplaus)

Já está !  :D (nada contra isso, que fique claro !)


Pedro, você é professor ?


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 14 de Fevereiro de 2021, as 16:37:55
Esse tópico vai ficar grande!
 (aplaus) (aplaus)
Grande vai ser a alegria de aprender como projetar um amplificador valvulado!

Esse tópico vai ficar grande!
 (aplaus) (aplaus)

Já está !  :D (nada contra isso, que fique claro !)


Pedro, você é professor ?
Sim, mas de uma área totalmente diferente... Sou professor de Direito Civil e Ciência Política.  :D

Peço aos mestres do fórum que revisem o texto, se possível. Não estou em minha área, sou ainda um aprendiz, mas com muita vontade de aprender.  (rckt


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: xformer em 14 de Fevereiro de 2021, as 16:38:52
Citar
Quando ligamos um aparelho na tomada, estamos fornecendo para ele essa diferença de potencial elétrica que permite haver a transferência de elétrons. Os plugues dos aparelhos eletrônicos têm 3 pinos (o positivo, o negativo e o terra).

Na tomada ligada à rede elétrica não temos positivo ou negativo (isso se aplica a circuitos de corrente contínua). Em circuitos de corrente alternada podemos ter tomadas com uma Fase (o que é energizado e cuja tensão varia do positivo para o negativo e vice e versa), um Neutro (que é o retorno) e um Terra. Em alguns lugares podemos ter tomadas com duas Fases (duas energizadas e com defasamento, aqui em casa para obter 230 V, a tomada tem duas fases de 115 V, em outros circuitos trifásicos, duas fases de 127 V dão 220 V) e o Terra.

Faz tempo que eu comprei os dois volumes desse citado curso de Eletrônica do Newton C. Braga:

(http://www.hostcgs.com.br/hostimagem/images/63920210214_104939.jpg)

Já nem lembrava mais   :D


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 14 de Fevereiro de 2021, as 17:00:44
Na tomada ligada à rede elétrica não temos positivo ou negativo (isso se aplica a circuitos de corrente contínua). Em circuitos de corrente alternada podemos ter tomadas com uma Fase (o que é energizado e cuja tensão varia do positivo para o negativo e vice e versa), um Neutro (que é o retorno) e um Terra. Em alguns lugares podemos ter tomadas com duas Fases (duas energizadas e com defasamento, aqui em casa para obter 230 V, a tomada tem duas fases de 115 V, em outros circuitos trifásicos, duas fases de 127 V dão 220 V) e o Terra.
Obrigado pela correção! Já corrigi no texto e inclui sua explicação.


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: xformer em 14 de Fevereiro de 2021, as 17:17:30
Citar
Vimos que a companhia elétrica faz chegar na tomada de casa um diferencial de potencial elétrico onde um fio está carregado de elétrons e o outro tem carga neutra, havendo diferença de potencial entre os dois corpos/fios. Convencionou-se chamar de fio positivo o carregado de elétrons, e o outro é o neutro. O terra nós deixaremos para falar depois.

É que essa parte ficou incoerente. O texto ensina que os elétrons tem carga negativa e chamar de "positivo" o fio carregado de elétrons não faz sentido.
Na verdade, o fio Fase não está carregado de elétrons, ele apenas possui a diferença de potencial em relação ao outro fio Neutro, e essa diferença de potencial (tensão elétrica) pode ser negativa ou positiva, mudando 60 vezes por segundo.  Quando o circuito é fechado e a corrente elétrica (os elétrons) podem fluir, eles ficam mudando de sentido nas mesmas 60 vezes por segundo. Então não dá pra dizer que um fio é positivo ou negativo, já que muda a todo momento.
Já num circuito de corrente contínua, os elétrons sempre fluem no mesmo sentido, indo do pólo negativo para o pólo positivo. O sentido dos elétrons é o sentido real da corrente elétrica, mas convencionou-se que a corrente elétrica flui do positivo para o negativo (cargas positivas se movendo). Isso foi um erro histórico cometido por Benjamin Franklin (o inventor do para-raios) que desconhecia os elétrons e sua carga negativa. Mas foi o que pegou.  Isso dificulta quando vamos estudar o funcionamento das válvulas, porque aí temos de pensar na corrente real, o fluxo de elétrons, saindo do catodo e migrando para o anodo, mas fazemos todos projetos pensando em corrente convencional, onde a corrente flui da placa (anodo) para o catodo). 


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 14 de Fevereiro de 2021, as 17:30:23
Citar
Vimos que a companhia elétrica faz chegar na tomada de casa um diferencial de potencial elétrico onde um fio está carregado de elétrons e o outro tem carga neutra, havendo diferença de potencial entre os dois corpos/fios. Convencionou-se chamar de fio positivo o carregado de elétrons, e o outro é o neutro. O terra nós deixaremos para falar depois.

É que essa parte ficou incoerente. O texto ensina que os elétrons tem carga negativa e chamar de "positivo" o fio carregado de elétrons não faz sentido.
Na verdade, o fio Fase não está carregado de elétrons, ele apenas possui a diferença de potencial em relação ao outro fio Neutro, e essa diferença de potencial (tensão elétrica) pode ser negativa ou positiva, mudando 60 vezes por segundo.  Quando o circuito é fechado e a corrente elétrica (os elétrons) podem fluir, eles ficam mudando de sentido nas mesmas 60 vezes por segundo. Então não dá pra dizer que um fio é positivo ou negativo, já que muda a todo momento.
Já num circuito de corrente contínua, os elétrons sempre fluem no mesmo sentido, indo do pólo negativo para o pólo positivo. O sentido dos elétrons é o sentido real da corrente elétrica, mas convencionou-se que a corrente elétrica flui do positivo para o negativo (cargas positivas se movendo). Isso foi um erro histórico cometido por Benjamin Franklin (o inventor do para-raios) que desconhecia os elétrons e sua carga negativa. Mas foi o que pegou.  Isso dificulta quando vamos estudar o funcionamento das válvulas, porque aí temos de pensar na corrente real, o fluxo de elétrons, saindo do catodo e migrando para o anodo, mas fazemos todos projetos pensando em corrente convencional, onde a corrente flui da placa (anodo) para o catodo).  

Correção feita!


Resistores

(https://www.robocore.net/upload/tutoriais/263_img_1_H.png?772)

Se você pagou a conta de energia elétrica, ou se uma árvore não derrubou um poste, você deve ter disponível nas tomadas de casa a energia elétrica. A energia chega até sua residência por meio de cabos, por fios que conduzem a energia elétrica.

Para ligar o seu amplificador é preciso que ele esteja com o cabo de força conectado à tomada de energia, pois é por ele que a energia será conduzida até o circuito que lhe possibilitará amplificar suas notas desafinadas o que você tocar. O cabo/fio é composto por um material que é um ótimo condutor de energia elétrica, o cobre. Nem todos os materiais são bons condutores, e há aqueles que não conduzem, chamados de isolantes (lembra da fita isolante, né?).

