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Autor Tópico: Corrente  (Lida 16438 vezes)
Victor Nery
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« : 05 de Março de 2013, as 12:40:15 »

Saudações,

Li alguns amigos mencionando sobre o problema de se alimentar alguns pedais com fontes que apresentam uma corrente muito elevada; gostaria de entender um pouco mais sobre o assunto. Os amigos sugerem algum artigo ou poderiam dissertar a respeito?

Abraço a todos
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Patines
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« Responder #1 : 05 de Março de 2013, as 13:56:25 »

Os pedais são alimentados com fonte de tensão e os pedais derivam a corrente conforme suas necessidades.
Eu vejo que cada pedal deveria ter a sua fonte de tensão e usar uma fonte só para ele, para evitar os loops de terra.
Cada fonte então deveria ser dimensionada para seu pedal e poder fornecer a corrente que o pedal necessita com alguma folga.

A potencia fornecida a um pedal é calculada da seguinte forma:
P=U*I
U é o valor da tensão, exemplo 9V
I é a corrente que o pedal deriva, exemplo, 20mA
Potencia é então: P = 9V*20mA = 180mW

Por exemplo, para um fuzz face clássico:
U=9V ;  I=1,3mA ;  P= 9V*1,3mA =11,7mW

Se a fonte alimenta vários pedais, se deve somar a corrente que cada pedal deriva e multiplicar pela tensão.  Mas veja que se a fonte alimentar vários pedais,  o set pode ter problemas devido a loop de terra.  O problema em alimentar um pedal com uma fonte que pode fornecer muita corrente é a fonte não ser bem aproveitada.

No mais não consigo imaginar que problema poderia surgir.  Se alguém pode saber qual o problema por favor escreva.

Abraços, T+
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« Responder #2 : 05 de Março de 2013, as 14:37:03 »

Não estou nem perto do conhecimento do Patines, mas posso afirmar Victor, que já pesquisei e debati,
com muitos profissionais da área e nunca achei alguém que me apresentasse algum argumento para firmar a tese
de que uma fonte com uma corrente maior pode prejudicar os pedais, a não ser o de sempre o desperdício de corrente,
apenas isso mesmo!

Abraço
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Alex Frias
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« Responder #3 : 05 de Março de 2013, as 16:44:14 »

Não há desperdício de corrente, pois a corrente é sempre a solicitada apenas. A diferença é na capacidade da fonte de oferecer mais corrente sem ser danificada, se mais corrente for solicitada.
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« Responder #4 : 05 de Março de 2013, as 17:21:37 »

Victor, assim como mencionado abaixo, cada pedal consome apenas oque é necessário. Aquilo que não é aproveitado, fica em stand-by na fonte. Por exemplo, meu notebook funciona à uma tensão de 19 volts cc / 3,15 Amp .  Eu posso perfeitamente ligá-lo à uma fonte que forneça 10 ampéres, desde que a tensão seja a mesma; pois assim, a potência seria o produto V x Ic (corrente consuida) no caso, os 3.15 ampérs. O Não vejo problema algum utilizar uma única fonte para alimentar os pedais, se não pelo Loop de terras, como também mencionado abaixo !
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Marcus Vinícius
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« Responder #5 : 05 de Março de 2013, as 17:32:09 »

Não há desperdício de corrente, pois a corrente é sempre a solicitada apenas. A diferença é na capacidade da fonte de oferecer mais corrente sem ser danificada, se mais corrente for solicitada.

Acho que me expressei mal, desperdício em se ter uma fonte maior ou dimensionada para corrente maior e você usar um ou dois pedais!
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felixmeirelles
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« Responder #6 : 05 de Março de 2013, as 18:06:53 »

Existe uma teoria informal que o Gramorin também concorda, que ao disponibilizarmos um nível de corrente muito alta para um fet, ele pode falecer mais rápido que um fet operando com corrente compatível.

Para se ter uma visão, é só imaginarmos que um curto de milissegundos com baixa corrente produz poucos joules, a medida que a corrente aumenta serão gerados mais joules no mesmo intervalo de tempo.

Teoricamente dependendo do arranjo dos fets e op-amps, esses mini curtos causados pelo encontro da energia parasita acumulada no circuito com a descarga da fonte de fato podem ser maiores ou menores dependendo da potência(corrente e tensão) que a fonte pode entregar.

Fazendo um alusão aos  fluidos, imagine um cano que conduz um liquido, a pressão do liquido é a tensão, e a viscosidade do liquido é o inverso da corrente.
Se tivermos um vazamento no cano de milissegundos, a quantidade de liquido que irá vazar irá depender da pressão e da viscosidade.

