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Autor Tópico: A IMPORTÂNCIA DA SENSIBILIDADE DO ALTO-FALANTE  (Lida 14504 vezes)
maioli
Visitante
« : 10 de Agosto de 2010, as 12:36:14 »

Quero comentar aqui algumas conclusões sobre alto-falantes.

Fato: um falante com sensibilidade de 6dB a mais que outro, digamos, 84 x 90, rende o dobro de volume com a mesma potência.
Fato: para obter dobrar o volume em um mesmo alto-falante, é necessário um amplificador com o quadrado da potência do primeiro. Ex. 15 x 225W.
Fato: nossos ouvidos tem um "limiter" natural. Conforme o volume aumenta, a sensibilidade auditiva diminui automaticamente. Por isso é que se diz que o ouvido tem uma percepção logarítmica. E por isso é que a escala em dB é logarítmica.
Fato: Se o "ponto de cutoff" inferior da curva de resposta de um falante for adiantado em apenas 20Hz, isso pode dar uma leitura completamente diferente da sensibilidade. A mesma ideia vale para adiantar a porção superior da curva, que geralmente tem picos que "melhoram" matematicamente a média. A sensibilidade não muda em nada, mas o fabricante sacana vende muito mais.

Conclusão 1: Vale mais a pena um falante sensível que um amplificador potente. Claro que variáveis como a caixa também influem.
Conclusão 2: Ainda não tive o desprazer de ouvir um falante sensível que tivesse timbre ruim. O contrário é verdadeiro. Falantes pouco sensíveis tendem a dar timbres ruins.
Conclusão 3: Não adianta tocar alto além de certo limite (no ensaio, é claro). Nosso ouvido ensurdece e não aproveita. É ridículo usar PROTETOR AURICULAR porque está tocando alto demais! É como usar óculos de solda para pintar ou olhar quadros na galeria de arte.
Conclusão 4:MASSSSS se for usada uma potência extra em subgraves, o ouvido não é maltratado e o corpo recebe essa vibração como "peso". É o equivalente racional a usar protetor auricular.
Conclusão 5: É brincadeira mas tem um fundo de verdade. Peça ao baterista para tocar mais leve. Peça ao baixista para tirar um pouco de médios. Use uma caixa 4x12.
Conclusão 6: Não dá pra simplesmente acreditar na sensibilidade anunciada. É importante ver o gráfico de resposta para entender como a leitura foi tirada e se ela é real.

Fora essas "verdades" aí em cima, que são até relativas, algumas experiências dão resultados interessantes.

a) Falantes tipo woofer em caixa dutada são ridículos para guitarra. Mas ficam incríveis com violão.
b) Caixas "open back" foram inventadas para economizar retorno para o guitarrista. Ele colocaria a caixa na borda do palco e ficaria atrás. Como ninguém usa assim, a caixa aberta é um nonsense, pois a perda de eficiência em graves é monstruosa em troca de um benefício que ninguém aproveita hoje em dia. Além disso o falante dura menos.
c) Quem viveu na era das bandas de baile dos 70's e começo de 80's (aquelas que andavam em uma veraneio ou kombi com as caixas do PA em um rack de teto) sabe que naquele tempo não existia retorno. As caixas levavam dezenas de falantes de 8" cada e eram open back. O baixo e a guitarra tocavam só com seus sets, por fora do PA, e a bateria não era microfonada. E os bailes rolavam numa boa.
d) num momento de distração, experimente ligar o pre out ou efx send do amplificador de guitarra no amplificador do baixista, fazendo ele funcionar em conjunto com o amp da guitarra... ele que não veja isso. É animal. Não é à toa que a Rivera criou o Los Lobbotom exatamente com essa ideia.

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hgamal
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« Responder #1 : 10 de Agosto de 2010, as 14:00:41 »

...
Fato: para obter dobrar o volume em um mesmo alto-falante, é necessário um amplificador com o quadrado da potência do primeiro. Ex. 15 x 225W.
...

