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Autor Tópico: TAP CENTRAL - AJUDINHA  (Lida 7844 vezes)
carlos.e.a
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« : 23 de Outubro de 2010, as 11:13:25 »

Bom pessoal, eu vou construir um transformador para começar meu projeto de um jcm. Ja li bastante sobre o assunto e vou pedir uns toques de um amigo meu que ja disse que podia ajudar. Foram algumas semanas lendo sobre eletronica pra ter uma base razoavel. Mas agora me surgiu uma duvida meio boba: como eu faço um center tap? Pesquisei bastante e nao achei nada. Por exemplo pra um que fique exatamente no meio, eu enrolo metade das espiras do secundario e faço o que depois? Eu tinha pensado em duas possibilidades pela lógica, me digam por favor se uma delas esta correta:

1 - eu corto o fio, começo um novo enrolamento do lado e as duas pontas eu junto, servindo entao essas duas pontas juntas como o tap;
2 - coloco outro fio "agarrando" na espira central.

Aparentemente essas duas soluçoes sao equivalentes, mas qual a usada pelo pessoal?

Se eu tiver falado uma grande bobagem me corrijam e eu prometo estudar mais xD

Desde ja agradeço!
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Eduardo
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« Responder #1 : 23 de Outubro de 2010, as 17:23:01 »

Oi Carlos

Enrolar transformadores de saída é uma arte. Existem algumas técnicas para seguir, mas a prática do enrolador é indispensável. Não fique chateado se seu primeiro transformador não ficar tão bom quanto os que se compra no mercado. O CT de um transformador de saída é um problema sério. Existem algumas formas de se atacar o problema e cada uma tem suas vantagem e desvantagens. Seria mais ou menos assim:

Técnica 1 - Enrolamento bifilar.
Consiste em você enrolar ao mesmo tempo dois fios de bitola igual. No final você escolhe uma ponta para ligar no lado oposto e fazer o CT. A vantagem desta técnica é que você consegue uma resistência elétrica idêntica entre as duas pontas do CT. Também iguala indutância e capacitância. É ótima para fazer transformadores perfeitamente simétricos.
-->Desvantagem: O resultado final tem um som PAVOROSO!!! Fica horrível que dói. Pelo fato dos dois enrolamentos ficarem paralelos o tempo todo, existe um acoplamento capacitivo enorme entre as duas metades. Esta técnica só é usada em transformadores de força, que trabalham em apenas uma freqüência e não é para ser ouvida.

Técnica 2 - Tramos sobrepostos.
Bem simples. Enrola o primeiro tramo até o CT e por cima coloca o segundo tramo. Tem a vantagem de ter uma capacitância bem baixa entre os dois tramos.
-->Desvantagem: Cada tramo terá uma resistência elétrica diferente, pois as espiras do segundo tramo vão ter um comprimento maior que do primeiro tramo. Por conseqüência você nunca vai conseguir casar as duas válvulas de saída. Sempre vai haver uma diferença de tensão ou corrente nas placas. Também existe uma diferença na indutância do segundo tramo, pois o diâmetro médio deste é maior. Algumas pessoas enrolam o segundo tramo com um foi mais grosso, para tentar compensar a resistência elétrica. Isso só piora o caldo, pois muda ainda mais o diâmetro médio.

Técnica 3 - Camadas seccionadas.
Funciona assim, você enrola um terço do primeiro tramo. Para e então enrola um terço do segundo tramo. Daí enrola o segundo terço do primeiro tramo. Em seguida enrola o segundo terço do segundo tramo. Faz o terceiro terço do primeiro tramo e finaliza com o terceiro terço do terceiro tramo. Daí é só ligar as pontas de cada tramo para fazer com que fiquem contínuos. O CT sai da ligação do fim do primeiro com o começo do segundo. As ligações intermediárias ficam fechadas dendro do transformador sem acesso para o usuário. Com esta técnica tanto o diâmetro médio quanto o comprimento linear dos dois tramos ficam muito próximos. Existe um aumento na capacitância em relação aos enrolamentos sobrepostos, mas nada alarmante. É sem dúvida a melhor técnica.
-->Desvantagem: Achou confusas as coisas de primeiro terço, segundo tramo, etc? Pois é confuso! Enrolar desta forma dá um trabalho enorme. Tem que etiquetar cada ponta para saber quem é quem. Se errar alguma ligação o resultado é sobreaquecimento.

