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Autor Tópico: Como enrolar transformadores  (Lida 319241 vezes)
kem
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« Responder #180 : 13 de Agosto de 2011, as 21:38:24 »

As medidas são essas ai (ja com a virgula no devido lugar). Ainda acho que o de 32,00mm é o mais indicado.
Espessura não acho... Me enviaram um PPT com catalogo de todas as laminas.
São laminas EI tipo 4HS !?!

« Última modificação: 14 de Agosto de 2011, as 18:05:31 por kem » Registrado

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« Responder #181 : 13 de Agosto de 2011, as 22:11:26 »

Mas no catálogo não tem nenhuma informação mais detalhada ?  
Não adianta a gente pagar mais barato e o núcleo não for o certo. Se for núcleo comum (de transformadores de força, de 0,5mm de espessura- que custam R$12/kg na Líder ), não adianta.
Núcleos para transformadores de áudio precisam ser de baixa perda (M4 a M6) e de lâminas fininhas (0,27mm a 0,35mm) de grão orientado (CRGO = cold rolled grain oriented = laminado a frio).
O M6 significa material magnético (M) e perdas de 0,6W/libra  (o 6). M4 tem perdas de 0,4W/libra.  Isso significa maior rendimento, menor aquecimento e maior indutância no primário (=melhor resposta de graves).

A única referência que achei com o termo 4HS foi nesse site e as chapas são M19 GNO (grão não orientado) de 0,5mm:
http://www.promelsa.com.pe/productos_list.asp?id_marca=HSIN&id_linea=012&id_sublinea=6&id_familia=03&saldos=&pm_list=M

Acho bom perguntar direitinho para os vendedores.

« Última modificação: 13 de Agosto de 2011, as 22:13:44 por xformer » Registrado

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« Responder #182 : 14 de Agosto de 2011, as 13:34:17 »

Realmente vou concordar que sou desligado... hahaha
Tava no texto do email que eles me enviaram.

Citar
OI Ricardo, bom dia !

Segue a proposta comercial conforme solicitação.

Produto: Lamina EI GO (M4) espessura 0,27mm com tratamento térmico.


Acho que então ta otimo não?!?
E quanto ao tamanho? 32mm mesmo?

O site deles é www.tessin.com.br
O problema é que eles estão em Suzano, e entrega em SP somente para compras acima de R$1.000,00.
Alguém mora perto de Suzano?

Edit:
Para termos noção, pela tabela do xformer (e corrigido após dica dele), vamos precisar aproximadamente, com nucleo de 32mm, para cada bobina:
32 x 22mm =  970grs
32 x 32mm = 1400grs
32 x 40mm = 1750grs
« Última modificação: 14 de Agosto de 2011, as 18:06:11 por kem » Registrado

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« Responder #183 : 14 de Agosto de 2011, as 15:17:33 »

Agora sim. Os núcleos que a Líder vende são da Tessin.

Bom fazendo conta: 25,8kg x R$ 19 x 1,1  (10%IPI) =  R$ 540,00   ou   R$ 20,90 /kg

Kem, de onde você tirou que 32x22 vai dar 700g ? 
Se 32x32 dá 1400g,  pra dar metade a pilha tem que ter 16mm e não 22mm.
Da mesma forma, 40mm de pilha vai dar mais ou menos 1750g e não 2000g  (depois nem tem carretel de 40mm na tabela).

O certo é fazer somente com 32x32mm, o que daria 1500g (com uma folga e bem pouca sobra), o que daria pra 17 transformadores de 18 a 20W.  Eu até posso ficar com metade (acho que desse jeito vou abrir uma fábrica de transformadores ...).
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« Responder #184 : 14 de Agosto de 2011, as 17:57:34 »

xformer, fui pela area do nucleo... regra do X
Mas no caso dos nucleos o peso não é só o centro da bobina... tem razão. Vivendo e aprendendo.
O certo é aplicar a regra do X somente na altura, ja que a largura da bobina é a mesma...
Na lider tem os carreteis de 32 x 22, 32 x 32 e 32 x 40mm. Por isso usei essas medidas. São carreteis que tem a venda em lugar de facil acesso. Abre um leque maior de aplicações.