Qualquer material, por melhor condutor que seja, apresenta algum grau de dificuldade para a passagem da eletricidade. Essa dificuldade é chamada de resistência. Mais uma vez apoiado em Newton Braga, temos que o valor de resistência que a corrente elétrica vai sofrer ao passar por determinado material “depende de diversos fatores como, as dimensões do objeto através do qual ela passa, por exemplo, a espessura e comprimento de um fio, e se o material de que ele é feito é ou não um bom condutor de eletricidade. A qualidade do material que nos diz se ele é ou não um bom condutor é associada a uma grandeza denominada “resistividade”. Cada material possui, portanto, uma resistividade que é a “quantidade” de resistência que ele pode oferecer à corrente quando o usamos. Veja, entretanto, a facilidade que a corrente tem para passar pelos materiais não depende apenas de sua natureza, mas também de seu formato. Assim, um fio mais grosso deixa passar com mais facilidade a corrente do que um mais fino. [...] A resistência é o grau de dificuldade que o corpo, dependendo agora do material e da forma, apresenta à passagem de uma corrente”.

Assim, “nos circuitos elétricos e eletrônicos podemos ter a necessidade de inserir propositalmente uma resistência num ponto, dificultando a passagem da corrente, quer seja para limitar sua intensidade, quer seja para obter algum outro tipo de efeito. A redução proposital de correntes, e mesmo de tensões num circuito usando componentes que ofereçam uma resistência, é algo muito comum nos circuitos eletrônicos de todos os tipos” (SIC).

Aconselho demais a leitura dos livros do Newton, o autor é muito didático. Pode conseguir alguns em formato eletrônico por menos de R$ 25,00 (valor visto na data de hoje), um investimento muito baixo para um retorno muito alto (se tiver interesse, clique na mensagem para ser direcionado a um site que o vende). (https://www.newtoncbraga.com.br/index.php/biblioteca-do-instituto/5333-curso-de-eletronica-volume-1-eletronica-basica.html) Comprando ou não, aconselho também visitar o site do Instituto Newton C. Braga (https://www.newtoncbraga.com.br/), tem muito material grátis disponível.
Obs: não estou ganhando qualquer coisa com a indicação do livro, mas faço em retribuição pelas informações que estou adquirindo e repassando em parte aqui.

Desculpem-me pela resistência colocada no texto, tirando a fluidez da informação que estava passando sobre resistência. Mas, como dito por Newton, às vezes há a necessidade de se colocar propositalmente alguma resistência para se obter algum efeito.


Veja que na última passagem do parágrafo em que citei o Newton é dito que é colocar algum componente que ofereça uma resistência pode servir para reduzir a corrente (transferência de elétrons) ou tensão (diferença de potencial). Já foi dito que qualquer material oferece uma resistência, até mesmo os utilizados em fios condutores, porém, o componente apropriado para oferecer a resistência à corrente elétrica, de forma controlada, é o resistor.

A figura abaixo mostra como um resistor é representado nos esquemas elétricos:
(https://sites.google.com/site/profgamvazdelima/_/rsrc/1467885898780/home/circuitos-eletricos/03-resistores-e-o-codigo-de-cores/SIMBOLOS-RESISTORES.jpg)

Para saber qual resistor será necessário colocar no circuito é preciso saber as três principais características do componente: resistência, tolerância e dissipação.

a) O valor da resistência que o resistor oferece à corrente elétrica no circuito é dado em ohms, sendo simbolizado pela última letra do alfabeto grego, ômega (Ω). Assim, se por um fio está passando uma corrente elétrica e eu quero reduzir essa corrente para um valor determinado, escolherei o resistor que tenha o valor correto de resistência para isso. Vamos ver logo menos como calcular esse valor.

b) A tolerância é o valor que o resistor pode ter acima ou abaixo do seu valor de resistência declarado. Oi? Calma. Vamos pensar em um resistor com valor declarado de 100 ohms. O valor de sua tolerância é dado em uma porcentagem do seu valor declarado. Se o resistor tiver um valor de tolerância igual a 10%, por exemplo, significa dizer que esse componente pode ter por valor real de resistência entre 90 e 110 ohms. Claro, esse é um valor muito alto de tolerância, às vezes um componente do circuito não suporta receber uma corrente elétrica muito diferente da que se espera que saia após o resistor, sendo necessário colocar um resistor com menor tolerância.

c) A dissipação é o valor do calor que é produzido no resistor, é o valor máximo suportado de potência dissipada. Deixe-me ver como explico isso de um jeito melhor... Lembra de Lavoisier? Não?! Ok... Mas lembra de ter ouvido algo como “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma", certo? A corrente elétrica quando passa pelo resistor é reduzida, pois parte de sua energia é transformada em calor. Ou seja, uma parte da corrente elétrica consegue passar pelo resistor, mas o que não passar tem que ir para algum lugar, então o resistor a transforma em calor e libera no ar. Assim, o valor da dissipação do resistor é a máxima capacidade que ele tem de transformar essa corrente elétrica em calor. Ficou mais fácil? Então espere até a gente começar a ver a Lei de Joule... É brincadeira, vai continuar fácil. juro que vai...

Retirei de um ótimo site (https://www.robocore.net/tutorials/introducao-ao-resistor) a informação abaixo:

“A unidade de medida para resistência elétrica é o Ohm, que corresponde à razão entre a tensão (medida em Volt - V) e a corrente elétrica (medida em Ampere - A) [...] Resistores são medidos em Ohms, porém como eles são calculados para obter esse valor de resistência? Como mencionado anteriormente, a resistência "R" é equivalente à razão entre a tensão ("V" ou "U") e a corrente ("A"). Portanto, a tensão elétrica (medida em Volts - V) é igual ao produto da resistência elétrica (medida em Ohms - Ώ) em função da corrente elétrica "I" (medida em Ampere - A)”.

O amigo aí também tem dificuldade com matemática? Eu fugi de exatas por isso. O problema nem é o cálculo em si, pois temos calculadora disponível em qualquer lugar que andamos (esqueceu que tem o app no telefone celular?).

Vamos ver o que danado é essa razão do produto em função da tensão do valor da resistência!.. me perdi...
Se eu entendi bem, o rapaz aí do site está dizendo que a unidade de medida da tensão que está passando entre dois pontos é Volt (V), que a unidade de medida da corrente elétrica é Ampere (I), e que a unidade de medida da resistência é o Ohm (Ώ). Se a gente quiser calcular o valor da resistência (vamos usar R no lugar de Ώ) vai ter que dividir o valor da tensão (em Volt) pelo valor da corrente (A) – é a Lei de Ohm.

R = V/I

Calma, ainda não estamos calculando o valor do resistor, mas o valor da resistência do circuito. Sim, o circuito apresenta uma resistência. Se não tiver uma resistência vai haver um curto-circuito (aquilo que ocorre quando os dois fios da tomada – fase e neutro – se tocam desencapados). E, se não houver resistência, não será possível transformar a energia em trabalho, ou seja, fazer qualquer coisa elétrica funcionar.

Para saber qual a resistência do circuito, portanto, precisamos saber qual é o valor da tensão e qual é o valor da corrente elétrica que passa por ele. Então vamos imaginar uma lâmpada elétrica conectada por dois fios (fase e neutro), fechando o circuito. Então a corrente vai circular entre o fase e o neutro passando pela lâmpada, que irá transformar em luz (e calor) uma parte da energia que passa por ela (Lavoisier de novo). Para conseguir fazer essa transformação da energia em luz, a lâmpada precisou retirar parte dessa energia, que foi possível ao fazer resistência à corrente (se não houvesse resistência a energia passaria direto e, portanto, não teria como ser transformada em luz).

