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Autor Tópico: Corrente  (Lida 16439 vezes)
Dexter
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« Responder #15 : 06 de Março de 2013, as 22:53:08 »

Agora eu é que fiquei na dúvida, malhas de terra são constantemente utilizadas em placas de circuitos, sistemas de comunicação compartilham terras através de conexões metálicas por caminhos diferentes e já trabalhei em projetos de engenharia de produtos eletrônicos onde os loops de terra eram desejado e bem vistos, nunca tivemos problemas de ruído causados por loops. Não quero dizer que isso não ocorra, só não entendi como ocorre.

Quanto a alta amperagem, como já foi dito antes, é uma questão econômica ou de segurança, utiliza-se fontes pouco acima do máximo drenado pela carga pois uma fonte de corrente mais alta é mais cara.
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« Responder #16 : 06 de Março de 2013, as 23:37:58 »

Agora eu é que fiquei na dúvida, malhas de terra são constantemente utilizadas em placas de circuitos, sistemas de comunicação compartilham terras através de conexões metálicas por caminhos diferentes e já trabalhei em projetos de engenharia de produtos eletrônicos onde os loops de terra eram desejado e bem vistos, nunca tivemos problemas de ruído causados por loops. Não quero dizer que isso não ocorra, só não entendi como ocorre.
Exatamente, dos colegas que se formaram comigo em engenharia, que eu me lembre uns 2 sabiam o que é loop de terra, mas não me lembro de algum que sabia uma possível solução.

Conheci um engenheiro de empresa conceituada, que projetou uma solução de controle de temperatura para a CONAB que queimou metade de uns 30 controladores por causa de loop de terra.

Eu mesmo tive que projetar interfaces isoladas para resolver problema de projeto de automação de um colega de profissão, que hoje trabalha na petrobrás.

O ente "loop de terra" ainda é um grande desconhecido na engenharia...  isso não significa que não exista.

Abraços, T+
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« Responder #17 : 21 de Março de 2013, as 23:49:28 »

Saudações,

Quanto aos pedais que apresentam o problema de só funcionar com uma corrente bem maior do que a que deveria? Como isso ocorre e por que ocorre? Lembro de algo sobre isso em algum tópico mas não consegui achar; mas como esse é sobre corrente especificamente, achei cabível (repetir?) a pergunta.

Abraço
« Última modificação: 22 de Março de 2013, as 07:36:32 por victor nery » Registrado

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« Responder #18 : 22 de Março de 2013, as 12:34:47 »

... sistemas de comunicação compartilham terras através de conexões metálicas por caminhos diferentes e já trabalhei em projetos de engenharia de produtos eletrônicos onde os loops de terra eram desejado e bem vistos, nunca tivemos problemas de ruído causados por loops. Não quero dizer que isso não ocorra, só não entendi como ocorre.
...
Cada caso um caso!
Determinados tipos de equipamentos isso não é nem aparente, já em outros... é motivo de problemas nunca encontrados.
Em transmissores de RF, de frequência mais baixa, isso é letal, assim como em transmissores de alta frequência a espessura das trilhas e certos trechos podem causar instabilidades.

Quanto aos pedais que apresentam o problema de só funcionar com uma corrente bem maior do que a que deveria? Como isso ocorre e por que ocorre?
Esta aí uma questão que deve ser estudada, já que não tem comprovação cientifica sobre o caso.

...já pesquisei e debati,com muitos profissionais da área e nunca achei alguém que me apresentasse algum argumento para firmar a tese de que uma fonte com uma corrente maior pode prejudicar os pedais...
Esses profissionais mexem só e especificamente com pedais, digitais?
Não adianta o mecanico especialista em freios querer ter certeza sobre virabrequins. (ate porque virabrequim não faz parte do sistema de freios, embora o nome possa confundir quem não conheça do assunto)

Existe uma teoria informal que o Gramorin também concorda, que ao disponibilizarmos um nível de corrente muito alta para um fet, ele pode falecer mais rápido que um fet operando com corrente compatível.
Na verdade nao especificamente FETs, circuitos digitais.

Correntes em circuitos são limitadas pelos resistores nos seus lugares corretos e cada caso é um caso.
De fato, os transistores que tipicamente sao usados nos pedais, que sao de correntes entre 30mA a 500ma, sao protegidos pelos resistores.
Mas e os circuitos digitais?
Desconheço circuitos digitais que usem tais resistores para limitar esta corrente.
Como o Felix mencionou no post dele, os varios curtos é que acabam sendo viloes do assunto.

