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Autor Tópico: plain enamel, formvar, polysol etc.  (Lida 15642 vezes)
emanuelneto
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« Responder #15 : 10 de Fevereiro de 2017, as 09:29:15 »

emanuelneto...

não acredito que você seja capaz de distinguir um timbre "completamente diferente" entre um pick-up e outro apenas pela diferença de classe de temperatura e composição química dos fios com os quais são bobinados. Nem você nem ninguém, nem mesmo o Eric Johnson.

Se você me disser que percebe uma diferença entre um pick-up com plain enamel bobinado com fio muito tensionado e um pick-up   bobinado com fio  ou polysol "frouxo" eu concordo com você, mas por causa da classe de temperatura e composição molecular do polímero é demais...

Mais um vez:

http://www.ivainsulations.com/wire.aspx

Eu não citei dados técnicos dos pickups, apenas que foram rebobinados com fios diferentes pelo Malagolli, os captadores tem timbre diferente sim, são dois Jazz Bass, um mais aberto eu instalei num baixo com corpo em mógno, já o outro foi para um Giannini ... e gostei demais do resultado do Malagolli
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Ramsay
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« Responder #16 : 10 de Fevereiro de 2017, as 20:40:03 »

Citar
não acredito que você seja capaz de distinguir um timbre "completamente diferente" entre um pick-up e outro apenas pela diferença de classe de temperatura e composição química dos fios com os quais são bobinados. Nem você nem ninguém, nem mesmo o Eric Johnson.

Essa afirmação sem sentido só pode ser uma piada.
É óbvio que o timbre de um captador  feito com polysol não é "completamente diferente" de um feito com enamel, mas, é bem diferente, sem dúvida, tanto em som clean como com drive.

Os diversos materiais de revestimento dos fios de cobre de captadores, além da composição química diferente apresentam densidades diferentes o que resulta em espessuras mínimas admissíveis para recobrimento e consequentemente diferenças sensíveis nas capacitâncias parasitas do captador, o que altera bastante o som.

Então, fio Formvar por ser mais espesso, tem capacitância parasita mais baixa, o que favorece os agudos.
Fio Polysol por ser menos espesso apresenta capacitância parasita mais alta, o que favorece os graves/médios.
E o fio Enamel, fica no meio do caminho entre o Formvar e o Polysol.
O resto é especulação, simples assim...

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Finck
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« Responder #17 : 11 de Fevereiro de 2017, as 09:41:48 »

Calma, pessoal!

O tópico está bastante interessante, mas se começarem a ocorrer atritos pessoais vem um moderador e tranca tudo!
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Se alguém ficou curioso, meu avatar é o brasão da família Finck. Dizem que os brasões das famílias alemãs estão relacionados com a profissão de seu patriarca. Se isso for verdade, o patriarca Finck deve ter sido bobo da corte...
Guilherme
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« Responder #18 : 13 de Fevereiro de 2017, as 11:39:24 »

Finck, eu concordo 100%, Eric Johnson é um tremendo marqueteiro. Como todos os outros. A pirataria descarada e desenfreada
destruiu a industria fonográfica mundial, então não teve jeito, esses caras tiveram que vender a alma para o diabo em qualquer
encruzilhada para fechar as contas.

Ramsay, não sei se você vai concordar comigo, mas capacitancia distribuida e auto indutancia em componentes bobinados
(qualquer componente bobinado, pickups inclusive) está muito relacionado com os metodos de bobinamento (bobinado a mão ou em  máquinas) do que com o polimero que reveste o fio de cobre. Que o digam as senhoras que bobinam nas pontinhas dos dedos os bons pickups Fender e as máquinas da S. Duncan, por exemplo.

Outra questão que pode ser discutida em bases muito mais objetivas é a questão de impregnar com epoxi, cera ou lacquer as
bobinas de pickups. Sou da opinião de que a impregnação (potting) é um mal necessário mas, tanto como nos demais
componentes bobinados, essa prática influencia muito mais o comportamento final do componente do que o tipo de esmalte
utilizado no revestimento do fio. Não sei se concordam comigo...
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EddieTavares
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« Responder #19 : 13 de Fevereiro de 2017, as 15:40:45 »

Há algum tempo enrolei 2 captadores com os mesmos materiais (alnico V, 6k2, Fio 42 awg polysol, enrolamento "scattered"), no segundo eu quis que a bobina ficasse menor e tensionei bastante o fio, apesar de ambos timbrarem bem, o segundo soou um pouco mais fechado. Se eu tivesse usado o método "scattered" ficaria ainda mais fechado.



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viagem_mental
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« Responder #20 : 13 de Fevereiro de 2017, as 16:07:33 »

Ramsay, não sei se você vai concordar comigo, mas capacitancia distribuida e auto indutancia em componentes bobinados
(qualquer componente bobinado, pickups inclusive) está muito relacionado com os metodos de bobinamento (bobinado a mão ou em  máquinas) do que com o polimero que reveste o fio de cobre. Que o digam as senhoras que bobinam nas pontinhas dos dedos os bons pickups Fender e as máquinas da S. Duncan, por exemplo.

Não sou entendedor profundo de captadores (longe disso), mas é claro que é muito difícil e obscuro encontrar informações precisas visto o marketing e o fetiche criado visando vender mais.

