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Autor Tópico: medidor de bias  (Lida 10865 vezes)
xformer
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« : 26 de Abril de 2012, as 12:43:48 »

Pessoal, estou desenvolvendo um medidor de corrente de catodo pra ajuste de bias (polarização) das válvulas. Basicamente é um voltímetro que mede a tensão sobre um resistor de 1 ou 10 ohms que é ligado no catodo da válvula. Como os amplificadores valvulados que tem ajuste de bias precisam se ajustados sempre que as válvulas são trocadas e o processo pode ser complicado, vi um medidor comercial vendido nos EUA e resolvi tentar fazer um.

O voltímetro digital é feito com PIC 16F819 que pode medir a corrente de até 4 válvulas simultaneamente e um display LCD 16x2  padrão. Se o amplificador já tiver os resistores de catodo de 1 ou 10 ohms (de preferência de precisão ou casados), basta ligar as entradas do PIC no ponto entre os resistores e o soquete da válvula.   Caso não haja acesso a esse ponto ou não exista o resistor, o jeito é fazer uma adaptação com bases de válvulas queimadas e soquetes de válvula, como no meu desenho.  Essa adaptação serviria pra amplificadores que não tem esse ajuste de bias (bias automático).  Como eu não consegui as bases das válvulas queimadas (tem que quebrar o vidro, retirá-lo com cuidado, retirar os terminais e eletrodos e soldar fios entre o soquete e a base da válvula).  Se alguém tiver isso disponível e conseguir montar, depois nos conte se funcionou.  Eu montei apenas a parte do voltímetro.  Os valores estão em mA. OBSERVEM que o terra do circuito é o negativo da bateria de 9V e não o terra do amplificador. O circuito fica flutuante, caso o amplificador tenha resistores de polarização de catodo.  

Segue  o esquema e o código HEX pra gravar no PIC.




Código HEX
:10000000B201EF280408A700061086108610831698
:100010000610861086100F30860583122708B21846
:100020002E283A30A100FC30A0203330A600422018
:100030001030A1006830A020422064309F20223080
:10004000A600422028302D200C302D2001302D20FC
:1000500006302D20B21427082E283214A600321C98
:100060003C288610033C031C412841200730A10096
:10007000D030A020031408003214FE3C0319EA28F3
:100080008614321C321006140F3086052608F0390B
:1000900086040610A60E3218422832309F20031420
:1000A0000800B31329080319B3170530A800273037
:1000B000A300103067200330A300E8306720A301BD
:1000C00064306720A3010A30672024086E28A2004C
:1000D0002508A1002408A000B3202008A000A80340
:1000E0000319B313290803197828280203180800F4
:1000F0002008031DB313B31B0800303EE528A00001
:10010000A00DA00D200D383941389F000030A1000E
:100110003230A0201F151F198B281E08A10083163E
:100120001E08EA28A301A200FF30A207031CA307B0
:10013000031CEA280330A100E330A0209428A10189
:10014000F43EA000A109FE30031CA928A007031853
:10015000A628A0076400A10FA62800002018B02838
:100160002018B2280800A501A4011030A600210D16
:10017000A40DA50D2208A4022308031C230FA50229
:100180000318C9282208A40723080318230FA5076A
:100190000310A00DA10DA60BB7282008EA281030E7
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:1001B000A00723080318230FA107A10CA00CA50C6E
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:1002D000032073300320743003206F30032072300A
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:1002F000032020300320633003206130032074305A
:1003000003206F300320643003206F30032020303F
:100310000320203003202030032020300320203011
:10032000032020300320203003200730A300D030EA
:100330009320FE300320013003205330032065302A
:1003400003206C30032065300320633003206930C4
:1003500003206F3003206E300320653003202030EF
:1003600003206F30032070300320E730032061301A
:1003700003206F30032020300320FE300320C030E4
:10038000032028300320413003202930032031305E
:1003900003206F300320683003206D3003202030AD
:1003A000032028300320423003202930032031303D
:1003B0000320303003206F300320683003206D307D
:1003C0000320C83092206400851BEE290330A3006F
:1003D000E83093200A30C000C101FA296400051BEF
:1003E000F9290330A300E83093206430C000C10134
:1003F000FA2999290A30922001307F20B80021087B
:10040000B9000A30922002307F20BA002108BB00D8
:100410000A30922003307F20BC002108BD000A3042
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:100480004108A300B320C4002108C5003C08A60011
:100490003D08A7003130A200A301CF20CC002508E1
:1004A000CD004C08A0004D08A1004008A200410862
:1004B000A300B320C6002108C7003E08A6003F08DD
:1004C000A7003130A200A301CF20CC002508CD0029
:1004D0004C08A0004D08A1004008A2004108A3005C
:1004E000B320C8002108C900FE30032001300320DA
:1004F000493003206B300320313003203D3003208E
:10050000A9014208A4004308A5000230B000B101CF
:10051000512020300320493003206B30032032303B
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:0E05B000DC2AC8309220FE28FA296300DD2ADA
:02400E00303F41
:00000001FF
 