Para calcular qual é a resistência oferecida pela lâmpada é preciso saber qual é o valor da tensão e qual o valor da corrente.
Vamos supor que a tensão que chega em sua residência tem valor de 220V, e que a corrente que você mediu entre os dois fios conectados à lâmpada tem valor igual a 5A (isso, você tem que calcular a corrente que passa pela lâmpada, não é para medir diretamente na tomada). Assim, qual é a resistência da do circuito com a lâmpada?

Calculando:
R= V/I
R= 220/5
R= 44 Ohms.

É só isso? É! Mas, e se eu alterar o valor da tensão, o que acontece? Simples, é só recalcular. Vamos adicionar tensão nesse circuito. Vamos dobrar a tensão, ou seja, o valor dela será igual a 440V. Vamos supor que a mesma lâmpada do circuito suporte essa tensão, que nós já sabemos qual é o valor da resistência do circuito com a lâmpada, 44 Ohms. Assim, precisamos saber qual é o valor da corrente.

Calculando:
R=V/I
44 = 440/I
44xI = 440
I = 440/44
I = 10

Percebeu que, ao dobrar a tensão, dobrou a corrente? É isso que ocorre quando há uma resistência com valor fixo.

Nem sempre um material tem um valor de resistência fixo, podendo alterar em relação ao calor transformado. Os resistores (agora estou falando no componente resistor, o próprio/adequado para essa função, não estou falando do valor de resistência de um componente qualquer), são feitos de material que suportam (até certo ponto) manter o valor de sua resistência. As lâmpadas incandescentes (não sei se coloco uma foto aqui, pois tem gente mais nova que nunca viu uma funcionando...) não têm valor fixo de resistência, utilizei de exemplo por caráter meramente didático.

Vamos voltar aos cálculos, então. Quando eu dobrei o valor da tensão no circuito, dobrou também o valor da corrente.

Vamos analisar uma outra situação, mas usando o mesmo exemplo do circuito com a mesma lâmpada. Supondo que a tensão é fixa em 220V e a corrente que passa pelo circuito tem valor de 10A. Qual é o valor da resistência do circuito?

Calculando:
R = V/I
R = 220/10
R = 22 Ohms

Mas e se essa lâmpada não suporta uma corrente tão alta, o que fazemos? Colocamos um resistor no circuito para reduzir o valor dessa corrente que passa pela lâmpada. Digamos que a lâmpada suporte, no máximo, uma corrente de 1A, qual será o valor do resistor colocado no circuito?

Temos que calcular primeiro qual o valor da resistência do circuito que queremos ligar a lâmpada.
Como calcular o valor da resistência?
Usando a fórmula R = V/I
Assim, R = 220/10 = 22

Calculado o valor da resistência do circuito, que vamos chamar de R1, precisamos calcular o valor (da resistência) do resistor que será ligado em série com a lâmpada. Chamaremos esse resistor de R2.
Quando ligamos dois resistores em série somamos os valores de suas respectivas resistências. Assim, R = R1 + R2

Até agora temos os seguintes valores:
R1 = 22
V = 220
I = 1 (que é o valor da corrente após ligar em série o resistor R2)

Então vamos calcular o valor desse R2:
R = V/I
22 + R2 = 220/1
R2 = 220 - 22
R2 = 198

Ou seja, colocamos um resistor antes da lâmpada (no fio da fase, se a corrente for alternada – ou no fio positivo, se for corrente contínua) que deixa passar por ele apenas 1A, mantendo a tensão, possibilitando a lâmpada funcionar sem problemas.

Foi falado acima que o resistor, para diminuir a corrente que passa por ele, transforma parte dessa corrente em calor. Esse calor gerado é a potência dissipada, que tem por unidade de medida o Watt (W).

Isso dito, vamos à Lei de Joule.

A quantidade de calor gerado pelo resistor – a potência dissipada – é calculada pela Lei de Joule, a qual diz que a potência dissipada (P, medida em W) é proporcional ao produto da corrente (I) pela tensão (V) no resistor. É, eu não entendo ainda essa linguagem matemática... Simplificando para a ameba que está escrevendo poder entender:

P = V x I

Para não ficar dúvida:
P é a potência em watts (W)
V é a tensão em volts (V)
I é a corrente em ampères (A)

Veja que a fórmula tem duas grandezas utilizadas também na Lei de Ohm, V e I. Já esqueceu qual é a fórmula da Lei de Ohm? Eu também. Subindo o texto achamos a fórmula R = V/I. Se a gente souber desenvolver essas duas fórmulas vai conseguir chegar a outras duas fórmulas:

P = R x I²
P = V²/R

Certo, mas o que a gente faz com tanta fórmula? Ah, calculamos o valor da potência dissipada pelo resistor. Então é o seguinte, vamos voltar ao último cálculo feito, o da lâmpada que precisa de uma tensão de 220V e uma corrente de 1A, onde utilizamos um resistor de 220 Ohms. Qual foi a potência dissipada pelo resistor que baixou essa corrente de 10A para 1A?

Continua...


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Matec em 15 de Fevereiro de 2021, as 00:36:03
O problema de textos enormes, é que escrevendo muito, acabam sobrando erros ou incoerências. Explique melhor esse último paragrafo aqui:

Citar
Certo, mas o que a gente faz com tanta fórmula? Ah, calculamos o valor da potência dissipada pelo resistor. Então é o seguinte, vamos voltar ao último cálculo feito, o da lâmpada que precisa de uma tensão de 220V e uma corrente de 1A, onde utilizamos um resistor de 220 Ohms. Qual foi a potência dissipada pelo resistor que baixou essa corrente de 10A para 1ª?

Calculando:
P = V²/R
P = 220 x 220/220
P = 220 W


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 15 de Fevereiro de 2021, as 00:44:45
O problema de textos enormes, é que escrevendo muito, acabam sobrando erros ou incoerências. Explique melhor esse último paragrafo aqui:

Citar
Certo, mas o que a gente faz com tanta fórmula? Ah, calculamos o valor da potência dissipada pelo resistor. Então é o seguinte, vamos voltar ao último cálculo feito, o da lâmpada que precisa de uma tensão de 220V e uma corrente de 1A, onde utilizamos um resistor de 220 Ohms. Qual foi a potência dissipada pelo resistor que baixou essa corrente de 10A para 1ª?

Calculando:
P = V²/R
P = 220 x 220/220
P = 220 W

Eita, essa vou colocar a culpa na minha companheira que estava reclamando para eu largar o computador e ir jantar.  :D
Vou retirar o último parágrafo agora e depois faço do jeito certo.

Valeu, Márcio!


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Matec em 15 de Fevereiro de 2021, as 01:01:35
Citar
Eita, essa vou colocar a culpa na minha companheira que estava reclamando para eu largar o computador e ir jantar.  Cheesy
Vou retirar o último parágrafo agora e depois faço do jeito certo.

Valeu, Márcio!