Nao é porque nao existe literatura relacionada, que quer dizer que o caso nao existe. afinal, muitas coisas que tem na literatura hoje, nao tinham no passado.

Ressaltando, o fato acontece em pedais digitais. Nao vi acontecer em analogicos.
Ja vi varios pedais (digitais) que apresentarm esta anomalia.

Particularmente, tenho um pedal, DL-5 Ibanez, que o consumo normal é na faixa dos 60mA para baixo, porem ficou um bom tempo sendo usado com uma fonte de 1A.
Atualmente este pedal esta consumindo na faixa dos 100mA.
Outros desse que peguei para revisão, onde os donos usavam apenas baterias e fontes recomendadas pelo fabricante (tem gente que é assim), não apresentava consumo acima do descrito nas características.
Pedais que peguei para conserto apresentaram o mesmo.
Pedais que os donos usam fontes de 1A, 2A, apresentam um consumo maior que o consumo tipico, chegando a ter 3 vezes o consumo típico, como o caso de um digital delay e um shiffer que normalmente consomem 45~60mA chegava ao consumo de 190mA.

É obvio que ligar um pedal por alguns minutos ou horas, nao vai causar tal feito, mas e em casos que ficam anos nesta condiçao?

Um teste para se fazer, seria pegar 2 pedais iguais, preferencia novos (em nome da ciencia), inicialmente medir o consumo com uma mesma fonte.
Pós esta analise, alimentar um com uma fonte de 100mA e o outro com uma fonte de no minimo 1A.
para simular o efeito do tempo, poderia deixar ligado de modo continuo por 30 dias, ou entao 12 horas/dias durante 2 meses.
Depois desse periodo, medir o consumo de ambos pedais que ficaram em teste, de preferencia com a mesma fonte usada no teste inicial de consumo.

Nao vi acontecer apenas com pedais.
Certa vez um amigo pediu para ligar um par de fios em um Super Nintendo, porqeu ele esqueceu a fonte em um lugar.
Atendi o pedido! ele ligou uma fonte de PX, que nao lembro exatamente se era de 8 ou 10A, mas era maior que 5A.
Antes de fazer esta ligaçao o aparelho funcionava normal, ate mesmo porque testei com minha fonte.
Um tempo depois, quando ele ja estava com a fonte novamente, esta nao fazia o aparelho funcionar, mas funcionava normal em outros Super Nintendo.
Retornando a fonte de PX, o aparelho funciona!
O que se explica neste caso?
Nao sei! nao tem na literatura tecnica!  Azn

Minha especulaçao fica por conta dos "varios curtos" que ocorre no funcionamento digital.
Se a corrente for muito alta, com o tempo passa a ser prejudicial.
Esses "curtos" ocorrem em um CI, que por sua vez tem uma dissipação, e quanto maior a corrente aplicada neste CI maior será a temperatura a ser dissipada pelo CI, ja que nao tem resistores fazendo este papel.

Um regulador da seria 78xx, se for alimentado por uma fonte de 10A, mesmo sem carga no consumo, apresentará um aquecimento. De onde orignaria e porque este aquecimento?
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« Responder #19 : 22 de Março de 2013, as 13:45:47 »

Não gostaria de tornar a conversa pessoal, acho que nem pareceu assim também, mas o que eu contesto é que alguém justifique,
de maneira bem embasada apenas isso, porque nunca o fizeram!

Com certeza eu não perguntei pro açougueiro qual a melhor maneira de preparar o sushi né GrAmorim, não foi uma pessoa só foram várias,
e de todas ouvi coisas como estou ouvindo aqui...

- Dizem que pode ser ruim, dizem que não é muito bom, não sei nada a respeito ou ainda na grande maioria, não tem problema algum!

Questionei sobre vários tipos de circuitos também...

O que eu gostaria de sintetizar é que, não estou lutando pra provar o contrário estou apenas afirmando que me interesso MUITO em saber,
isso, queria fomentar o debate, e saber enfim a minha resposta, não defende nenhuma das teses, apenas acredito parecer mais real,
a de que não há problemas, mas vamos lá quero muito aprender e conhecer as argumentações de vocês mais a fundo!
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« Responder #20 : 22 de Março de 2013, as 16:02:32 »

Desculpe se pareceu pessoal, mas sinceramente não foi o cunho da intenção.
É aquela historia de expressão/interpretação...