« Última modificação: 28 de Agosto de 2021, as 00:59:43 por xformer » Registrado

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« Responder #1 : 26 de Abril de 2012, as 14:09:43 »

Você aceita sugestões?

Se você medir a tensão no pino 3, pode calcular a dissipação de placa, facilita pra quem vai polarizar (digamos) a 70% do máximo. Ainda mais que quanto mais corrente, mais cai o B+. Você pode até colocar um tabelinha na memória com os valores máximos pras válvulas mais comuns.

No pino 1-8, você mede corrente de catodo, que é a corrente de placa + corrente de screen. Ou seja, a corrente de placa vai ser um pouquinho menor do que o valor medido. Se você medir a corrente no pino 3, fica mais preciso.

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« Responder #2 : 26 de Abril de 2012, as 16:02:31 »

Como os amplificadores valvulados que tem ajuste de bias precisam se ajustados sempre que as válvulas são trocadas e o processo pode ser complicado...

Na verdade não precisa. Se você vai tirar uma EL34 e por outra no lugar, pode deixar com o ajuste da antiga. Só precisa mudar se for passar para outra válvula, como tirar uma EL34 e por uma 6L6 ou vice-versa. Essa coisa de ajustar bias de aparelho que está funcionando é como regular o ponto do motor cada vez que trocar os pneus.

Abraços

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« Responder #3 : 26 de Abril de 2012, as 16:08:30 »

Eu diria que está mais pra fazer alinhamento e balanceamento quando trocar os pneus Smiley
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« Responder #4 : 26 de Abril de 2012, as 16:20:41 »

Oi Gfr

Sim, alinhar faz sentido, mas regular o motor não. O bias é definido como uma tensão na grade. Uma vez ajustado, não precisa ser modificado por mais que se troquem as válvulas.

Quem vai construir um amplificador vai precisar ajustar o bias, caso use bias fixo. Para quem já tem um funcionando, não há razão para altera-lo.

Abraços

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« Responder #5 : 26 de Abril de 2012, as 19:41:55 »

Você aceita sugestões?

Se você medir a tensão no pino 3, pode calcular a dissipação de placa, facilita pra quem vai polarizar (digamos) a 70% do máximo. Ainda mais que quanto mais corrente, mais cai o B+. Você pode até colocar um tabelinha na memória com os valores máximos pras válvulas mais comuns.

No pino 1-8, você mede corrente de catodo, que é a corrente de placa + corrente de screen. Ou seja, a corrente de placa vai ser um pouquinho menor do que o valor medido. Se você medir a corrente no pino 3, fica mais preciso.

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Medir a tensão (ou a corrente) no pino 3 (placa ou anodo) implica em tratar alta tensão e necessita de um redutor (divisor de tensão) o que pode não ser muito bom pro coitado do PIC porque ele tem limitação na resistência interna da fonte de sinal que ele vai medir. Certo, bastaria colocar um AO como buffer, mas ai começa a complicar o circuito e aumenta o risco para o usuário, pois entraria alta-tensão no aparelho. O aparelho serviria pra ajustar a corrente de catodo com o valor recomendado pelo fabricante do amplificador (independentemente se configurado como modo pentodo, UL ou triodo).  Existe mais ou menos uma relação entre a corrente de screen e a de anodo (entre 1/5 e 1/7 dependendo da válvula e da configuração - isso pode ajudar a estimar as duas correntes tendo a soma).  Mas obrigado pela sugestão, talvez faça alguns testes e implemente isso no firmware.
Sobre o link, acho que vi um video de um cara usando esse aparelho comercial pra ajustar o amplificador e daí que tirei a idéia.


Na verdade não precisa. Se você vai tirar uma EL34 e por outra no lugar, pode deixar com o ajuste da antiga. Só precisa mudar se for passar para outra válvula, como tirar uma EL34 e por uma 6L6 ou vice-versa. Essa coisa de ajustar bias de aparelho que está funcionando é como regular o ponto do motor cada vez que trocar os pneus.