Que culpa que nada! :D
A gente está aqui para se divertir um pouco, e aprender um pouco. O parágrafo estava um pouco confuso, mas o principal é o raciocínio que estava errado.

Se você tinha um circuito que consumia 10A em 220V, então esse resistor R1 teria 22R. O que você já tinha provado.

Aí você colocou um resistor em série, para baixar a corrente pra 1A . Fica sendo R2.

Então R = V/I => (R1+R2)= 220/1 => (22+R2)= 220, logo, R2=220-22 =198R, e por conseguinte: P2= I²*R2 => P2= 1²*198, logo, P2= 198W .

É isso!

 :)


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 15 de Fevereiro de 2021, as 05:37:58
Continuando a partir da última pergunta: Qual foi a potência dissipada pelo resistor que baixou essa corrente de 10A para 1A?

Vamos por partes, devagar, senão eu me perco.

Eu havia dito para pensarmos em um circuito com tensão de 220V e corrente de 10A, onde quis ligar uma lâmpada que não suportava uma corrente maior que 1A.
O que foi preciso para ligar a lâmpada?
Colocar um resistor antes da lâmpada. Então colocamos o R2 de 198 Ohms.

Esse R2 foi o responsável por baixar a corrente, que era de 10A, para 1A.
Para ele conseguir baixar essa corrente foi necessário transformar parte dela em calor, ou seja, por sua potência de dissipação.
A potência de dissipação é calculada pela fórmula P = R x I²
Queremos saber a potência dissipada em R2, assim, P2 = R2 x I²
P2 = 198 x 1²
P2 = 198W
Assim fica respondido qual a potência dissipada pelo resistor que baixou a corrente de 10A para 1A.

E P1, qual o valor? Ou seja, qual a potência dissipada pelo circuito (antes de colocar o R2)?

P1 = R1 x I²
Lembre-se que a corrente antes de colocar R2 era igual a 10A.
P1 = 22 x 10²
P1 = 22 x 100
P1 = 2.200W

Mas, e a fórmula P = V x I?
Vamos usar agora.
P1 = 220 x 10
P1 = 2.200W

E a fórmula P = V²/R?
P1 = 220 x 220/22
P1 = 2.200W

Agora pergunto: porque só consigo calcular o valor de P2 pela fórmula P2 = R2 x I²?

Continua...


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Matec em 15 de Fevereiro de 2021, as 06:03:25
Hummmm! >:(

Citar
Agora pergunto: porque só consigo calcular o valor de P2 pela fórmula P2 = R2 x I²?

Porque... Você não calculou a tensão sobre R2??   :-)

 :)


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 15 de Fevereiro de 2021, as 14:42:06
Hummmm! >:(

Citar
Agora pergunto: porque só consigo calcular o valor de P2 pela fórmula P2 = R2 x I²?

Porque... Você não calculou a tensão sobre R2??   :-)

 :)
Exatamente! (como se eu tivesse pensado nisso antes  :D )



Segue o diálogo que Mestre Márcio Matec deve ter imaginado quando viu essa pergunta:

-Ameba?
-Oi?
-Presta atenção! Você tinha uma tensão de 220V e uma corrente de 10A no circuito, daí usou um resistor de 198 Ohms para baixar a corrente, ficando com 1 Ohm, lembra?
-Lembro.
-E o que você acha que o resistor fez para baixar essa corrente?
-Transformou parte dela em calor?!
-Sim, mas, quando baixa a corrente, o que acontece com a tensão?
-... (cabeça fedendo fervendo pra encontrar a resposta)
-Ameba, lá em cima, em um exemplo anterior, você calculou que a corrente dobrava quando dobrava a tensão, não foi?

Spoiler (clique para mostrar ou esconder)

-Foi...
-Então, tendo um valor fixo de resistência, quando você altera o valor tensão, altera o valor da corrente, e vice-versa.
-... (começa a sair fumaça)
-Ameba, qual o valor da resistência que você usou para baixar a corrente de 10A para 1A?
-198R.
-Calcule agora a tensão usando a fórmula da Lei de Ohm...
-R = V/I... 198 = V/1... V = 198V.
-Parabéns, Ameba! Agora pode pegar essa tensão e usar as outras fórmulas que você queria para P2.

Calculando:
P = V x I
P2 = 198 x 1
P2 = 198W

P = V²/R
P2 = (198 x 198)/198
P2 = 198W

 (aplaus)


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Matec em 15 de Fevereiro de 2021, as 16:22:58
 :D :D :D :D :D :D

Perfeito!

Mas não costumo dar apelidos aos que se esforçam pra aprender. Senão, eu mesmo teria que ter meu próprio apelido....

)>| )>|


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 15 de Fevereiro de 2021, as 18:22:33
:D :D :D :D :D :D

Perfeito!

Mas não costumo dar apelidos aos que se esforçam pra aprender. Senão, eu mesmo teria que ter meu próprio apelido....

)>| )>|

Tinha certeza disso, Márcio. Alguém assim não se disponibilizaria a ajudar da mesma forma que você está ajudando.  :tup

-----


O texto abaixo foi retirado do site do Instituto Newton C. Braga (https://www.newtoncbraga.com.br/index.php/eletronica-basica/2659-cbe003.html?highlight=WyJyZXNpc3RvcmVzIiwiZW0iLCInZW0iLCJzXHUwMGU5cmllIiwicmVzaXN0b3JlcyBlbSIsInJlc2lzdG9yZXMgZW0gc1x1MDBlOXJpZSIsImVtIHNcdTAwZTlyaWUiXQ==)

Citar
Associação de Resistores

Os resistores podem ser ligados de diversas formas para ter seus efeitos combinados. Um conjunto de resistores ligados de determinada forma é denominado uma "associação de resistores".

Associação de Resistores em Série

Quando ligamos resistores em série, a resistência resultante que obtemos equivale à soma das resistências dos resistores associados. Veja que ligar “em série” é fazer com que a mesma corrente passe por um após outro.

Nesse exemplo tomamos a associação de resistores de 10, 20 e 30 ohms, o que resulta numa resistência total de 60 ohms.

(https://www.newtoncbraga.com.br/images/stories/artigos2017/cur0003a_0020.png)

Podemos escrever a seguinte fórmula para o cálculo da resistência equivalente a uma associação de resistores em série:

R = R1 + R2 + R3 +......+ Rn

Onde: R é a resistência equivalente (em ohms)

R1, R2, R3....Rn são as resistências dos resistores associados (em ohms)

Propriedades da Associação Série:

1. Todos os resistores são percorridos pela mesma intensidade de corrente;
2. O maior resistor dissipa mais calor;
3. A resistência equivalente é maior do que a resistência do maior resistor associado;
4. O maior resistor está submetido à maior tensão.

Observe que para a última propriedade, se ligamos uma associação de resistores a uma fonte de tensão, a tensão dessa fonte ficará dividida proporcionalmente entre os resistores.

(https://www.newtoncbraga.com.br/images/stories/artigos2017/cur0003a_0021.png)

Essa propriedade é importante, pois nos permite usar resistores ligados em série como "divisores de tensão". Podemos obter tensões menores de um circuito, simplesmente escolhendo de forma apropriada os valores dos resistores que vamos ligar em série.