32 x 22mm =  +/- 970grs
32 x 32mm =  +/- 1400grs
32 x 40mm =  +/- 1750grs

Só falta agora interessados pra gente rachar a caixa.
Eu fico com uns 5 quilos.
Se você ficar com uns 10, falta só mais 1 ou 2 pegar os outros 10kgs...
E alguém que possa busca-los. Smiley

« Última modificação: 14 de Agosto de 2011, as 23:36:38 por kem » Registrado

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« Responder #185 : 16 de Agosto de 2011, as 03:54:01 »


O certo é fazer somente com 32x32mm, o que daria 1500g (com uma folga e bem pouca sobra), o que daria pra 17 transformadores de 18 a 20W.  Eu até posso ficar com metade (acho que desse jeito vou abrir uma fábrica de transformadores ...).


Olá amigo, vendo seu grande interesse e também pelo que vc postou aqui no tópíco a respeito dos transformadores de saída, subentende-se que vc já atua no ramo a um tempo e tem bastante experiência, vc não poderia ajudar o forum a crescer neste ponto? como? nos mostrando as fórmulas que utilizas para fazer os cáculos para um transformador de saída, se fores ver todas as páginas deste tópico tem informações espalhadas mas nada realmente na prática, entende? os livros contém todas as fórmulas eu sei, mas diferem em alguns pontos, então para quem realmente já montou os transformadores de saída é mais fácil dizer o que funciona e o que não funciona, também tem as técnicas envolvidas ao enrolar as bobinas, assim como o material apropriado para tal, como papel para isolar as camadas, verniz...

Grato
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kem
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« Responder #186 : 16 de Agosto de 2011, as 11:44:04 »

harckan... transformadores são um assunto polemico mesmo.
Leia esse comentario do Eduardo aqui nesse topico:

...Quando se trata de coisas cujo resultado depende do operador, como no caso dos transformadores, o que se faz é calcular por uma formula qualquer, fazer algumas peças e depois ensaiar. Com o resultado dos ensáios a formula é calibrada. Por isso cada autor vai te dar um resultado diferente, pois cada um tem uma forma particular de tensionar o fio, passar o papel e assim por diante. Cada um calibra sua formula pela mão do enrolador mais próximo...

Siga esse conselho. Pegue uma formula, monte o transformador e teste... Se não ficou bom, tente acertar a formula ao seu modo de enrolar. Claro que isto involve um custo. Se for pra fazer uma peça só, não compensa. Mais facil comprar pronto.
Calculos dos fios ta facil, foi bem explicado no topico.
Mas o nucleo, é consenso a necessidade de ser GO. Para usar NGO, o transformador tem que ser muito maior.
Uma dica sobre o tamanho do transformador que achei interessante, mas não sei se tem funcdamento logico: Pegue um transformador de força para a mesma potencia que você deseja pro de saida (em Watts), e utilize o mesmo tamanho de nucleo.


E falando dos nucleos... e ai? Ninguém vai querer rachar? Na lider ta R$46,00 o quilo... arrumei por R$21,00 o quilo, menos da metade, e exatamente o mesmo material.
Alguém se habilita?!?
« Última modificação: 16 de Agosto de 2011, as 11:47:17 por kem » Registrado

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« Responder #187 : 16 de Agosto de 2011, as 11:58:33 »


Siga esse conselho. Pegue uma formula, monte o transformador e teste... Se não ficou bom, tente acertar a formula ao seu modo de enrolar. Claro que isto involve um custo. Se for pra fazer uma peça só, não compensa. Mais facil comprar pronto.
Calculos dos fios ta facil, foi bem explicado no topico.


Olá Kem, é justamente por esse motivo que pedi ao Xformer nos dá uma demonstração dos cálculos e também da forma que ele enrola os transformadores de saída, sendo que ele já tem experiência na área seria de boa ajuda ao tópico e ao fórum, é aquela história, se alguém já inventou a roda para quê reinventá-la? sei que esse assunto é permeado de obscuridades e tudo mais, mas acredito que se pode dar uma luz nessa escuridão aqueles que estão começando como a maioria aqui do forum.

Repito, seria de grande contribuição para aqueles que estão discutindo sobre o assunto neste momento e para muitos outros que irão precisar no futuro.

