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Autor Tópico: Tratamento interno de caixas para instrumento  (Lida 6590 vezes)
bossman
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« : 24 de Fevereiro de 2014, as 18:12:53 »

Pessoal hoje meu surgiu uma dúvida, duvida essa que recorro a experiência e ajuda dos colegas.

Pois bem! Eu estou construindo um gabinete para contrabaixo com um falante de 15" e já pude abrir um da Staner (BS150) e perceber que ele leva um tratamento interno com uma manta que parece ser uma manta de algodão. Sei que em caixas de PA (em particular caixas que vão reproduzir sons graves) isso é mandatório (mas não sei os motivos).

Então fica a pergunta em caixas de instrumentos como contrabaixo é realmente necessário esse tratamento interno com manta de algodão, lã de rocha, lã de vidro, whatever ? E outra qual a verdadeira função desse tratamento interno ?


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« Responder #1 : 24 de Fevereiro de 2014, as 21:56:53 »

Falando em termos bem simples, o revestimento interno amortece reflexões (das ondas sonoras), "enganando" o falante para que ele "pense" que a caixa é maior do que realmente é. Amortecer as ondas refletidas é importante porque elas estarão sempre defasadas em relação a onda original, e isso "segura" o cone do falante, prejudicando o rendimento em certas frequências (quais frequências serão afetadas depende do falante e das dimensões da caixa).

Isso é importante em frequências graves (eu diria abaixo de 500 Hz), se torna menos importante a medida que a frequência aumenta, e a partir de 1kHz o efeito é totalmente desprezível (mas eu não sei explicar exatamente o porquê).

Agora, se é imprescindível? Não. A caixa vai funcionar de qualquer jeito, e sem risco para o falante. Mas a curva de resposta irá mudar. Experimente com e sem a manta, e deixe do jeito que você gostar mais. Manta acrílica (perlon) dá conta do recado, vende em qualquer loja de aquarismo e é bem barata, então se você decidir que sem o revestimento fica melhor, o prejuízo será bem pequeno.

Detalhe: em caixas para graves, é muito importante que você faça a caixa com dimensões (volume interno) adequadas aos parâmetros Thielle-Small do seu falante (consulte o manual, ou procure na web). Isso sim pode prejudicar desempenho e durabilidade.

O link abaixo pode te ajudar:

http://autosom.net/artigos/box_design.htm
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« Responder #2 : 24 de Fevereiro de 2014, as 22:08:48 »

Bossman
Os tratamentos internos nas caixas servem para prevenir ressonâncias que surgem do sistema falante-caixa, ou ainda falante-caixa-duto. Em caixas que vão responder com maior fidelidade, esse tratamento é mais necessário e mais desejável, pois ajuda a linearizar a resposta e a impedância do falante, que normalmente apresenta picos bem acentuados. Mais detalhes sobre o assunto temos ótimos artigos e livros do autor Homero Sette Silva http://www.studior.com.br/semea.pdf

Agora nas caixas de som para instrumentos musicais, as tais ressonâncias, e picos de impedância acabam por ser integrados ao conjunto de características do timbre dos instrumentos. Veja que na maioria dos amplis de guitarra a caixa não possui tratamento, ou têm pouco tratamento. Nesse caso quando se quer mudar o timbre, recorre-se à troca do próprio falante.

O caso dos contrabaixos é mais complexo. Ninguém quer caixas monstruosas para reproduzir todos os graves. Então caixas pequenas são utilizadas. Para isso falantes com características específicas também são utilizados. Mas quanto mais frequências graves e menores as caixas, mais ressonâncias aparecem. A maior parte, também é incorporada ao timbre do instrumento (tal caixa, tal som). O que acontece é que ás vezes a quantidade de médio-agudos pode ser excessiva, daí um tratamento pobre dentro das caixas, destinado às frequências mais altas, já que a quantidade e densidade desse material utilizado, faz pouca diferença para graves mais profundos.
Abs

PS: Isso e mais o que o Finck escreveu são complementares.
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bossman
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« Responder #3 : 26 de Fevereiro de 2014, as 10:16:18 »

Muito grato pelas aulas meus colegas! Já li aqui e vou experimentar com e sem tratamento interno pra ver como soa melhor.
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