Técnica 4 - Carretéis seccionados
Nunca vi fazerem isso com transformadores de áudio. Tenho a impressão que daria um bom resultado, mas não tenho qualquer dado concreto para afirmar qualquer coisa. Já encontrei isso em muitos transformadores de força. Funciona assim: o carretel tem subdivisões que permite cada enrolamento ser feito independentemente um do outro. Em vez de ficarem sobrepostos, eles ficam ao lado um do outro empilhados. É possível enrolar todas as bobinas de uma só vez, cada qual em sua divisão. Se fosse feito desta forma, cada tramo teria exatamente o mesmo comprimento, diâmetro médio e uma capacitância baixíssima entre tramos!

Depois disso tem os transformadores toroidais, mas aí já é outra conversa.

Abraços

Eduardo
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« Responder #2 : 23 de Outubro de 2010, as 20:09:40 »

Valeu a força Eduardo! So lembrando que eu to falando do transformador de força, nao do de saida!
Se alguem mais tiver algum material sobre o center tap, tipo fotos eu agradeceria muito!
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« Responder #3 : 23 de Outubro de 2010, as 20:36:33 »

http://www.ebah.com.br/um-pouco-sobre-transformadores-pdf-a43242.html

Nesse link tem bastante informação sobre o asssunto. Eu não li todo, mas acho que pode ajudar!
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« Responder #4 : 23 de Outubro de 2010, as 21:07:49 »

Que aula sobre enrolamento de transformador de saída! Por favor alguém transforme isso em PDF!  Bravo
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« Responder #5 : 24 de Outubro de 2010, as 08:46:15 »

Oi Carlos

So lembrando que eu to falando do transformador de força, nao do de saida!

Que mancada! Desculpe! Neste caso você pode fazer bifilar ou tramos sobrepostos. Se for fazer bifilar, tenha certeza de usar um fio de grande capacidade de isolamento, pois a chance de curto aumenta.

Abraços

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« Responder #6 : 24 de Outubro de 2010, as 12:41:12 »

Desculpem eu aproveitar o mesmo tópico, caso achem necessário podem remover meu post.

Você não teria um material sobre calculos dos transformadores de audio Eduardo? Algo meio facilitado. Eu to enrolando os de força ja mais os de audio ainda não sei como calcular, até agora não entendi muito bem, até consegui uns materiais mais nada que me esclareu a mente.
Você acha que compensa empenhar-se em fazer os próprios transformadores de audio ou vale mais compra-los Eduardo?

Abraços!
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carlos.e.a
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« Responder #7 : 24 de Outubro de 2010, as 14:48:06 »

Técnica 1 - Enrolamento bifilar.
Consiste em você enrolar ao mesmo tempo dois fios de bitola igual. No final você escolhe uma ponta para ligar no lado oposto e fazer o CT. A vantagem desta técnica é que você consegue uma resistência elétrica idêntica entre as duas pontas do CT. Também iguala indutância e capacitância. É ótima para fazer transformadores perfeitamente simétricos.
-->Desvantagem: O resultado final tem um som PAVOROSO!!! Fica horrível que dói. Pelo fato dos dois enrolamentos ficarem paralelos o tempo todo, existe um acoplamento capacitivo enorme entre as duas metades. Esta técnica só é usada em transformadores de força, que trabalham em apenas uma freqüência e não é para ser ouvida.


No caso eu enrolo os dois fios palalelamente e pego a ponta de uma deles e ligo na ponta oposta dele mesmo?Ou liga na ponta oposta dos dois fios juntos(acho que nao xD)?Nao entendi perfeitamente desculpe a minha ignorância.
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« Responder #8 : 24 de Outubro de 2010, as 15:37:55 »

Se ligar na ponta do mesmo dá curto!

O final de um liga no começo do outro.

Abraços

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« Responder #9 : 24 de Outubro de 2010, as 18:38:20 »

Espero que ajude!
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« Responder #10 : 24 de Outubro de 2010, as 18:57:20 »

Opa, vou ler!

Obriado Espanhol!  Grin

Abraços!
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carlos.e.a
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« Responder #11 : 25 de Outubro de 2010, as 19:08:16 »

Valeu Eduardo!E a todos os outros que postaram materiais! Vou ler sem duvida! Vou começar a empreitada amanha, hoje ja fui arrumar um transformador no ferro velho, achei de um estabilizador novinho e o cara me vendeu por R$3,00 \o/
Mais algumas coisas pra garantir que o transformador fique bom sem querer encher o saco do pessoal da comunidade handmades =D:

Vi em um outro forum o cara falando que pode separar as lâminas com o uso de solvente, tipo acetona pra tirar o verniz. A minha duvida é se pode colocar as laminas em contato com acetona sem problema, tipo submerso. Nao vai dar nenhum problema nas laminas ou mesmo no carretel?
E outra, qual a inducao magnetica que devo usar pra fazer os calculos sem saber qual o material do transformador? Qual o material mais usado nesses estabilizadores?  Ferro-niquel? Usando 10k é um valor seguro?