Com certeza eu não perguntei pro açougueiro qual a melhor maneira de preparar o sushi né GrAmorim,
Aqui tem uma diferença das questões.
Açougueiro entende de carne, pode ate entender de peixe. mas o sushi já é questão culinária, de preparo, o que na ocasião posta, poderia ser um churrasqueiro opinando.

Mas a forma que apresentei foi diferente.
Existe oficinas especializadas que so  mechem com freios. Mas quem meche com freio fez curso de mecânica completo.
O que quero dizer, é que mesmo que seja pessoas muito experiente em eletrônica, podem não ter a experiência ou vivencia do fato aqui questionado no tópico.
Como por exemplo, o mecânico especializado em freios sabe sobre o motor, mas não tem experiência na retifica do motor.
Entende o que quero dizer?

Um exemplo para compreender melhor:
aqui em minha cidade tem algumas oficinas eletrônica de médio e grande porte, algumas com mais de 50 anos.
Nenhuma delas meche com equipamentos musicais, nem mesmo caixas amplificadas, e menos ainda pedais.
Com base nisso, vao querer opinar sobre a questão da corrente...   mas qual deles tem a experiência com os pedais? apenas suposição por se tratar de circuito eletrônico?

Um exemplo que me lembrei agora (vai parecer redundante ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ), alguns carros com injeção eletrônica podem ter problemas se for dado partida por tranco.
Sendo também possível causar danos no modulo de injeção se for feito aquela ligação chupeta de modo errado. Assim como também a bateria quando é trocada tem procedimentos adequado, mesmo sendo uma coisa simples, com apenas 2 polos.
Sera que a causa disso não poderia ser a mudança brusca de corrente?


O que eu gostaria de sintetizar é que, não estou lutando pra provar o contrário estou apenas afirmando que me interesso MUITO em saber,
isso, queria fomentar o debate...

Não sou profundo conhecedor do assunto, que parece não ter muita coisa a respeito, aparentemente. Embora tenha princípios em outros setores da eletrônica que esta relacionado a outras areas.
O que mencionei anteriormente foi com base em experiências particulares.

Uma forma que poderia ser estudada, seria montar um pedal digital, talvez baseado em PT2399 e submeter aos testes proposto.
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« Responder #21 : 22 de Março de 2013, as 17:07:03 »

Entendi, as analogias são divertidas, está certo não fiquei ofendido, só não queria parecer eu o ácido,
tomara que cheguemos a uma resposta, pois é uma curiosidade que sempre tive, isso começou,
quando uma colega de trabalho cursando eletro-técnica me disse o lance de corrente a mais poder prejudicar,
quebrando uma convenção que eu havia aprendido, eu tenho um Flanger Danelectro que é catalogado o consumo
em 300ma, comprei usado e por anos foi usado em casa de pedais onde a fonte geralmente tem uma grande corrente disponível,
inclusive o mesmo acontece comigo, será que serve para o nosso teste GrAmorim?

Se sim gostaria que me instruísse a medir com precisão o atual consumo dele!

Abraço
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« Responder #22 : 22 de Março de 2013, as 17:19:00 »

...tenho um Flanger Danelectro que é catalogado o consumo em 300ma...

300 (trezentos)?
Parece ser já bem alto este consumo, principalmente para um flanger.
Ele é digital ou analógico?
Para medir o consumo é o procedimento padrão... interromper a alimentação e colocar o multímetro (amperímetro) em serie.

Para o teste seria mais indicado um pedal digital, já que em analógicos não observei esta anomalia.
E devem ser dois pedais iguais para se comparar.
A não ser que se deseja comparar se a corrente consumida esteja de acordo com a especificada no pedal.
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« Responder #23 : 22 de Março de 2013, as 18:12:43 »

300 mesmo bem guloso, acredito ser digital, nunca olhei a fundo o circuito dele, não bateu essa curiosidade,
nem de desmontar muito, mas já da pra saber alguma coisa, digamos que esteja consumindo 400 ou 500 ma,
já é muito acima do que é especificado!

-----
Pesquisando achei isso sobre ele nas especificações:

Pedal Flanger originalmente veio da idéia do funcionamento de duas gravadoras simultâneas para fazer um efeito a parte de “avião”. Hoje os modelos usam a tecnologia digital delay para alcançar esse efeito duplicado, e oferece também ajustes do vibrato, a profundidade do efeito e controles de ressonância.