Pode acontecer de num push-pull com bias ajustável ocorrer um pequeno desbalanceamento entre as duas válvulas novas, mesmo sem mexer na tensão de bias atual, ou uma válvula ser mais velha do que a outra (se trocar uma só) e tem gente que quer equalizar as correntes no transformador de saída de qualquer forma (ou desbalancear, sei lá o gosto de cada um). Outro problema seria se a tensão de bias negativo no amplificador não for regulada e estabilizada, se alterando de acordo com a tensão da rede (por ex. num lugar 115V e noutro 127V) o que mudaria o ponto de operação das válvulas, nesse caso o reajuste seria possível.  
Além de ter a opção de usar outro tipo de válvula, pode ser que o usuário queira deixar as duas válvulas operando em classe A no push-pull.  Nos de auto-bias, ficaria a título de curiosidade mesmo.

Abs

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Oi Gfr

Sim, alinhar faz sentido, mas regular o motor não. O bias é definido como uma tensão na grade. Uma vez ajustado, não precisa ser modificado por mais que se troquem as válvulas.

Quem vai construir um amplificador vai precisar ajustar o bias, caso use bias fixo. Para quem já tem um funcionando, não há razão para altera-lo.

Abraços

Eduardo

O pessoal costuma comparar muito com o ajuste de marcha-lenta dos antigos motores de carros do século passado, que precisava ajustar o carburador com determinado RPM (que hoje é feito automaticamente pelos sensores + ECU + injeção eletrônica).  Como os amplificadores valvulados também são do século passado ... tá aí a semelhança.

Um exemplo de comparação com o push-pull que eu me recordo seria equalizar a potência de dois motores num barco ou avião pra que ele não fique "puxando" pra um lado quando os comandos estiverem na mesma posição.
« Última modificação: 26 de Abril de 2012, as 20:15:23 por xformer » Registrado

O que se escreve com "facilidade" costuma ser lido com dificuldade pelos outros. Se quiser ajuda em alguma coisa, escreva com cuidado e clareza. Releia sua mensagem postada e corrija os erros.
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« Responder #6 : 27 de Abril de 2012, as 07:05:05 »

Oi Xformer

Acho muito legal a sua iniciativa neste projeto, mas você está tentando matar o coelho da Páscoa com uma bomba nuclear! O uso do resistor para medir corrente é um "quebra galho" para quem não tem um amperímetro adequado. Na década de 1950 isso era prática comum. Hoje qualquer multímetro digital de R$20,00 serve para fazer isso. Eu tenho uma base octal com um soquete preso nela para fazer essa medida e uso um multímetro comum.


Pode acontecer de num push-pull com bias ajustável ocorrer um pequeno desbalanceamento entre as duas válvulas novas, mesmo sem mexer na tensão de bias atual, ou uma válvula ser mais velha do que a outra (se trocar uma só) e tem gente que quer equalizar as correntes no transformador de saída de qualquer forma (ou desbalancear, sei lá o gosto de cada um). Outro problema seria se a tensão de bias negativo no amplificador não for regulada e estabilizada, se alterando de acordo com a tensão da rede (por ex. num lugar 115V e noutro 127V) o que mudaria o ponto de operação das válvulas, nesse caso o reajuste seria possível.  
Além de ter a opção de usar outro tipo de válvula, pode ser que o usuário queira deixar as duas válvulas operando em classe A no push-pull.  Nos de auto-bias, ficaria a título de curiosidade mesmo.

O que você propõem é que se cure a febre do paciente colocando-o numa câmara fria. Primeiramente o controle de bias costuma ser único. São raros os aparelhos com bias separado para cada válvula. Então, se existe desbalanciemento entre as válvulas, alterar o bias não vai ajudar. As duas freiam ou aceleram juntas! Se você comprou válvulas descasadas, tem é que pedir pro vendedor trocar o par!

Se o dono do amplificador fez o serviço porco de misturar uma válvula usada com uma nova na saída, você acha que ele vai ter cabeça no lugar para ajustar o que quer que seja? E se a placa da válvula chegou a ficar vermelha com o bias da anterior, então tem problema na peça ou no amplificador!

No caso de aparelhos importados, fabricados para 115V, também não adianta mudar o bias. Se a tensão passar para 127V na rede, o bias vai ficar mais negativo e a tensão de placa mais positiva. No final ele se equilibra muito bem! Mas a caca nos 6,3V dos filamentos ainda estão lá! Em vez de se preocupar com o bias, deveria atentar para o filamento em chamas!