Quanto menor a viscosidade do líquido (maior a corrente elétrica), então mais moléculas do líquido (elétrons) vazarão no mesmo intervalo de tempo se comparados a um líquido de viscosidade maior (menor corrente).

Exemplo legal da "força da corrente" é esse cara "soldando" com 10v apenas:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=wrR3Nit-KAU

Mas qual seria a corrente certa de operação?
O ideal máximo é algo entre 2 vezes o consumido pelo sistema, porém o dito efeito negativo costuma aparecer só com fontes superdimensionadas na ordem de 10x o consumido.
Algo como ligar sozinho um pedal de 300ma em uma fonte 3A.

Abraços



« Última modificação: 05 de Março de 2013, as 18:29:24 por felixmeirelles » Registrado
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« Responder #7 : 05 de Março de 2013, as 18:43:56 »

Existe uma teoria informal que o Gramorin também concorda, que ao disponibilizarmos um nível de corrente muito alta para um fet, ele pode falecer mais rápido que um fet operando com corrente compatível.

Félix, não menosprezando a experiência de alguém, mas veja que também tenho alguma, pois já fiquei eu e meus colegas na bancada consertando coisas muito tempo.  Ninguém me falou disso ou observei isso.  Em literatura técnica alguma li algo parecido.

Correntes em circuitos são limitadas pelos resistores nos seus lugares corretos e cada caso é um caso.  Se o circuito é bem projetado, não se perdem ou deterioram componentes.  Às vezes até em circuitos mal projetados não se perdem componentes.

Para se ter uma visão, é só imaginarmos que um curto de milissegundos com baixa corrente produz poucos joules, a medida que a corrente aumenta serão gerados mais joules no mesmo intervalo de tempo.
E veja que dependendo do FET que tu está falando, se comporta de maneira diferente.  Por exemplo um JFET tem um parâmetro que é Idss, e dessa corrente não passa nunca, se estiver polarizado como JFET.   MOSFETs e transistores bipolares são dispositivos similares a fontes de correntes, e mesmo com variações da tensão na malha podem manter a corrente estável.

Teoricamente dependendo do arranjo dos fets e op-amps, esses mini curtos causados pelo encontro da energia parasita acumulada no circuito com a descarga da fonte de fato podem ser maiores ou menores dependendo da potência(corrente e tensão) que a fonte pode entregar.

Fazendo um alusão aos  fluidos, imagine um cano que conduz um liquido, a pressão do liquido é a tensão, e a viscosidade do liquido é o inverso da corrente.
Se tivermos um vazamento no cano de milissegundos, a quantidade de liquido que irá vazar irá depender da pressão e da viscosidade.

Quanto menor a viscosidade do líquido (maior a corrente elétrica), então mais moléculas do líquido (elétrons) vazarão no mesmo intervalo de tempo se comparados a um líquido de viscosidade maior (menor corrente).
Me parece uma coisa assim: "no creo en brujas, pero que las hay, las hay"


Exemplo legal da "força da corrente" é esse cara "soldando" com 10v apenas:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=wrR3Nit-KAU
Se costuma soldar mesmo é com baixa tensão e alta corrente...  tudo normal.

Abraços, T+
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felixmeirelles
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« Responder #8 : 05 de Março de 2013, as 19:15:31 »

Já eu cansei de pegar pedal com os fets do bypass e op-amps problemáticos, ao contrário da queima por tensão alta ou curto, onde o componente falha de vez, o efeito deste "caso sobrenatural da grande corrente" é uma oscilação constante nos op-amps e no chaveamento que hora aciona e hora não aciona.

Para testar o "caso sobrenatural da grande corrente" cientificamente teríamos que testar "in loco" com uma grande fonte ligada e algo ligando e desligando o pedal.

Cientificamente para provar que algo não existe temos que ter provas contrárias, e em relação ao "caso sobrenatural da grande corrente" nenhum cientista pode provar o contrário, assim como no caso das Bruxas, que de fato existem.  Evil
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« Responder #9 : 05 de Março de 2013, as 19:39:03 »

... teríamos que testar "in loco" ...
Isso é discriminação contra loco!   E se escreve louco, não loco!

... assim como no caso das Bruxas, que de fato existem.  Evil
Nisso eu acredito.  As bruxas existem!  Só não creio no que elas falam.