(https://www.newtoncbraga.com.br/images/stories/artigos2017/cur0003a_0022.png)


Após a teoria, a prática.

Vamos ligar 3 lâmpadas no circuito.
(Obs: as lâmpadas, para funcionarem, fazem muita resistência no circuito, as quais deveriam ser calculadas. Na imagem abaixo, suponha que elas não fazem qualquer resistência - uma licença poética). (https://aprendendoeletrica.com/como-funciona-uma-lampada-incandescente/)

(https://i.ibb.co/dQDc1Gt/cur0003a-0022.png)

Perguntas amébicas:

1) Qual a tensão passando por: L1, L2 e L3?
2) Qual a corrente passando por: L1, L2 e L3?
3) Qual a potência dissipada por: R1 e R2?

Vamos calcular.

1) Essa é fácil, mas precisa entender como a tensão funciona no circuito.
Lembra que a tensão é a diferença de potencial entre dois pontos?
Lembra que essa diferença de potencial entre os pontos tem como consequência a atração de um pelo outro (os opostos se atraem)?
Isso quer dizer que um ponto "empurra" e o outro ponto "puxa" a corrente que está passando por ele. É óbvio, né?

É, mas porque você fica pensando que a energia sai do ponto positivo (é uma pilha) sendo empurrada com uma tensão de 12V e não entende como a tensão, depois de ser reduzida para 4V por R1, aumenta e fica igual a 8V? É, eu sei o que aconteceu, você ignorou que está diante de um circuito fechado e quis calcular a tensão após R1 como se ele não estivesse mais no circuito. Aí pensou "se depois de R1 eu tenho 4V, vou calcular quanto a tensão vai baixar entre esse ponto e o ponto negativo da pilha".

(https://i.ibb.co/q9JrCVr/cur0003a-0022.jpg)

Pois é, desse jeito fica difícil.

Como dito, um empurra e o outro puxa, então a tensão do circuito é a soma da força que empurra com a força que puxa. Mais uma vez, a tensão é a diferença de potencial entre o ponto que empurra e o ponto que puxa.
O ponto "inicial" poderia ser 12V e o "final" 0V, mas também poderiam ser 11V e -1V, 10V e -2V, 6V e -6V... e assim a ddp entre o inicial e o final continuaria sendo 12V.

Então, respondendo à primeira pergunta, a tensão entre o polo positivo até qualquer ponto entre R1 e R2 será igual a 4V.
Já entre o polo negativo e qualquer ponto até qualquer ponto entre R1 e R2 o valor será igual a 8V. (sim, "qualquer ponto até qualquer ponto" está correto).
Isso dito, a tensão em L1 e L2 será igual a 4V; a tensão em L3 será igual a 8V.

Mas o que ocorreria se eu invertesse os valores entre R1 e R2?
Entre o polo positivo e qualquer ponto até qualquer ponto entre R1 e R2 será igual a 8V; Entre R1 e R2 até o polo negativo o valor será 4V.
Veja que mestre Newton disse que o resistor de maior valor é o que dissipa mais calor, então ele já consumiu 8V; quaisquer dois pontos medidos após ele terão tensão de 4V.

2) Para calcular a corrente (também a tensão ou a resistência, quando essa é fixa) utilizamos a Lei de Ohm.

Vimos que a tensão em L1 é igual à tensão em L2, assim, se não há variação, também não há variação na corrente.

R = V/I ou I = V/R
I = 4/10
I = 0,4A

Em L3 a situação é a seguinte:
I = 8/20
I = 0,4A

E qual a corrente do circuito completo?
I = 12/30
I = 0,4A

Pois é, calculei a corrente mesmo depois de ter lido "1. Todos os resistores são percorridos pela mesma intensidade de corrente".  )>|

3) Agora vamos mudar de lei, usaremos a de Joule.

P = V x I

Para o R1, V = 4
P1 = 4 x 0,4
P1 = 1,6W

Para o R2, V = 8
P2 = 8 x 0,4
P2 = 3,2W

Assim confirmamos que:
1. Todos os resistores são percorridos pela mesma intensidade de corrente;
2. O maior resistor dissipa mais calor;
3. A resistência equivalente é maior do que a resistência do maior resistor associado;
4. O maior resistor está submetido à maior tensão.

-----

Citar
Associação de Resistores em paralelo

Numa associação de resistores em paralelo, os resistores são ligados um ao lado do outro. A corrente se divide através dos resistores.

(https://www.newtoncbraga.com.br/images/stories/artigos2017/cur0003a_0023.gif)

Na associação (ou ligação) em paralelo, a resistência equivalente é dada pela fórmula:

1 / R = 1 / R1 + 1 / R2 + 1/R3 + ........ + 1/Rn

Onde:

R é a resistência equivalente (em ohms)

R1, R2, R3... Rn são as resistências associadas (em ohms)

Podemos dizer que "o inverso da resistência equivalente à associação de resistores em paralelo é igual à soma dos inversos das resistências dos resistores associados".

(https://www.newtoncbraga.com.br/images/stories/artigos2017/cur0003a_0024.png)

Quando temos apenas dois resistores em paralelo, o cálculo da resistência equivalente pode ser simplificado pela fórmula:

R = (R1 x R2)/(R1 + R2)

Basta então multiplicar um resistor pelo outro e dividir pela soma. Por exemplo, 20 ohms com 30 ohms em paralelo resultam em:

R = (20 x 30)/(20 + 30)
R = 600/50
R = 12 Ohms

Fonte: Site do Instituto Newton C. Braga. (https://www.newtoncbraga.com.br/index.php/eletronica-basica/2659-cbe003.html?highlight=WyJyZXNpc3RvcmVzIiwiZW0iLCInZW0iLCJzXHUwMGU5cmllIiwicmVzaXN0b3JlcyBlbSIsInJlc2lzdG9yZXMgZW0gc1x1MDBlOXJpZSIsImVtIHNcdTAwZTlyaWUiXQ==)

Exercícios de associação de resistores:
Link 1: Mistos (https://aprendendoeletrica.com/exercicio-associacao-de-resistores-mistos/)
Link 2: Paralelos (https://aprendendoeletrica.com/exercicio-associacao-de-resistores-em-paralelo/)
Link3: Em série (https://aprendendoeletrica.com/exercicio-associacao-de-resistores-em-serie/)


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Matec em 15 de Fevereiro de 2021, as 18:52:38
Você está indo bem! Mas ainda está complicando um pouco. A complicação pode deixar o cálculo mais pesado, isso vai dificultar quando o circuito for um pouco mais complexo.