Se o amplificador foi projetado para funcionar em classe AB ou classe B, mudar o bias para jogar na classe A vai fritar o aparelho todo! Não vejo porque alguém se preocuparia em medir o bias num caso desses. É como mandar pintar a parede antes de fazer um teste de colizão de veículo!

Enfim, se o aparelho está funcionando, não tentem alterar bias. É inútil e pode causar mais dano que benefício. Se precisar alterar, um multímetro é suficiente!

Abraços

Eduardo
« Última modificação: 27 de Abril de 2012, as 07:13:23 por Eduardo » Registrado

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« Responder #7 : 27 de Abril de 2012, as 09:51:48 »

Citar
Acho muito legal a sua iniciativa neste projeto, mas você está tentando matar o coelho da Páscoa com uma bomba nuclear! O uso do resistor para medir corrente é um "quebra galho" para quem não tem um amperímetro adequado. Na década de 1950 isso era prática comum. Hoje qualquer multímetro digital de R$20,00 serve para fazer isso. Eu tenho uma base octal com um soquete preso nela para fazer essa medida e uso um multímetro comum.

Pra usar um amperímetro, você precisa abrir o circuito (i.e. dessoldar o pino do catodo ao terra ou no transformador de saída e inserir o aparelho em série). Esse "quebra-galho" simplifica o processo e evita o "desmonte" do amplificador toda vez que for ajustá-lo. No seu caso, como é a fixação das pontas de prova ao soquete + base ? Além disso em princípio é o mesmo processo do aparelho proposto, usar um soquete + base pra ter acesso ao caminho da corrente. Só que ao invés de medir a corrente, medimos a tensão sobre o resistor (porque o PIC não mede corrente diretamente). Como o PIC pode fazer várias medidas ao mesmo tempo, elimina o incomodo de ficar trocando o soquete + base de lugar no amplificador (a não ser que se tenha vários múltimetros e conjuntos de soquetes+bases). Se tiver só um amperímetro e quiser medir em outro soquete+base precisa fechar de novo o caminho da corrente no que deixou de medir, o que não acontece com o método do resistor de catodo de baixo valor.

Citar
O que você propõem é que se cure a febre do paciente colocando-o numa câmara fria. Primeiramente o controle de bias costuma ser único. São raros os aparelhos com bias separado para cada válvula. Então, se existe desbalanceamento entre as válvulas, alterar o bias não vai ajudar. As duas freiam ou aceleram juntas! Se você comprou válvulas descasadas, tem é que pedir pro vendedor trocar o par!

A questão é que se você reconhece que existem diferenças entre as válvulas e que elas devem ser casadas, quem garante que o novo par casado terá as mesmas características do par anterior ou que esteja no ponto certo com a tensão de bias atual ? Ou seja, quando você afirmou que não precisa fazer ajuste algum ao se colocar válvulas novas ou de fabricantes diferentes isso não alteraria o ponto de operação e isso não é coerente com sua nova afirmação. Qual a verdade então ?
Sobre a existência de amplificadores com ajuste único ou individual ou com balanço de bias, um aparelho desses pode ser útil pra quem tem um com vários ajustes (e precisa ver simultaneamente todas as correntes) e pode ser inútil pra quem tem um com um ajuste ou ajuste nenhum. A utilidade vai depender do usuário. Eu apenas quis contribuir com algo ao fórum. Se vai ser útil ou não, a contribuição foi com boa intenção.

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Se o dono do amplificador fez o serviço porco de misturar uma válvula usada com uma nova na saída, você acha que ele vai ter cabeça no lugar para ajustar o que quer que seja? E se a placa da válvula chegou a ficar vermelha com o bias da anterior, então tem problema na peça ou no amplificador!

Se uma válvula só queimar, nem todo mundo vai jogar fora a outra. O bom senso diria (e os vendedores de válvulas também, principalmente) pra trocar as duas e esquecer a antiga ainda funcionando. Mas como nem todo mundo tem grana sobrando, a gente guarda as válvulas usadas e tenta usá-las (ou casá-las) com outras. Questão de economia.

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No caso de aparelhos importados, fabricados para 115V, também não adianta mudar o bias. Se a tensão passar para 127V na rede, o bias vai ficar mais negativo e a tensão de placa mais positiva. No final ele se equilibra muito bem! Mas a caca nos 6,3V dos filamentos ainda estão lá! Em vez de se preocupar com o bias, deveria atentar para o filamento em chamas!