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« Responder #10 : 05 de Março de 2013, as 20:03:15 »

A meu ver, qualquer defeito, em qualquer circuito, decorrente da disponibilização de uma capacidade de corrente em excesso contraria as velhas e boas leis da eletricidade. Fontes, pilhas e baterias não "empurram" corrente para a carga.

Existem, claro, circuitos e componentes que se comportam, na prática, como um curto-circuito (ou próximo disso), como por exemplo os LEDs, mas para isso existem os resistores ou outros componentes periféricos para limitar a corrente. Se esses periféricos estão mal dimensionados, o componente "principal" se comporta exatamente da maneira esperada, ou seja, queima...

Mas, filosofando um pouco, seriam os defeitos sobrenaturais decorrentes de eventuais premissas de projeto dos circuitos, que talvez levem em consideração que o mesmo irá operar efetivamente com tensão mais baixa que a "nominal", já contando que uma fonte "justa" (ou uma bateria/pilha) irá arriar um pouco sua tensão quando solicitada? Obviamente que uma fonte superdimensionada em termos de corrente apresenta maior chance de manter a tensão em seu patamar "nominal", e se essa for eventualmente maior do que a considerada quando do projeto, pode haver problemas.

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Se alguém ficou curioso, meu avatar é o brasão da família Finck. Dizem que os brasões das famílias alemãs estão relacionados com a profissão de seu patriarca. Se isso for verdade, o patriarca Finck deve ter sido bobo da corte...
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« Responder #11 : 05 de Março de 2013, as 21:52:59 »

Fontes para pedais, normalmente devem ser reguladas..    daí não importa o quanto derive de corrente deve ficar lá com a mesma tensão.

O interessante mesmo é que um 7809 dá lá pelos 800mA antes de atuar a proteção.  Se tiver um capacitor cerãmico ligado depois dele, vai instantâneamente se comportar como uma fonte ideal.  800mA é a tal da "fonte que fornece muita corrente"?

Se o transformador aguentar somente uns 200mA, caso instanãneamente solicitado dá tudo que pode, pois tem um capacitor eletrolítico e deveria ter um cerâmico.  Instantaneamente dá na mesma que um transformador de 800mA ou mais de saída.

Ou vão me dizer agora que o defeito só ocorre em baixas frequencias?

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« Responder #12 : 05 de Março de 2013, as 23:13:31 »

 Só complementando, os capacitores cerâmicos possuem ESR (ou resistência série equivalente) muito menor que um capacitor eletrolítico, ou seja, quando o patines mencionou sobre ser uma fonte ideal é que durante o transiente toda a carga do capacitor é descarregada, sendo que o capacitor cerâmico se comporta mesmo como uma fonte ideal.

 Para quem já brincou de dar curto em capacitores maiorzinhos (mesmo em baixa tensão), lembremos que o curto causa oxidação instantânea e/ou fusão das partes metálicas (os terminais simplesmente "grudam").
 Agora pensemos... Para fundir um material como um ferro/aço/chumbo, qual é a temperatura necessária? Realmente, a corrente de curto em um tempo muito pequeno é extremamente alta!


 Eu tenho uma teoria que os pedais são uns pobres coitados! Fico imaginando qual a qualidade das fontes que o pessoal utiliza, compra um pedal e liga logo em uma fonte tosca daquelas de múltiplas tensões (credo...), ligam com polaridade invertida, com tensão maior que a recomendada ou simplesmente plugam uma fonte AC.

 Os componentes quando colocados em sua região de trabalho dificilmente queimam por qualquer coisa (quando digo região de trabalho, é sem exceder os valores absolutos, sem que alguem tenha colocado o dedo em seus terminais (isso é muito importante no caso de j-fets e mosfets e componentes sensíveis a descargas eletrostáticas), etc)
 
 
 Sobre não utilizar fontes de alta corrente, creio que seja uma questão de bom senso, até como meio de proteger os pedais. Faz sentido usar uma fonte de 10A em um set de 100 pedais (!!!) ou 10 fontes de 1A em 10 sets de pedais?
 Imagine se algo dá errado com a fonte de 10A........

 Um abraço!

 Eduardo
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« Responder #13 : 06 de Março de 2013, as 00:27:32 »

Eu vejo que cada pedal deveria ter a sua fonte de tensão e usar uma fonte só para ele, para evitar os loops de terra.

Buenas

Para reduzir problemas com loops de terra, recomendo o uso do terra da fonte apenas em um dos pedais da cadeia e para os outros apenas o positivo da fonte.

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« Responder #14 : 06 de Março de 2013, as 20:33:51 »

Transmitir o terra da fonte através das malhas dos cabos de áudio?
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