Abraço
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kem
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« Responder #188 : 16 de Agosto de 2011, as 19:41:56 »

Bom... Passei na Lider de novo hoje...
Dei sorte de novo... Smiley Consegui 130grs de fio 34AWG pro primario.
E confirmei... a melhor opção mesmo é o nucleo de 32mm. Tem la bobina de 32x22 até 32x70mm. Da pra fazer transformador de 15 a 100W com o mesmo nucleo.
Alguém ainda interessado nos nucleos GO.
E harckan, volto a insistir... as especificações do xformer para um certo transformador que ficou bom enrolado por ele pode não ficar bom com outra pessoa enrolando.
Mas o Hgamal liberou ja 2 ou 3 projetos de transformador de saida aqui no forum (3.5, 10,5 e 18W). Projetos que ele testou. Veja nos topicos dos IALL e nesse aqui mesmo.
Ja é um bom começo...
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« Responder #189 : 16 de Agosto de 2011, as 20:55:43 »

Oi Kem !  Coincidência, também fui na Sta Ifigênia hoje, passei na Mult, na Dabi, na Bigfoot, na Lecomp, mas não na Lider. Quase nos encontramos.  

Bom em relação ao pedido do Harckam, levei o maior tempo escrevendo isso abaixo:

"Output transformers are certainly not magic, but the design of one that gives excellent performance over the entire frequency range is as much an art as it is a science. There are too many intangible factors, and too many conflicting requirements to be able to simply jot down a nice formula that covers everything." - Rod Elliot - ESP

Traduzindo: Transformadores de saída certamente não são mágica, mas o projeto de um deles que ofereça excelente desempenho em toda a faixa de frequências é muito de arte e de ciência. Existem muitos fatores intangíveis (não mensuráveis, subjetivos) e muitos requisitos conflitantes para alguém ser capaz de simplesmente escrever uma fórmula legal que cubra todo o assunto.

Só pra enumerar esses requisitos conflitantes (os mais importantes) ele cita:
1.   O máximo de espiras possível para ter uma alta indutância.
2.   A menor resistência possível para minimizar as perdas e o aumento da temperatura.
3.   Uma indutância de fuga muito baixa para ter uma boa resposta em frequência.
4.   Baixa capacitância entre camadas e entre enrolamentos
5.   Baixa densidade de fluxo no núcleo para minimizar a distorção em baixa frequência
6.   Alta isolação de tensão para confiabiabilidade de longo prazo.

Então é difícil atender todas as restrições e precisa um pouco de experimentação.  Pra isso tem mesmo que por as mãos na massa e depois ir fazendo medições e ensaios pra chegar no transformador que atenda sua necessidade. Pra isso, precisa de instrumentos, precisa de conhecimento que não se aprende lendo algumas mensagens e dicas em fóruns e sites. Precisa ter alguma base. Quantos daqui tem um osciloscópio (não precisa ser digital de 1GS/s, mas um analógico com pelo menos 5MHz de banda já serve -  e saber usá-lo), um gerador de sinais ou funções, um medidor de indutância e capacitância, um medidor de distorção, um VTVM (quem sabe o que é ?), um multímetro decente com boa impedância de entrada (pra fazer algumas medições em amplis valvulados, principalmente a tensão de bias, não servem esses multímetros chineses de 20 reais), um Variac, um megometro, etc etc.  Além disso, quem tem uma bobinadeira em casa ?  Enrolar 2000, 3000 espiras num carretel precisa de muito tempo e atenção. Fazer isso na mão contando espira a espira é trabalho pra semanas, sem falar na grande (quase certa) possibilidade de erro.  Além disso temos limitações de métodos e processos na confecção do transformador.  Nem todos vão conseguir achar todos os materiais adequados ou na quantidade econômica. Vide exemplo das chapas de GO discutidas.  Quem vai fazer 1 transformador não vai comprar 25kg de núcleo ou um carretel inteiro de 5kg de fio de cobre pra usar 50 ou 100g.

Bom pra não fugir muito do assunto e pra dar uma luz ao amigo, basicamente o processo é assim:

- Tenho uma tabela num livro que dá com base num tamanho de núcleo selecionado, quantas espiras precisa pra cada 1000 ohms de impedância no primário. Essa tabela também diz qual será a potência em 50Hz, 200HZ, qual o nível de perdas e qual a frequência de corte inferior.