Mesmo se considerarmos que o aumento da tensão da rede vai alterar tanto a tensão de bias negativo como a de placa, e que isso deveria deixar a corrente de placa no mesmo nível (ou perto), tem que ver que a potência dissipada vai aumentar e isso requer um novo ajuste (pra baixo) da corrente quiescente de placa e screen pra que fique dentro dos limites ou no patamar de 70% como o GFR citou.

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Se o amplificador foi projetado para funcionar em classe AB ou classe B, mudar o bias para jogar na classe A vai fritar o aparelho todo! Não vejo porque alguém se preocuparia em medir o bias num caso desses. É como mandar pintar a parede antes de fazer um teste de coliSão de veículo!

Tem louco pra tudo. Mas tem gente querendo fazer experiências, descobrir novos timbres alterando o ponto quiescente, porém quer deixar a operação dentro dos limites.

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Enfim, se o aparelho está funcionando, não tentem alterar bias. É inútil e pode causar mais dano que benefício. Se precisar alterar, um multímetro é suficiente!

Esse é um conselho sábio e eu também procuro segui-lo. Mas você conhece o ser humano, nunca está contente ou conformado com o status quo. Se você disser pra alguém "não mexa aqui !!", isso aguça a curiosidade e a vontade pra mexer na coisa. Sempre se acha que alguma coisa pode melhorar ou alterar pra melhor (pra pior na maioria dos casos) ou ser detalhista demais e quer deixar o negócio bem tunado. Faz parte da natureza humana.

Sem querer entrar em mais filosofia se o ajuste é necessário ou não, espero que o instrumento seja útil a alguém. Dentro do espírito DIY (faça você mesmo) do fórum, se existem aparelhos comerciais desse tipo, esse é um projeto para o pessoal do Handmades.
« Última modificação: 27 de Abril de 2012, as 10:49:27 por xformer » Registrado

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« Responder #8 : 27 de Abril de 2012, as 09:57:13 »

Pra usar o multímetro precisa abrir o chassis e medir. O probe permitiria medir sem abrir o amplificador e sem se expor a alta tensão. Mas são poucos os amplificadores que permitem ajustar o bias sem abrir o chassis (e normalmente estes já tem um ponto de prova acessível, geralmente usando um resistor no catodo - ex. Fender the Twin - e aí não precisa de probe, só multímetro).



Então, realmente eu não acho que um bias probe seja uma ferramenta essencial. Se já vai precisar abrir o amplificador pra regular, é só medir com um multímetro, pelo método que preferir - pela tensão de grade, como sugeriu o Eduardo, por resistores no catodo, se o amplificador tiver, medindo a resistência DC no primário do transformador e depois medindo a voltagem entre pino 3 e B+, ou se for corajoso mesmo (eu não sou) com o método "transformer shunt".

Eduardo, válvulas de fabricantes diferentes ou mesmo lotes diferentes do mesmo fabricante podem polarizar com uma corrente um pouco diferente para a mesma tensão na grade. Se o amplificador foi projetado e regulado pra operar com uma certa margem de segurança, não tem problema. Se ele está regulado no limite do "muito quente" ou do "muito frio", pode ser necessário mexer, por segurança no primeiro caso, pra não ficar horrível no segundo. E tem vários amplificadores de guitarra nestes extremos.

Alguns exemplos, o VOX AC30 polariza as EL84 com 335V de placa e 50mA, P = (335)(50mA) = 17 watts - O máximo da EL84 é 12W!!!! Os Fender costumam vir muito frios de fábrica.

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Olha só que interessante, uma história de terror:

http://www.amp-fix.com/biasing.htm


Foi colocado um quarteto de EL34, vendido como um quarteto "casado". Da Eletro Harmonics, não uma marca "genérica". Tem duas ali com a corrente bem casada, uma um pouco fora e outra muito fora. E mais, um total de 307 mA, quando  "toericamente" deveria dar um total de 120mA. Resultado: o fusível da alta tensão abriu.
« Última modificação: 27 de Abril de 2012, as 10:21:57 por gfr » Registrado

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« Responder #9 : 27 de Abril de 2012, as 12:37:12 »

Oi Xformer

No seu caso, como é a fixação das pontas de prova ao soquete + base ?

Fica da forma que o Gfr mostrou nas fotos! Bem simples.

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A questão é que se você reconhece que existem diferenças entre as válvulas e que elas devem ser casadas, quem garante que o novo par casado terá as mesmas características do par anterior ou que esteja no ponto certo com a tensão de bias atual ?