E soh pra ratificar:

Eu ligo a ponta de um no começo do outro, que fica sendo o terra(0v)
Uma das pontas com o CT fica sendo +(3,15 no caso do que vou montar), a outra ponta com o CT fica sendo - e as duas pontas que ficam separadas me dao uma tensao de 6,3. Tudo certo né?

Provavelmente vao surgir outras duvidas... Eu vou procurar solucionar primeiro fazendo uma busca no forum e em outras fontes, mas peço aos moderadores para deixar aberto o topico caso eu nao ache a solucao nesses locais. Obrigado desde já!
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carlos.e.a
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« Responder #12 : 11 de Novembro de 2010, as 12:24:59 »

Bom, pra nao ter que abrir outro topico vou tirar outra duvida por aqui mesmo:

Eu arrumei um transformador com as seguintes especificacoes:

Toroidal 320V com tap em 300V - 100mA
2 x 6,3V - 2A

Gostaria de saber se posso usar esse transformador pra fazer um Hi Octane 11W(1x6L6, 2x12AX7).
Tem que fazer alguma adaptacao? Tem como eu usar esses 320V(que vao chegar ainda menos  Roll Eyes) na placa e conseguir tirar os 11W? Alguem tem uma ideia de como usar esse transformador pra fazer esse HO?

Agradeço desde já!!!!
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cobalto777
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« Responder #13 : 16 de Janeiro de 2011, as 03:49:51 »

Oi Carlos

Enrolar transformadores de saída é uma arte. Existem algumas técnicas para seguir, mas a prática do enrolador é indispensável. Não fique chateado se seu primeiro transformador não ficar tão bom quanto os que se compra no mercado. O CT de um transformador de saída é um problema sério. Existem algumas formas de se atacar o problema e cada uma tem suas vantagem e desvantagens. Seria mais ou menos assim:

Técnica 1 - Enrolamento bifilar.
Consiste em você enrolar ao mesmo tempo dois fios de bitola igual. No final você escolhe uma ponta para ligar no lado oposto e fazer o CT. A vantagem desta técnica é que você consegue uma resistência elétrica idêntica entre as duas pontas do CT. Também iguala indutância e capacitância. É ótima para fazer transformadores perfeitamente simétricos.
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Técnica 2 - Tramos sobrepostos.
Bem simples. Enrola o primeiro tramo até o CT e por cima coloca o segundo tramo. Tem a vantagem de ter uma capacitância bem baixa entre os dois tramos.
-->Desvantagem: Cada tramo terá uma resistência elétrica diferente, pois as espiras do segundo tramo vão ter um comprimento maior que do primeiro tramo. Por conseqüência você nunca vai conseguir casar as duas válvulas de saída. Sempre vai haver uma diferença de tensão ou corrente nas placas. Também existe uma diferença na indutância do segundo tramo, pois o diâmetro médio deste é maior. Algumas pessoas enrolam o segundo tramo com um foi mais grosso, para tentar compensar a resistência elétrica. Isso só piora o caldo, pois muda ainda mais o diâmetro médio.

Técnica 3 - Camadas seccionadas.
Funciona assim, você enrola um terço do primeiro tramo. Para e então enrola um terço do segundo tramo. Daí enrola o segundo terço do primeiro tramo. Em seguida enrola o segundo terço do segundo tramo. Faz o terceiro terço do primeiro tramo e finaliza com o terceiro terço do terceiro tramo. Daí é só ligar as pontas de cada tramo para fazer com que fiquem contínuos. O CT sai da ligação do fim do primeiro com o começo do segundo. As ligações intermediárias ficam fechadas dendro do transformador sem acesso para o usuário. Com esta técnica tanto o diâmetro médio quanto o comprimento linear dos dois tramos ficam muito próximos. Existe um aumento na capacitância em relação aos enrolamentos sobrepostos, mas nada alarmante. É sem dúvida a melhor técnica.
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Abraços

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qualdiferença seria pra um enrolamento pra single ended ??
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« Responder #14 : 16 de Janeiro de 2011, as 07:41:16 »

Oi Cobalto777

Single end é outro tópico completamente separado. O enrolamento do primário pode ser feito em um único fôlego e ainda assim pode ficar bom, conforme a válvula de saída. O ideal é fazer algum intercalamento entre o primário e o secundário, mas das diferenças neste caso são difíceis de mensurar.

Abraços

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