- Depois, tem uma outra tabela que relaciona um multiplicador de espiras, que melhora a potência, mas também aumenta as perdas e diminui a frequência de corte. Essa escolha é sua, subjetiva, vai do seu gosto e tem que levar em conta qual o seu objetivo (e se é possível, não adianta querer um transformador de 100W com núcleo de 1 polegada e resposta de 20 a 500kHz, que isso é impossível). Você pode sacrificar um pouco da resposta em baixa frequência, pra fazer um transformador mais leve e com menos espiras. Afinal, quase nenhuma caixa vai responder a 20, 30 Hz.  Outra coisa que eu li recentemente é sobre a frequência de corte superior. Eu vejo nos catálogos de transformadores de saída (tamura, tango, plitron, etc) que a resposta vai até 80kHz, 100kHz, mas se lembrarmos que nenhum instrumentos musical emite notas com frequência acima de 6kHz, nem a voz humana emite algo em frequências acima disso, pra que fazer um transformador com tanta resposta ? Ai vão lembrar que precisam dos harmônicos de alta frequência pra reproduzir o timbre correto. Mas não precisa exagerar, até 20kHz ainda vai, mas 100kHz ? Vamos fazer música pra morcegos e cães ?


- Com base naquela fórmula (a fundamental) de relação de impedâncias e espiras (razão das impedâncias é o quadrado da razão de espiras) você calcula quantas espiras precisa no primário e quantas no secundário. Aqui é importante ressaltar que em transformadores de força a gente consegue compensar as perdas, enrolando um pouco mais espiras do que o calculado. Num transformador de saída, se você quiser manter a relação de impedâncias, precisa respeitar isso e por isso é importante correr atrás das menores perdas possíveis (melhor núcleo, fios mais grossos, etc).

- Tendo o número de espiras, você precisa ver qual serão as correntes envolvidas que circularão nos fios e com base nisso escolher a bitola mínima para as mesmas. Aí começa mais um conflito: você quer o máximo de espiras ( o que aumenta a resistência do enrolamento = perdas por efeito joule) e então tenta escolher fios mais grossos. Fios mais grossos podem não caber no carretel ma quantidade de espiras calculada. Então tem que calcular com base no diâmetro de cada fio, quantas voltas e quantas camadas é possível colocar na bobina. Veja que isso é teórico, na prática na hora de enrolar na mão, você não vai conseguir enrolar perfeitamente espiras lado a lado da outra, e seu cálculo pode (vai)  ficar errado.  Calcule quanto vai ser o comprimento estimado de cada enrolamento (com base nas dimensões do carretel e altura média das camadas), pra ver quanto vai ser a resistência e o peso do fio (pra comprar depois).

- Outro ponto subjetivo é qual a geometria você vai adotar para os enrolamentos: quantas camadas de primário e secundário, quantas espiras em cada camada, como vai fazer o balanceamento (isso é importante em push-pull para que as duas pernas fiquem com igual resistência, já que as camadas mais externas terão maior comprimento e portanto mais resistência do fio de cobre). Se você já estudou ou viu algum livro sobre transformadores (veja o capítulo 5 do Radiotron), tem dezenas de modelos de geometria e várias camadas, algumas mais de 10, 11 etc). Isso é escolha sua. Agora se o transformador é um single ended para guitarra, eu acho que a escolha não é tão relevante (já que não terá balanceamento mesmo) e como as vezes o objetivo é distorção, as vezes o desbalanceamento pode até ser proposital. Eu monto amplificadores para ouvir música, então eu busco a menor distorção e melhor balanceamento.

- Aqui entra outro problema de conflito: mais camadas significam maior acoplamento entre primário e secundário = maior resposta em frequência, por outro lado aumenta a capacitância entre camadas, o que anula em parte o ganho na resposta. Mais camadas, requer mais trabalho, mais isolamento entre as camadas e portanto menos espaço para os fios, ocupado pelo papel ou fita. Aqui cabe um ponto que muitas receitas de bolo ainda mantém: o isolamento entre camadas do mesmo enrolamento. Antigamente o pessoal usava material de pior qualidade do que hoje (fios, isolantes, núcleos, carretéis), e o verniz ou esmalte dos fios atuais é muito melhor, tendo melhor isolação. Se o transformador não for trabalhar em tensões muito altas (tipo 200V ou 300V) acho que não é necessário colocar aquele "papelzinho de seda". Veja que os fios de hoje são usados em motores elétricos que funcionam com tensões relativamente altas e não tem papelzinho de seda no rotor ou estator. Na hora de comprar o fio de cobre, peça o fio com esmalte mais grosso (o fio é mais marrom, o com esmalte mais fino é mais amarelo). Veja que se você usar muitas camadas de enrolamentos, a tensão entre os fios de camadas superpostas não será muito alta. Outra questão é sobre o envernizamento interno do enrolamentos, preenchendo o ar que existe entre as espiras. Isso ajuda no isolamento, para evitar umidade e vibração, por outro lado aumenta a constante dielétrica entre os enrolamentos e entre camadas, aumentando a capacitância parasita, o que aumenta a perda de resposta em frequência.  Eu não tenho esse recurso de impregnar o enrolamentos com verniz ou epóxi, então eu deixo seco mesmo.  Alguns autores dizem que um bom transformador precisa disso (envernizamento) para ter durabilidade. É claro que se alguém aqui estiver pensando em fazer um transformador pra um amplificador com tensões de 800V, 1000V, o cuidado com isolamento, impregnação, etc precisa sim ser levado em consideração e não é tarefa pra amadores.