Pra você se divertir mais tarde:http://www.adjutojunior.com.br/eletronica_basica/07_Associacao_de_Resistores.pdf (http://www.adjutojunior.com.br/eletronica_basica/07_Associacao_de_Resistores.pdf)

 [beer]


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: xformer em 15 de Fevereiro de 2021, as 19:52:46
Existem alguns equívocos no seu raciocínio:

Citar
R = V/I ou I = R/V

I = 10/4
I = 2,5A

Em L3 a situação é a seguinte:
I = 20/8
I = 2,5A

E qual a corrente do circuito completo?
I = 30/12
I = 2,5A

De fato  R = V / I   mas  I = V / R  e não "I = R / V", assim a corrente não é de 2,5 A.
Se a fonte (bateria) é de 12 V e o circuito tem dois resistores em série, um de 10 ohms e outro de 20 ohms (esqueça as lâmpadas, trate como pontos, ou nós que é o termo correto, e não se esqueça que lâmpadas também são resistências e portanto alterariam todo o quadro), teremos:

12 V = I x 10 ohms + I x 20 ohms
12 V = I x (10 ohms + 20 ohms)
12 V = I x 30 ohms
I = 12 V / 30 ohms = 0,4 ampéres.

A queda de tensão no resistor de 10 ohms será: Vr1 = 10 ohms x 0,4 ampéres = 4 volts
A queda de tensão no resistor de 20 ohms será: Vr2 = 20 ohms x 0,4 ampéres = 8 volts

A potência dissipada no resistor de 10 ohms: Pr1 = 4 volts x 0,4 ampéres = 1,6 watts
A potência dissipada no resistor de 20 ohms: Pr2 = 8 volts x 0,4 ampéres = 3,2 watts


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 15 de Fevereiro de 2021, as 20:01:55
É mesmo, xformer.
Estou me atrapalhando todo com esses números e fórmulas.
Vou corrigir a mensagem, valeu!

Citar
R = V/I ou I = R/V
(https://images.cinetop.com.br/uploads/2015/09/zftw6h.jpg)


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: xformer em 15 de Fevereiro de 2021, as 20:15:22
Para iniciantes a eletricidade pode ser realmente complicada e cheia de fórmulas e conceitos que podem ser de difícil compreensão assim de cara. Com o tempo e prática a coisa se torna mais natural e simples.  Os fenômenos da eletricidade são muitas vezes abstratos e de difícil entendimento de como funcionam ou como se comportam, o que realmente dificulta o aprendizado, já que não podemos ver os elétrons, a tensão elétrica, a corrente elétrica e outros termos que serão importantes.
A própria "eletricidade" é de difícil definição. O que é eletricidade ? A gente não pode ver, não pode pegar, não pode guardar, não pode cheirar e nem ouvir (eletricidade é um fenômeno físico, se pensar bem, eletricidade nem existe, não é uma coisa - o que podemos definir são as grandezas elétricas: a tensão, a corrente, a resistência).

Quando se inicia no estudo de eletricidade e eletrônica, ao lado da teoria, aprendemos também a prática, realizando experimentos com circuitos elétricos e fazendo medições para tornar a coisa mais concreta e visual. Isso ajuda a consolidar o conhecimento teórico e familiarizar os termos e conceitos na nossa cabeça.


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 15 de Fevereiro de 2021, as 20:31:27
É, preciso muito praticar o que estou estudando.
Pior é que alguém perdi meu multímetro. Era daqueles amarelinhos baratos, mas serviria para fazer experimentos.
Já que preciso comprar um novo, vou atrás de um melhor.
Teria alguma sugestão?
Dá para confiar naqueles Aneng vendidos na Banggood?

Pensei em perguntar isso em outro tópico, mas acho que acaba não fugindo do assunto deste, já que faz parte do estudo.



Vou fazer alguns testes num desses softwares simuladores.

Achei esse simulador on-line bem didático para circuitos e componentes eletrônicos, bem direcionado para entender como eles funcionam, inclusive com gráficos animados da corrente elétrica.

Spoiler (clique para mostrar ou esconder)
https://www.falstad.com/circuit/e-index.html




Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: xformer em 15 de Fevereiro de 2021, as 21:31:41
Pode comprar esse Aneng. Eu tenho um Richmeter 102  que é o mesmo modelo do Aneng 8002. São iguais e acho que vendidos sob OEM.
Eles são precisos e medem true rms. Tem medição de tensão e corrente contínua e alternada. Medem capacitores, resistores, diodos e até temperatura. As baterias são duas AAA palito.  Mas não medem o ganho de transistores, recurso que existe nos amarelinhos DT830b  baratinhos (vale ter um desses também, aqui em SP vendem por 20 a 30 reais. É bom ter dois instrumentos pra fazer duas medições simultâneas).  A Aneng tem modelos mais novos e sofisticados  mas não saberia dizer sobre eles.


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 16 de Fevereiro de 2021, as 00:27:44
Alguma indicação ou contraindicação?

Multímetro ANENG AN8002 (https://www.banggood.com/pt/ANENG-AN8002-Black-Digital-True-RMS-6000-Counts-Multimeter-ACDC-Current-Voltage-Frequency-Resistance-Temperature-Tester-Test-Lead-Set-p-1451179.html?rmmds=detail-bottom-viewalsoview&cur_warehouse=CN)
Spoiler (clique para mostrar ou esconder)

Estação de Solda JCD 8898 2 in 1 750W (https://www.banggood.com/JCD-8898-2-in-1-750W-Soldering-Station-Hot-Air-Gun-Heater-LCD-Digital-Display-Soldering-Iron-Welding-Rework-Station-for-Cell-phone-BGA-SMD-PCB-IC-Repair-p-1721250.html?rmmds=flashdeals&cur_warehouse=CN&ID=523699)
Spoiler (clique para mostrar ou esconder)

Coisinha de aço pra limpar ponta de solda (https://www.banggood.com/DANIU-Heavy-Duty-Soldering-Solder-Iron-Tip-Cleaner-Steel-Wire-p-1182609.html?rmmds=flashdeals&cur_warehouse=CN&ID=554137)
Spoiler (clique para mostrar ou esconder)

Placa para testar circuitos (https://www.banggood.com/3Pcs-8_5x5_5cm-400-Tie-Points-400-Holes-Solderless-Breadboard-Bread-Board-p-1278571.html?rmmds=TopsellerRanking&cur_warehouse=CN&ID=0&utmid=)
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Placas PCB (https://www.banggood.com/Geekcreit-40pcs-FR-4-2_54mm-Double-Side-Prototype-PCB-Printed-Circuit-Board-p-995732.html?rmmds=TopsellerRanking&cur_warehouse=CN&ID=0&utmid=)
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Negocinho Termoretrátil (https://www.banggood.com/DANIU-Heat-Shrink-Shrinking-Tubing-Tube-Wire-Wrap-Cable-Sleeve-Kit-Set-p-1162246.html?rmmds=detail-bottom-alsobought&cur_warehouse=CN)
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Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: xformer em 16 de Fevereiro de 2021, as 00:50:22
Multímetro ANENG AN8002
- Já opinei sobre esse multímetro. Pode comprar sem erro (depende apenas da confiabilidade do vendedor).

Estação de Solda JCD 8898 2 in 1 750W
- A menos que você vá fazer manutenção de placas com circuitos integrados SMD (celulares), a estação de solda não precisa da parte de soprador de ar quente.

Coisinha de aço pra limpar ponta de solda
- Compre a esponja vegetal que só precisa ser umedecida com água para limpar a ponta do ferro. Qualquer limpador abrasivo (esse parece bombril) vai estragar a ponta do ferro de soldar.