Existe uma diferença, mas não deve pode ser tão grande a ponto de precisar mudar bias. Se precisar, mande as válvulas de volta pois elas tem problema!

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Se uma válvula só queimar, nem todo mundo vai jogar fora a outra..(...) Questão de economia.

Minha avó costumava lavar e ferver as gases que usava para fazer curativos no meu avô. Ele era diabético. Pegou uma infecção e perdeu a perna. Questão de economia!

O que custa mais? Uma válvula ou o transformador de saída com o núcleo imantado?

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Tem louco pra tudo. Mas tem gente querendo fazer experiências, descobrir novos timbres alterando o ponto quiescente, porém quer deixar a operação dentro dos limites.

Eu conheci um cara que mudava a posição da correia dentada do motor. Dizia que com isso conseguia mais potência no carro. Tem louco para tudo mesmo. Por isso estou insistindo muito neste tópico. Você projetou e construiu um aparelho fantático, mas pode ser uma arma na mão de certos macacos que tem por aí. O que precisa ficar claro é que não se mexe em bias que está ganhando!

(...) Se ele está regulado no limite do "muito quente" ou do "muito frio", pode ser necessário mexer, por segurança no primeiro caso, pra não ficar horrível no segundo. E tem vários amplificadores de guitarra nestes extremos.

Você quer dizer "Se estiver mal regulado". O bias deve ser ajustado num ponto em que as válvulas fiquem folgadas. O próprio envelhecimento delas faz mudar as características e o ponto quiescente. Isso precisa ser levado em conta na hora da regulagem. Um amplificador de linha, tipo Marshall, Fender, Mesa, Carvin, etc, não sofrem desses problemas. Pode trocar válvula a vontade que não acontesse nada errado. Já os feitos por certos entendidos que se chamam luties.....  Ui

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Foi colocado um quarteto de EL34, vendido como um quarteto "casado". Da Eletro Harmonics, não uma marca "genérica". Tem duas ali com a corrente bem casada, uma um pouco fora e outra muito fora. E mais, um total de 307 mA, quando  "toericamente" deveria dar um total de 120mA. Resultado: o fusível da alta tensão abriu.

Electro Harmonix pode ser de marca, mas é uma bomba. Das válvulas que eu revendo é a que mais dá problemas. Mesmo os quartetos casados na fábrica são descasados.

Outro ponto é que se o fabrincante não deixou um acesso fácil para o bias, é porque ele não quer que o usuário mexa ali!

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« Responder #10 : 27 de Abril de 2012, as 12:58:18 »

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O que custa mais? Uma válvula ou o transformador de saída com o núcleo imantado?

Tá pau a pau ....

Preços da KT88 na Altana:
Válvulas
Válvula KT88-98 Shuguang - Equivalente a 6550 : R$148,03
Válvula KT88 JJ - Equivalente a 6550 : R$199,95
Válvula KT88 Penta Labs - Equivalente a 6550 : R$211,47

Preço do transformador TS50B (p/KT88 e 6550) na Lynx audio:
R$ 235

Pra não esquecer da Schatz:
TS 50 40B também para 2 KT88    R$ 160

Considerando que precisaria de 2 válvulas ....  Anjo
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« Responder #11 : 27 de Abril de 2012, as 13:06:45 »

Outro ponto é que se o fabrincante não deixou um acesso fácil para o bias, é porque ele não quer que o usuário mexa ali!

De modo geral, isto não é pra leigo ficar mexendo. É que nem sair ajustando tirante de guitarra sem saber e acabar com um braço empenado.

E o técnico, que é quem tem que mexer... pode (deve) abrir o chassis e trabalhar lá dentro, tomando sempre os cuidados necessários.

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Você quer dizer "Se estiver mal regulado". O bias deve ser ajustado num ponto em que as válvulas fiquem folgadas. O próprio envelhecimento delas faz mudar as características e o ponto quiescente. Isso precisa ser levado em conta na hora da regulagem. Um amplificador de linha, tipo Marshall, Fender, Mesa, Carvin, etc, não sofrem desses problemas. Pode trocar válvula a vontade que não acontesse nada errado. Já os feitos por certos entendidos que se chamam luties.....

Aquele quarteto "casado" de EH estava num Laney... Mais abaixo na mesma página tem outra história de terror com um amplificador Mesa (que nem tem potenciômetro de bias, a voltagem é fixa), usando válvulas "Mesa" (Sovtek remarcada).
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