- Depois de feitos os enrolamentos, vem a parte de preparação dos chicotes, depois a a colocação das lâminas, a fixação dos Ls ou das canecas, etc que eu já escrevi numa mensagem passada.  Alguns fabricantes colocam o transformador num invólucro metálico e preenchem com resina, selando o transformador (potted). Acho que o objetivo disso é mais para prevenir a engenharia reversa do que visando o isolamento e vibração. Tem o fator de ficar mais bonito e melhorar a fixação no gabinete ou chassis.  

- Finalmente, a etapa de teste do transformador. Mede a resistência dos enrolamentos, verifica se estão balanceados, se não há curto entre primário e secundário, qual a resistência de isolamento, qual a indutância do primário.  Tudo ok, eu ligo o primário nos 115V da tomada e vejo quanto tem no secundário e se está de acordo com a relação de espiras.  Passo seguinte eu ligo uma carga de 8 ohms resistiva e uso o gerador de sinais e um scope pra ver a resposta de frequência do transformador (sinal de baixo nível).  Depois é ligar o transformador num amplificador mesmo. Repete as medições com o gerador e scope, vejo qual a potência máxima sem distorção, com distorção, se o transformador não tá vibrando nem pegando fogo, esquentando, etc.  Depois deixo ligado tocando música (a melhor parte). Se não estiver bom, então alguma coisa foi feita errada, o duro é saber o quê.  Antes eu pagava pra uma oficina enrolar do jeito que eu tinha feito o projeto. Ai ia testar e o nível do sinal ia diminuindo com a frequência, os -3dBs nem precisavam de 20kHz pra serem atingidos. Pra piorar não conseguia um balanceamento decente unido os enrolamentos como fora projetado  Então resolvi desenrolar pra ver qual o problema. Lógico que o bobinador não fez o entrelaçamento entre primário e secundário, apenas enrolou uma parte do primário, separou com papel, enrolou mais uma parte do primário, mais uma, etc e depois começou a enrolar as partes do secundário. Ou seja, não houve o entrelaçamento, na prática tinha só duas camadas de enrolamento.  Então quem vai fazer um transformador, precisa saber o que está fazendo, precisa ter o o conceito da coisa. Que adiantava eu explicar pro cara que isso era pra ter mais resposta em frequência, que eu ia usar com amplificador valvulado (o cara deve ter pensado que eu era maluco).
Bom, não existe como se diz uma receita de bolo, porque cada um tem suas necessidades. Se você seguir uma receita de bolo, só vai ter um transformador para aquela aplicação específica. Vai muito do bom senso, muito de atenção e capricho, experimentação e experiência e usar o máximo de materiais adequados. E seguir receita de bolo é pra quem não sabe o que está fazendo, apenas segue as instruções e não precisa pensar nada, não aprendeu nada.  
Depois não dá pra colocar tudo aqui, precisa de muito espaço (livros dedicam páginas e páginas sobre isso). Seria um esforço muito grande pra atender muito poucos (e poucos que tem conceitos ou sabem o suficiente de eletrônica pra isso). Eu vejo pessoas aqui querendo fazer coisas e não tem o mínimo conhecimento básico pra começar. Tá certo tem a filosofia do Handmades "do it yourself", mas tudo tem limites, tem coisas que dá pra fazer e tem coisas que não dá pra fazer. Daqui a pouco alguém vai pedir receita de como fabricar válvulas, transistores, etc.