Gosto dessa comparação, que me parece séria e sem fins lucrativos, na qual um captador nacional, com materiais modernos, chegou num resultado similar à vários outros de mesma proposta, que usam fios diversos (alguns de materiais "mojolentos"): http://guitarra99.blogspot.com.br/2013/09/paf-shoot-out-comparacao-de-7.html

Será que o ouvido humano tem um "ajusto tão fino" a ponto de perceber tais diferenças? Tendo a acreditar que não (opinião quase sem base científica). Do ponto de vista da física (sou físico e não engenheiro para saber detalhes técnicos), a questão do bobinamento realmente parece mais relevante.

Abraços
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Ramsay
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« Responder #21 : 13 de Fevereiro de 2017, as 16:47:46 »

Citar
Ramsay, não sei se você vai concordar comigo, mas capacitancia distribuida e auto indutancia em componentes bobinados
(qualquer componente bobinado, pickups inclusive) está muito relacionado com os metodos de bobinamento (bobinado a mão ou em  máquinas) do que com o polimero que reveste o fio de cobre. Que o digam as senhoras que bobinam nas pontinhas dos dedos os bons pickups Fender e as máquinas da S. Duncan, por exemplo.

Eu sempre imaginei que captadores só fossem bobinados  em máquinas, inclusive os feitos pelas senhoras da Fender.
O fio utilizado não é muito fino para ser enrolado à mão?

Quanto a impregnação por cera e/ou parafina eu já fiz em diversos captadores e não houve nenhuma alteração sensível no som, exceto pelo objetivo primordial alcançado que foi a eliminação quase total da microfonia.


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kem
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« Responder #22 : 13 de Fevereiro de 2017, as 18:57:39 »


Eu sempre imaginei que captadores só fossem bobinados  em máquinas, inclusive os feitos pelas senhoras da Fender.
O fio utilizado não é muito fino para ser enrolado à mão?
Captador fender em geral usa fio 42AWG. Eu já enrolei a mão captador com fio 44AWG.
Dá uma olhada no YouTube que tem vários vídeos de pessoas enrolando seus captadores a mão.

PS. Depois de ler a resposta do Guilherme, achei melhor complementar a minha. O captador fica preso a um motor com velocidade ajustável. O resto é que é feito a mão.
« Última modificação: 13 de Fevereiro de 2017, as 19:00:51 por kem » Registrado

I don't want to die young...
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Guilherme
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« Responder #23 : 13 de Fevereiro de 2017, as 18:57:59 »

Ramsay, sim, é verdade, todos captadores são enrolados em máquinas, afinal são milhares de espiras de fios finissimos. Mas as meninas da Fender determinam o passo e a tensão do fio com a pontas dos dedos enquanto nas máquinas a tensão do fio é pré-ajustada e o passo é automático em ambos os sentidos. Entende-se por "passo" o deslocamento para a esquerda ou para a direita igual a um diâmetro do fio utilizado para cada volta completa. Evidentemente o bobinamento em máquinas é muito mais comum na industria de pickups e o resultado final é muito mais homogêneo entre unidades produzidas.

Na minha opinião, as meninas da Fender, entre muitos outros e outras, buscam o estado da arte no bobinamento de pickups e, com a tecnica de hand wound, é possivel obter resultados virtualmente identicos independente do tipo de fio utilizado.

Parece que o segredo do bobinamento a mão é variar o tensionamento do fio de acordo com o enchimento da bobina, iniciando mais apertado e afrouxando de acordo com o enchimento da bobina, mas isso só mesmo com muita experiencia. Talvez o Eddie possa relatar suas experiencias. Eu não arrisco tensionar fio 43 na mão...

Quanto ao potting, eu tenho um medidor de indutancia analógico (Rohde & Schwarz) que opera por ponte LC, logo pode medir indiretamente capacitancias com muito boa precisão. As diferenças de capacitancia distribuida entre pickups impregnados com lacquer e não impregnados são mensuráveis. Nunca tentei cera ou parafina, uso apenas uma receita de verniz, mas acredito que se existe diferenças mensuráveis de capacitancia distribuida com impregnação e sem impregnação, a variação de timbre deve ficar evidenciada, pelo menos de acordo com o que foi escrito aquí até agora.

Quem quiser ficar realmente confuso com a relação entre bobinamento de pickups e "tone":

http://ieeexplore.ieee.org/document/7093495/figures

Desaconselho gastar 13 dólares com esse artigo, basta ler o abstract e depois ouvir o Cream ao vivo tocando I'm so glad em bom volume !



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Guilherme
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« Responder #24 : 08 de Março de 2017, as 15:46:21 »

Tenho usado com sucesso esse instrumento para tomar medidas em pickups (indutância, capacitância total, "Q" e frequência de ressonância). As medições são bem mais consistentes do que aquelas realizadas com dmm's :

http://www.audiolink.com.br/audiolink/imagens/inductancemeter.JPG

Esse incrivel artigo sobre capacitância distribuída em pickups para guitarras e seus aspectos subjetivos, publicado no website do IEEE,

http://ieeexplore.ieee.org/document/7093495/figures

baseia-se nos métodos desenvolvidos pelo "teórico da escuta" (prefiro "teórico do som") Pierre Schaeffer em sua fantástica obra "Tratado dos Objetos Musicais":

http://www.audiolink.com.br/audiolink/imagens/tratado.JPG

Os autores do artigo acima aproveitaram o capitulo XII dessa obra (Timbres e Dinâmicas) para fundamentarem seu trabalho:

http://www.audiolink.com.br/audiolink/imagens/timbredinamica.JPG

Sobre Pierre Schaeffer, basta buscar no Goggle, e se alguém sinceramente interessado no assunto solicitar,  através de mensagens particulares, posso providenciar as demais paginas do capitulo XII desse livro.

Rock On
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