Flanger DJ8
Funcionamento: Fonte 9 Volts 300mA (Não Inclusa)
Conexão: P10
« Última modificação: 22 de Março de 2013, as 18:27:48 por marcusbass » Registrado

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« Responder #24 : 22 de Março de 2013, as 18:57:49 »

O fato do fabricante especificar uma fonte de 300 mA não significa necessariamente que esse seja o consumo do pedal. É quase certo que existe folga. Muito comum os fabricantes "recomendarem" o uso de um acessório (a fonte, no caso) que se enquadra num "padrão de mercado" (mesmo que ele próprio não fabrique o tal acessório), porque isso passa a idéia de "facilidade" ou "flexibilidade" ao consumidor.

Mas, voltando ao lance do "fornecimento de corrente sem exagero", achei isso aquí, e me pareceu uma solução interessante (mas eu não tenho conhecimentos de eletrônica que permitam avaliza-la...):

http://baudaeletronica.blogspot.com.br/2012/06/limitador-de-corrente-com-lm317.html

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« Responder #25 : 22 de Março de 2013, as 19:05:52 »

Eu sei que não finck mas é um ponto de partida né, é como disse se o consumo dele estiver em 500mA,
a gente sabe que tem boi na linha né? Prometo medir o consumo mais tarde quero ajudar nesse embate!
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« Responder #26 : 22 de Março de 2013, as 19:16:25 »

Como o Finck disse...
300mA é a fonte recomendada e não o consumo do pedal em si.
Creio que este pedal não tenha um consumo maior que 100mA.
O certo seria saber o consumo típico dele.
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« Responder #27 : 22 de Março de 2013, as 19:56:50 »

Vou ter que discordar GrAmorim, porque liguei em uma fonte que fiz para um amigo, com suporte de corrente de 350mA,
limitado pelo transformador, que era de apenas 350mA, e quanto ligado o flanger um metal zone, um ds1 e um booster a fonte se desligava,
era só ligar o flanger, que desligava na hora o resto não apreentava problema, sem ele podia colocar uma zoom 505 no lugar que
funcionava normalmente, já na minha fonte, onde suporta 1A no talo do regulador com transformador de 1A ligo todos os mesmos pedais
com mesmos cabos, inclusive de energia, tudo funciona perfeitamente, somando consumo de todos os outros junto com os
300 do flanger, percebi que passava dos 350, e cheguei a conclusão que era esse o motivo do desligamento!
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« Responder #28 : 22 de Março de 2013, as 21:17:35 »

Hoje estou com vontade de filosofar (é bom para a mente, e acalma o espírito), mas prometo que este post não será totalmente inútil.

Para embasar meu raciocínio, antes de qualquer coisa vejam que tabela legal esta aqui (é a parte útil...):

http://www.mrjackguitars.com/media/power_consumption.pdf

A tabela "funciona". Eu a usei para estimar o consumo de corrente de um pedalboard  com 8 pedais Boss, e descobri que uma fonte regulada montada com transformador de 300 mA dava para alimentá-los com folga. E realmente deu. A fonte só reclamou um pouco quando eu introduzi um pedal afinador daqueles que tem display LED bem brilhante, que sozinho consumia uns 250mA, e mesmo assim a consequência foi (a já esperada) queda na tensão (não chegou a 0,5V) e um ligeiro sobreaquecimento do transformador.

O Danelectro DJ-8 "Harsh Browns" não consta da tabela, mas o pedal PB&J, que é um delay digital da mesma marca, consome apenas 35,2 mA. O pedal Boss RV-5 (reverb digital) consome 40 mA (esse eu tenho, e é atualmente o meu pedal mais faminto, fora o citado afinador). Embora estes dois pedais nada tenham a ver com o DJ-8, estou citando-os como exemplos simplesmente porque são digitais, então imagino que o consumo não deva ficar muito longe.

O pedal mais guloso da tabela não chega perto dos 350mA citados, então acho extremamente difícil que o DJ-8 consuma isso SEM ESTAR COM ALGUM DEFEITO, que pode desde ser uma fuga braba num capacitor de filtro colocado logo na entrada de alimentação, até o misterioso resultado do sistemático suprimento de um excesso de corrente, que "acostumou mal o circuito".

POST EDITADO PORQUE EU ACREDITO TER ACHADO UMA RESPOSTA PARA O MISTÉRIO DA CORRENTE EXCESSIVA. QUEM PREFERIR, PODE IR DIRETO PARA O FINAL.

INÍCIO DA FILOSOFIA.

Para mim, a teoria do "excesso de corrente" continua não fazendo sentido.