Placa para testar circuitos
- Essa peça se chama matriz de contatos (protoboard ou breadboard em inglês). Compre a matriz maior e com mais pontos (ou compre várias, elas grudam uma nas outras), para poder montar circuitos maiores (acredite, sempre falta espaço para colocar componentes). Para montar os circuitos nela você vai precisar também de fios sólidos encapados de diversos tamanhos (uma boa opção é fio telefônico) e bitola AWG22 ou mais fino.  Existem uns cabinhos flexíveis à venda de diversas cores e tamanhos, mas eles deixam uma macarronada na matriz, além de serem caros. Eu ando tendo problemas com as feitas na China, pois os contatos se abrem e deixam de ter um bom contato. Eu tenho uma matriz antiga feita aqui no Brasil pela Shakomiko (de MG) que é bem melhor (mas acho que mais cara).

Placas PCB
- Essas placas universais só com furos e sem trilhas precisam ser emendadas para criar as trilhas (gasta solda ou fio demais). Existem outras placas com desenho de trilhas igual à das matrizes de contato, eu prefiro essas.

Negocinho Termoretrátil
- Esse negocinho se chama espaguete ou tubo termocontrátil, que você usa para isolar os fios e terminais e eles se ajustam esquentando com uma chama de isqueiro.  Existem de vários diâmetros, mas eu acho que os mais úteis são os de 2 mm ou 3 mm de diâmetro.


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 16 de Fevereiro de 2021, as 02:19:35
"Troquei" a estação de solda por esse kit com ferro de solda. (https://www.banggood.com/pt/JCD-908S-80W-Soldering-Iron-Kit-Adjustable-Temperature-110V-220V-LCD-Solder-Welding-Tools-Ceramic-Heater-Soldering-Tips-Desoldering-Pump-Tweezer-180~500-p-1696965.html?akmClientCountry=BR&cur_warehouse=CN&ID=47184514178)
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Acabei de ver umas fontes ajustáveis. Vou precisar para fazer os testes na protoboard.
Pergunto se daria pra fazer uma com essa fonte de notebook que está sem uso.
(https://i.ibb.co/LgZ9S0b/Whats-App-Image-2021-02-15-at-20-12-21.jpg)



Obrigado por me ajudarem tanto, esse carnaval está sendo ótimo pra mim!


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: xformer em 16 de Fevereiro de 2021, as 02:47:51
Pedro, eu não sei o preço desse kit de estação de solda, mas a menos que seja muito barato, fuja desses ferros de solda muito "sofisticados". Eu não tenho experiência com eles, mas eu já li de gente reclamando que a ponta estraga fácil (tem o sensor de temperatura na ponta) e você não encontra reposição.  Esse é o tipo de ferramenta que eu acho que quanto mais simples melhor. Queimou ? Compra outro por ser barato. Dificilmente um hobbista vai precisar soldar algo que seja tão sensível à temperatura de soldagem e que precise de um ajuste exato.  Compre um ferro de soldar de 30 W para iniciar e fazer soldagens delicadas e um de 60 W para trabalhos mais pesados, depois com o tempo você pode comprar uma estação de solda com controle de temperatura.

Sobre a fonte ajustável, você pode montar uma em casa usando essa fonte chaveada como fornecedora de energia no lugar de um transformador de força. Existem circuitos integrados reguladores de tensão bem simples de usar para montar sua fonte como o LM317T (1,5 A) e o LM350T (3 A) em que você pega a tensão da sua fonte e joga na entrada deles. A tensão de saída deles pode ser controlada por um simples potenciômetro. Uma fonte de alimentação é um bom circuito para ser montado por iniciantes e é um equipamento muito útil e valioso na bancada do hobbista. Se comprar um módulo voltímetro digital (alguns com amperímetro também) para mostrar a tensão de saída, é um plus para a fonte.


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: silvioalvim em 17 de Fevereiro de 2021, as 16:53:34
Alguma indicação ou contraindicação?
Eu acho que um ferro de solda de 25W já atende muito bem, e é bem baratinho. Tô com o colega acima, use uma esponjinha vegetal para limpeza.
Para as restaurações que virão, compre um sugador de solda. Acho que já pode pensar também em construir uma "ferramenta" para lâmpada em série, dá uma boa segurança para testar coisas.


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 05 de Março de 2021, as 05:32:47
Demorei a voltar a postar pois tive que parar pra estudar para um concurso, estou esperando resultado da fase de um outro e, também, começaram as aulas na faculdade que passei no concurso.

Dando continuidade, mas indo mais devagar agora.

Vou começar a falar de um componente que, confesso, estou com bastante dificuldade de entender suas aplicações.
Colocarei o que acho que entendi, mas peço ajuda para saber o que procurar no estudo do componente.

Capacitores

Um capacitor é formado por duas placas condutoras e um dielétrico (isolante) entre elas. Cada tipo de capacitor usa diferentes materiais tanto para as placas condutoras como para o dielétrico. Além disso eles tem estruturas construtivas diferentes: uns são formados por camadas de placas, em outros as placas (lâminas) são enroladas como rocambole. Devido a essas características, um capacitor não apresenta apenas capacitância pura, mas também componentes de resistência de fuga, resistência série, indutância (o rocambole) o que altera o comportamento do sinal que passa por ele.

As cargas armazenadas num capacitor representam energia. Assim, um capacitor armazena energia elétrica.
A energia armazenada num capacitor é medida em Joules (J). Podemos calcular esta energia através da fórmula:

E = ½ x C x V2

Onde:

E é energia armazenada em joules (J)

C é a capacitância em farads (F)

V é a tensão em volts (V)

Ao comprar um capacitor, normalmente você encontrará dois principais valores descritos: a tensão que ele suporta e a capacitância. A tensão descreve o máximo de diferença de potencial que pode ser aplicada em seus terminais assim como a capacitância diz a carga que o componente vai armazenar.

Quando uma tensão é aplicada a um capacitor, a corrente flui para uma das placas, carregando-a, enquanto flui da outra placa, carregando-a inversamente. Quando a carga no capacitor atinge seu valor máximo, a corrente no circuito é nula.
No caso de uma tensão contínua (DC ou também designada CC) logo um equilíbrio é encontrado e nenhuma corrente mais poderá fluir pelo circuito. Logo a corrente contínua (DC) não pode passar. Entretanto, correntes alternadas (AC) podem: cada mudança de tensão ocasiona carga ou descarga do capacitor, permitindo desta forma que a corrente flua. A quantidade de "resistência" de um capacitor, sob regime AC, é conhecida como reatância capacitiva, e a mesma varia conforme varia a frequência do sinal AC.

É denominada reatância pois o capacitor reage a mudanças na tensão, ou diferença de potencial.

Desta forma a reatância é proporcionalmente inversa à frequência do sinal. Como sinais DC (ou CC) possuem frequência igual a zero, a fórmula confirma que capacitores bloqueiam completamente a corrente aplicada diretamente, após um determinado tempo, em que o capacitor está carregando. Para correntes alternadas (AC) com frequências muito altas a reatância, por ser muito pequena, pode ser desprezada em análises aproximadas do circuito.

Um vídeo pra criança entender o capacitor. (https://www.youtube.com/watch?v=dQAX8nYt4SE)

Foi rápido, depois continuo.