Pra terminar vou colocar uma fórmula que tirei do livro "Transformers and Tubes in Power Amplifiers" do Menno Van der Veen que descreve o filtro passa altas de primeira ordem criado pelas resistências dos enrolamentos e da indutância do primário:
L = (i.w / (i  . w + ((Rg + Rip) . a^2 . (Ris + Zl) / ((Rs + Rip) . a^2 + Ris + Zl) . (Lp . a^2)))
Estou tentando entender até agora e tem gente querendo fórmulas ....
« Última modificação: 24 de Julho de 2019, as 20:08:19 por xformer » Registrado

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« Responder #190 : 16 de Agosto de 2011, as 21:15:34 »

Esse post do xformer merece virar um artigo do site!
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« Responder #191 : 16 de Agosto de 2011, as 21:28:15 »

Caraca xformer... Tava com paciencia de escrever heim?!?  Palmas Palmas Palmas
Não foi sucinto Smiley mas deixou tudo muito claro...
Só não respondeu a minha pergunta... e ae? vamos pegar os nucleos ou não?  Roll Eyes
Pra mim só ta faltando o nucleo e o verniz. O resto ja tenho (fio 34 e 18awg, bobina, papel, etc).

harckan, sei exatamente como você esta se sentindo. Me senti assim faz um tempo. Parece que todo mundo que manja de transformadores esconde o segredo. Ai pesquisei, pesquisei, pesquisei ainda mais um pouco, e... parece que sei menos que antes...
A verdade é que qualquer um que colocar uma receita de um transformador de saida e disser que aquilo é exato, que é só fazer que vai ficar otimo, ta mentindo.
O Hgamal deixou 3 receitas de transformador aqui no forum, muito bem elaboradas, e qual o parecer dele?!? "Apenas razoavel". Ele foi 100% honesto. Não da pra dizer mais do que isso de qualquer receita, a não ser que seja feito por uma maquina, e a mesma que ja tenha feito um e que tenha ficado otimo...
Mas os esquemas dele são um otimo ponto de partida.
Mas tenho um link que vai bem de encontro ao que você quer... Tem formulas, mas tem varias tabelas prontas, e o autor relata sucesso (também não diz que ficaram otimos, somente aceitaveis). Mas ja adianto que comparei com todas as formulas que tenho e nenhuma bate exatamente com o que ta escrito ai, nem com o que ta postado aqui, e nenhuma bate com outra...
Mas ta ai site. De uma olhada que vale a pena.

http://diy-rbt3.tripod.com/
« Última modificação: 16 de Agosto de 2011, as 21:36:33 por kem » Registrado

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« Responder #192 : 16 de Agosto de 2011, as 22:21:04 »

- Tenho uma tabela num livro que dá com base num tamanho de núcleo selecionado, quantas espiras precisa pra cada 1000 ohms de impedância no primário. Essa tabela também diz qual será a potência em 50Hz, 200HZ, qual o nível de perdas e qual a frequência de corte inferior.

- Depois, tem uma outra tabela que relaciona um multiplicador de espiras,

Pode fornecer essas tabelas pra gente?
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« Responder #193 : 17 de Agosto de 2011, as 00:25:11 »


Pra terminar vou colocar uma fórmula que tirei do livro "Transformers and Tubes in Power Amplifiers" do Menno Van der Veen que descreve o filtro passa altas de primeira ordem criado pelas resistências dos enrolamentos e da indutância do primário:
L = (i.w / (i  . w + ((Rg + Rip) . a^2 . (Ris + Zl) / ((Rs + Rip) . a^2 + Ris + Zl) . (Lp . a^2)))
Estou tentando entender até agora e tem gente querendo fórmulas ....


Xformer, lhe sou muito grato pela paciência que desprendeste e empregaste na referida aula a cima, sei que será de grande valia a muitos usuários aqui do fórum, muito mesmo.

Quanto as questões expressas muito bem por vc no decorrer de seu post muita coisa nos foi passada que irá ajudar a, quem sabe, um dia chegar no seu nível de conhecimento a respeito do assunto, realmente, lhe digo que muito em eletrônica se dá dessa forma, requer um conhecimento de outras áreas envolvidas no assunto e não será na leitura de algumas páginas na internet ou foruns que iremos obter um conhecimento completo daquilo, que com certeza, passaste anos desenvolvendo e pesquisando, mas uma coisa tenho certeza, esta contribuição sua somou e muito para este passo, sei que ninguém aqui vai trabalhar profissionalmente com isso mas porque contentar-se em apenas ver e não participar, acredito que todo começo é difícil e é mesmo, pergunto-lhe, foi fácil quando comesaste a enrolar transformadores, ou mesmo, quando deste os primeiros passos? não, não foi, se não lhe fosse dado a oportunidade de dar o primeiro passo não terias começado a andar e, é isso que estamos fazendo aqui, dando o primeiro passo, se vamos cair, bater cabeça isso é consequencia de um processo.