Entendo que um circuito digital contém, talvez, milhares de pequenos "módulos" (portas, osciladores e afins)  que se comportam como pequenos interruptores. Faz sentido, para mim, pensar que, submetidos a milhares de ciclos de trabalho, com o passar do tempo estes "módulos" poderão (ou irão) apresentar fugas cada vez maiores (claro, a estrutura do material de que são feitos vai mudar com o tempo, devido ao stress elétrico decorrente do liga-desliga binário...)

Imagino que a resistência inerente destes "módulos', quando novos, seja bem alta, e portanto a corrente "de regime" seja baixa, talvez da ordem de uA (individualmente).

Então, mesmo alimentando o pedal com uma fonte justa (quero dizer, apenas o suficiente para suprir o consumo total do circuito, sem excessos), o "total de corrente colocado à disposição" será muito maior do que o consumo individual de cada "módulo". Indo por essa linha, alguns dos "módulos" estarão inevitavelmente submetidos a corrente excessiva, mesmo usando a fonte apertadinha.

FINAL DA FILOSOFIA.

Fui pesquisar um pouco mais, e achei o link abaixo (em inglês):

http://www.allaboutcircuits.com/vol_6/chpt_7/2.html

Resumo (ou a parte que nos interessa):

Spoiler (clique para mostrar ou esconder)

O que o camarada diz é que tensões estáticas eventualmente presentes no circuito digital PODEM LEVAR os transistores de portas "que estejam sobrando no circuito, e que não sejam devidamente tratadas/aterradas" a apresentar mau funcionamento, porque estas portas são levadas a chavear desnecessariamente. A pior consequência seria a queima destas portas (ou até do chip inteiro) ou, na melhor hipótese, consumo excessivo de corrente no circuito como um todo.

Pode-se fazer analogia entre as tensões estáticas/espúreas mencionadas pelo rapaz e a tensão de ripple da fonte que alimenta um pedal digital.

Uma fonte apresentará ripple mais alto se sua filtragem for subdimensionada. Isso não é novidade para ninguém.

Mas me arrisco a afirmar que o "subdimensionamento" da filtragem costuma ser diretamente proporcional à sua capacidade de corrente. Um exemplo: ninguém hesita em colocar um capacitor de 1.000 uF no filtro de uma fonte de 300mA, mas para manter a mesma relação capacitância/corrente numa fonte de 1A, seriam precisos 3.300uF, o que é considerado "exagero" pela maioria.

Mais ripple, mais tensões espúreas, mais portas chaveando na hora errada, mais consumo de corrente.

Concluo que o problema do consumo misterioso poderia, então, ser decorrente não do "excesso de corrente disponível", mas da (eventual) deficiência de filtragem que costuma vir atrelada às fontes com maior capacidade de corrente.

Não acham que faz sentido?
 
« Última modificação: 22 de Março de 2013, as 22:01:50 por Finck » Registrado

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« Responder #29 : 22 de Março de 2013, as 22:18:39 »

...acho extremamente difícil que o DJ-8 consuma isso SEM ESTAR COM ALGUM DEFEITO
Também creio nisso.
Mesmo que fosse digital, é um consumo muito alto, para condições normais.
A menos que fosse um pedal de múltiplos efeitos.

Finck, não sei se entendi errado, você quis dizer em sua suposição que conforme o tempo (idade do pedal) isso faria ele ter um maior consumo?
Se for isso que quis dizer, posso afirmar, com base em pedais que estão aqui comigo, que pode sim com o tempo eles aumentarem o consumo, mas não chega a ser tanto.
Por exemplo, tenho aqui um DL-10, DD-3, entre outros.
Esse DL-10 é dos anos 80, sempre foi usado com a fonte original do fabricante (Ibanez AC109), o consumo dele atualmente esta em 62mA, alimentdo por uma fonte de 9VDC não estabilizada 500mA.
No manual indica que o consumo é de 55mA.
O DD-3 de acordo com a tabela postada o consumo é da faixa de 47~55mA, e o manual diz entre 45~65mA. Está na faixa.
Este que estou aqui é de 86 ou 87, o consumo dele é de 58mA.
Ou seja, não tem uma diferença grande se comparada a tabela postada, e está dentro da faixa indicada no manual.
Um detalhe, o DL-5 é mesmo circuito do DL-10, mesmos componentes, o DL-5 é bem mais novo, este meu é de 97-98, e o consumo é bem maior, ate mesmo que o indicado no manual.
A diferença dele, é que foi usada durante um longo tempo com uma fonte de 1A.

Creio que com o passar dos anos o consumo seja maior, mas não chega a se uma diferença muito grande, assim como se explicaria um pedal mais novo ter aumentado o consumo.
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