Vou deixar salvo esse link que achei em algum tópico do fórum: https://www.cde.com/resources/catalogs/AEappGUIDE.pdf


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: xformer em 05 de Março de 2021, as 14:37:15
Uma coisa que é difícil de entender ou visualizar no funcionamento de um capacitor é como ele não deixa passar corrente contínua e "deixa" passar corrente alternada. A melhor forma de compreender é fazer uma analogia com algo mais visível. Eu gosto de usar o balão ou bexiga de festa. O capacitor é a bexiga de borracha. Se estiver cheio de ar, está carregado, se estiver murcho, está descarregado. O ar dentro é como se fosse as cargas elétricas e o ar dentro da bexiga exerce uma pressão (a tensão elétrica é uma pressão) nas paredes internas de borracha da bexiga. A borracha é o dielétrico (literalmente em termos elétricos também).

Se você soprar até o balão encher, ele vai se encher de ar, e a pressão vai aumentando. Mas há um limite para a pressão interna e o balão estoura se passar de um ponto (o dielétrico também se rompe no capacitor se a tensão for maior do que ele aguenta).

Ao soprar para dentro do balão, o ar tem um só sentido e é como se fosse a corrente contínua. Em momento algum, o ar passa através da borracha do balão, como acontece no capacitor, nenhum elétron passa pelo dielétrico (idealmente). Agora se você encher um pouco o balão com seus pulmões e ficar numa sequência de inspirar e expirar o ar dos pulmões para o balão e do balão para os pulmões, haverá um fluxo de ar que alterna o sentido sem parar, mas em momento algum há passagem de ar para fora do balão através da borracha. Assim é com a corrente elétrica alternada no capacitor. O fluxo de ar fica num vai e vem sem parar, mas nunca passa através da borracha.

Veja que a analogia tem como o lado de fora do balão, a atmosfera. Isso seria como se o capacitor tivesse um dos seu terminais aterrado. Isso é como o capacitor funciona como armazenador de carga (e portanto energia). O ar dentro do balão pode realizar trabalho, por exemplo, basta soltar o bico e fazê-lo soprar o ar em um catavento que vai movimentá-lo e realizar trabalho pela energia armazenada. Ou mesmo soltar o balão que ele vai sair voando. Essa é uma das aplicações do capacitor: guardar cargas para serem usadas como pequenos reservatórios de energia.

Outra aplicação de capacitores num amplificador é o acoplamento entre estágios do amplificador. Um sinal de áudio pode ter só uma parte alternada (varia em torno do 0 volts) ou pode ter um nível contínuo somado com a parte alternada (um sinal que varia em torno de por exemplo um nível contínuo de 100 V - isso acontece muito nos valvulados). Muitas vezes queremos que apenas a parte alternada de um sinal seja transferida para o estágio seguinte, de forma que precisamos bloquear a parte contínua, e é isso que o capacitor pode fazer, ele consegue fazer com que a parte alternada continue acontecendo (como o balão de ar) mas não permite que nada da parte contínua passe por ele.  No caso uma melhor analogia seria uma membrana fina de borracha presa dentro de um tubo, fechando a passagem de ar através dele, mas permitindo o vai e vem de ar se o fluxo for alternado. Mesmo com a membrana dentro, se você soprar numa das pontas, vai sair ar pela outra ponta, empurrado pela membrana no meio. Da mesma forma, se sugar o ar por uma ponta, vai entrar ar pela outra ponta. E assim se consegue transmitir o sinal alternado para o outro terminal, sem que nenhum ar passe através da membrana.


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: bossman em 05 de Março de 2021, as 16:37:41
Excelentes analogias xformer !!  (brav)


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 05 de Março de 2021, as 21:21:26
Outra aplicação de capacitores num amplificador é o acoplamento entre estágios do amplificador. Um sinal de áudio pode ter só uma parte alternada (varia em torno do 0 volts) ou pode ter um nível contínuo somado com a parte alternada (um sinal que varia em torno de por exemplo um nível contínuo de 100 V - isso acontece muito nos valvulados). Muitas vezes queremos que apenas a parte alternada de um sinal seja transferida para o estágio seguinte, de forma que precisamos bloquear a parte contínua, e é isso que o capacitor pode fazer, ele consegue fazer com que a parte alternada continue acontecendo (como o balão de ar) mas não permite que nada da parte contínua passe por ele.

Aplicando esse conceito no esquema abaixo, o sinal alternado amplificado que sai da placa do primeiro estágio da 12ax7 é somado com a corrente contínua que passa pelo R5 de 100K. Para que o sinal que entra na grade do segundo estágio da 12ax7 seja apenas o alternado (que é o sinal de áudio que se quer amplificar ainda mais), coloca-se no caminho o capacitor de acoplamento de 0.022uF - C1. É isso mesmo?

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Na parte de baixo do esquema, após a válvula retificadora, a tensão em C é igual a 250V, porém, na parte alta do esquema, C é igual a 270V antes de R5. "Quem" aumentou essa tensão?



Me respondendo em relação ao C1, achei essa explicação no tópico original (http://www.handmades.com.br/forum/index.php?topic=8543.msg165324#msg165324):
A válvula de pré-amplificação amplifica o sinal de áudio e depois envia ele para a saída no pino 1 (placa) via fio vermelho para o capacitor C1, que é um capacitor de acoplamento. Capacitores de acoplamento também são chamados de capacitores de bloqueio porque eles bloqueiam a tensão DC mas permitem a passagem da tensão AC do sinal de guitarra. O 0.022µF escrito no capacitor é o valor de 0,022 micro farads (0,000000022 farads).


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Matec em 05 de Março de 2021, as 22:53:53
Citar
Aplicando esse conceito no esquema abaixo, o sinal alternado amplificado que sai da placa do primeiro estágio da 12ax7 é somado com a corrente contínua que passa pelo R5 de 100K. Para que o sinal que entra na grade do segundo estágio da 12ax7 seja apenas o alternado (que é o sinal de áudio que se quer amplificar ainda mais), coloca-se no caminho o capacitor de acoplamento de 0.022uF - C1. É isso mesmo?

Eu não diria dessa forma. Eu diria que o sinal da grade da válvula Modula a corrente que passa no conjunto válvula/resistor de placa, criando uma variação de tensão semelhante ao sinal da entrada, defasada em 180 graus, porém com amplitude muitas vezes maior que o sinal original.

 ;)


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: Pedro Augusto em 05 de Março de 2021, as 23:49:03
As peças começaram a chegar. O final de semana será divertido.

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Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: xformer em 06 de Março de 2021, as 01:27:23
Na parte de baixo do esquema, após a válvula retificadora, a tensão em C é igual a 250V, porém, na parte alta do esquema, C é igual a 270V antes de R5. "Quem" aumentou essa tensão?

O sujeito que desenhou o esquema deve ter se equivocado e errou ao escrever um dos  valores de tensão no ponto C. Um dos dois valores está errado (ou ambos  :D  ). Agora vai saber qual é o certo ...

Achei um quadro interessante para ver aplicação dos capacitores num estágio amplificador:

(http://www.hostcgs.com.br/hostimagem/images/761capblock.jpg)

Se fizer citação desta mensagem, retire a imagem de dentro da citação.


Título: Re: Estudando eletrônica básica voltada a amplificadores
Enviado por: kem em 06 de Março de 2021, as 02:06:11
Caramba... Filtro CR com 100uF + 10M...


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