No que diz respeito ao enrolamento propriamente dito do transformador, sim eu sei que é muito trabalhoso, eu mesmo já fiz alguns de FORÇA e sei que para fazer transformador de SAÍDA o trabalho é muito maior, mas isso só nos agrega conhecimento, para tal resolvi fazer uma bobinadora para ajudar no processo, segue o link de alguns vídeos só para constar mesmo. hehehehehe

http://www.youtube.com/watch?v=jBvVcMrenhg
http://www.youtube.com/watch?v=gHwDPw12zv0
http://www.youtube.com/watch?v=yBQNsnQbmlc


Uma coisa que vc falou quanto a questão das fórmulas, a dedução delas realmente necessita um conhecimento absurdo para tal, que envolve uma série de conhecimentos de várias áreas, conhecimento de propriedades químicas e físicas de cada liga específica, ou mesmo da formação nuclear do cobre e do aço-silicio... mesmo os autores dos livros aqui citados e outros, tenho certeza que nem mesmo eles deduziram tais fórmulas, elas já foram trazidas a tempos de conhecimento então, acredito que se tais fórmulas que são "universais" por assim dizer poderiam ser utilizadas de forma mais adequada as experiências que tiveste ao enrolar transformador de saída, é essa a questão, sei que algo até subjetivo mas vc compartilhando suas experiências daria uma leve idéia daquilo que é realmente possível se fazer com aquilo que temos em mãos.

Se vc podesse publicar tais tabelas seria aquilo que estaria faltando para realmente termos um processo fechado daquilo que se precisa para fazer um transformador de saída, não acredito que as fábricas em série ficam experimentando métodos para ver se um dia eles acertam a fazer um transformador, ou mesmo, refazem se não ficou bom, depois que um fica no jeito, é só replicar e pronto, não é assim que funciona a lei de mercado? se vai ficar idêntico a matriz é outra história, mas é assim que eles vendem os produtos para os consumidores.

No mais, é isso, lhe agradeço mais uma vez a paciência em nos ajudar, sei que as vezes pode parecer coisa de molequinho que quer as coisas prontas, mas se fosse assim, iria em uma loja e comprava o transformador e pronto, ou melhor, compraria logo o Amplificador para não ter que ficar soldando a noite quando tenho tempo e sem ganhar nada com isso, conheço pessoas que gastaram praticamente o dobro de um produto similar somente para poder ter a satisfação de poder ouvir música naquilo que ele mesmo construiu, isso "não tem preço", é algo que não dá para explicar mesmo é, de certa forma, um contrasenso mas é isso que nos move.

Grato pela grande ajuda ao Forum


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Mas tenho um link que vai bem de encontro ao que você quer... Tem formulas, mas tem varias tabelas prontas, e o autor relata sucesso (também não diz que ficaram otimos, somente aceitaveis). Mas ja adianto que comparei com todas as formulas que tenho e nenhuma bate exatamente com o que ta escrito ai, nem com o que ta postado aqui, e nenhuma bate com outra...
Mas ta ai site. De uma olhada que vale a pena.

http://diy-rbt3.tripod.com/


Obrigado mais uma vez Kem, eu já conheço este site, inclusive já conversei via email com o autor ao qual foi muito simpático e solícito as minhas indagações, não esquento com isso, sei como é este meio, não só este mas em tudo na vida, até para eu parender a tocar guitarra passei por essas questões, acho que tudo na vida é assim mesmo, fazer o que?

Receita de bolo é interessante em algumas necessidades, realmente somente reproduzir aquilo que já tem como um tutorial não agrega muita coisa a alguém além de uma grande habilidade em seguir instruções, mas mesmo aqui requer um certo cuidado, sou da área de computação, bem lá no início do curso tem uma matéria chamada Algoritmos, que nada mais são que receitas de bolo para se aprender a programar, todos sem exceção começam dessa forma, e não vejo ninguém depois de um certo tempo e experiência ainda naquela, "se x = y então ...", muito pelo contrário, isso foi muito importante para montar uma base aos alunos entenderem como funciona a coisa e então passarem para uma linguagem de programação, mas mesmo assim alguns sentem dificuldade, e isso quer dizer, não é porque é receita de bolo que todo mundo consegue, a mesma coisa aplica-se aqui nos transformadores, a receita deve existir, entende-se receita de bolo não só o passo a passo mas também as fórmulas, tabelas e conhecimento na área, ninguém tira isso do nada, precisamos aprender em algum lugar e é justamente isso a proposta do tópico, bom pelo menos eu acho que é.

Abraço
« Última modificação: 17 de Agosto de 2011, as 02:04:53 por harckan » Registrado
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« Responder #194 : 17 de Agosto de 2011, as 09:59:32 »

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pergunto-lhe, foi fácil quando comesaste a enrolar transformadores, ou mesmo, quando deste os primeiros passos?

Respondendo a pergunta, foi quando eu tinha uns 12 anos e comprei um kit de experiências que vendiam nas bancas (Os Cientistas) e esse era do Michael Faraday. Vinha uns imãs, limalha de ferro num saquinho, umas lâminas de transformador bem pequeno (U e I), um carretel com o primário já enrolado e dois carretéis pequenos vazios para enrolar comm fio que veio junto. Tinha as instruções para enrolar tantas espiras nos carretéis e como ligar o trafinho a uma lâmpada de 1,5V. Não podia deixar ligado direto segundo o manual.

Depois de alguns anos fui estudar eletrônica (técnico) e aí sim fui enrolar de verdade um transformador de força (que seria usado depois na fonte de um rádio FM estéreo com dois amplificadores de potência - em 1983). Mas a gente não foi pra oficina  e o professor simplesmente chega e diz que vamos fabricar transformador (cada colega fez o seu). Antes já tinhamos aprendido toda a eletricidade básica, eletrostática, eletrodinâmica, análise de circuitos DC, análise de circuitos AC, impedãncias, reatâncias, filtros, eletromagnetismo (é dificílimo), muitas horas de laboratório mexendo com instrumentos e circuitos, muitas horas de oficina, instalações elétricas, etc etc.   Ou seja a fabricação do transformador foi uma etapa só de uma sequência de aprendizado, que depois seguiu com a medição do transformador (cálculo dos fasores, etc etc), montagem da fonte, montagem do rádio. Além de ter de aprender pelos menos trigonometria e números complexos com certa profundidade, para entender o comportamento teórico do transformador (fora eletromagnetismo: regra da mão direita, unidades gauss, tesla, ampere metro, fluxo magnético, direção do campo magnético, bah bah bah).  Depois você vê as aplicações dos transformadores, em telecomunicações (rádio), em áudio (na aula de amplificadores, fui aprender sobre o uso de transformadores no casamento de impedâncias). 
Ou seja é tudo uma sequência de aprendizado, difícil sim.  Então não adianta alguém querer aprender só sobre transformadores, não vai ter base se não tiver os conceitos e conhecimentos necessários. Que adianta eu dizer que o primário precisa ter bastante indutância ? Quanto é razoável ? Por que precisa disso ? Se a pessoa não souber calcular a impedãncia, pra saber usar no modelo equivalente do transformador (cheio de resistências, capacitâncias, resistências) e saber calcular a resposta na saída, depois de um monte de cálculo com impedâncias, correntes complexas, tensões complexas, fasores, defasamento, etc etc.  Da mesma forma ao explicar que um filtro de fonte precisa de um capacitor de tantos micro farads (tem gente por aí que fala "faraday"  Smiley), sem saber o que é um farad (um coulomb por volt), sendo que existem também diversos tipos de capacitores e cada um tem sua aplicação mais adequada (quando usar um de cerâmica, um de poliestireno, um de tântalo, um eletrolítico, um de poliéster metalizado, etc). 

É a mesma coisa em fóruns de microcontroladores que participo. Muita gente é apenas programador de linguagem de alto nível e quer programar firmware, achando que sabendo C ou outra linguagem consegue fazer tudo. Se não tiverem conhecimento de eletrônica digital e analógica, não sai nada porque o microcontrolador precisa ser interfaceado com o mundo externo e as vezes o pessoal não consegue nem fazer o oscilador do micro funcionar, não sabem ligar uma fonte adequada, protegê-los contra ruídos, ligar uma carga de alta potência...

Bom coloquei algumas tabelas no post anterior. Ainda não me acertei com essas tabelas aqui e dá trabalho. O Kem citou um site com tabelas também, que acho que são até mais simples de se usar e já tem instruções e exemplos.
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