É fácil provar:

Ganho = log(Pout/Pin);

Imagine que para dobrar o volume é necessário dobrar o ganho. Assim:

2*Ganho = 2*Log(Pout/Pin);

Aplicando uma simples propriedade dos logarítmicos:

2*Log(Pout/Pin) = Log[(Pout/Pin)2]

Smiley

PS: o problema é sair agora no tapa para saber se realmente ouviremos o dobro de volume se dobrarmos o ganho - na verdade acho que o ouvido é logarítmico por partes, ou seja, ele tem curvas logarítmicas  diferentes para diferentes regiões de potência, mas isso é outra hi(e)stória
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maioli
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« Responder #2 : 10 de Agosto de 2010, as 15:17:31 »


PS: o problema é sair agora no tapa para saber se realmente ouviremos o dobro de volume se dobrarmos o ganho - na verdade acho que o ouvido é logarítmico por partes, ou seja, ele tem curvas logarítmicas  diferentes para diferentes regiões de potência, mas isso é outra hi(e)stória


Tenho exatamente a mesma impressão. Verdade verdadeira na matemática e verdade relativa na frente da caixa.
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maioli
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« Responder #3 : 14 de Agosto de 2010, as 11:27:26 »

FIz um 15W para um amigo. Ele equipou um Red Fang. Toca mais alto que o meu híbrido de 35W com selenium 8G1 (humpf). Comprei um Red Fang também. Em breve, testes cartesianos do Eminence x Selenium em um tópico específico.
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bossman
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« Responder #4 : 14 de Agosto de 2010, as 18:31:02 »

FIz um 15W para um amigo. Ele equipou um Red Fang. Toca mais alto que o meu híbrido de 35W com selenium 8G1 (humpf). Comprei um Red Fang também. Em breve, testes cartesianos do Eminence x Selenium em um tópico específico.

Ah Maioli ! Não tenho a menor dúvida de que o Eminence bate (na verdade dá uma surra!) nos Selenium...
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Jupterra
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« Responder #5 : 28 de Agosto de 2010, as 21:22:01 »

q d o (moderador, peço que me suspenda do fórum) conseguimos "casar" a impedância do ampli com o falante a resposta é sempre satisfatória.
Não esquecendo que alto falantes novos, precisam de um curto tempo para amaciar.
Abraços.
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Eduardo
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« Responder #6 : 28 de Agosto de 2010, as 22:42:47 »

Olá Maioli

Esse foi o melhor apanhado de verdades que já li em forum! Sua análise está ótima e eu concordo com cada palavra. Sua analogia sobre mascara de soldador para ver pinturas foi ótima. Nesse sentido, dá para dizer mais umas coisas:

Sobre a sensibilidade logarítimica do ouvido, ela é igual a sensibilidade do olho humano. Quando há muita claridade, a pupila fecha para que entre menos luz e não danifique a retina. Isso protege a visão, mas impede que, quando estamos ao sol, possamos ver com claresa o que está na sombra. Para ver o que está na sombra precisamos sair da luz forte!

Com o ouvido é a mesma coisa. Quando há muito som, os músculos que apoiam o timpano relaxam (ou contraem, não lembro com certeza) para diminuir a sensibilidade e proteger a cóclea, mas perdemos a percepção de nuances delicadas!

Outra conclusão importante deste fato é que, como os musculos precisam de um tempo para se acomodar, um estrondo forte pode ensurdecer, assim como um clarão repentino pode cegar! Por isso tomem cuidado com transientes!

Abraços

Eduardo
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maioli
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« Responder #7 : 29 de Agosto de 2010, as 14:37:35 »

Valeu Eduardo! A ideia é mostrar que as coisas que mais influenciam são realmente bem simples.

Jupterra: Isso é uma verdade pra lá de relativa. As coisas que são afetadas pelo correto casamento de impedância são a transferência de potência e a distorção. Mas realmente, se um ampli está mal-casado com o falante e entrega 42W em vez de 50W, essa diferença não é muito significativa. Para a distorção, se o limite de potência do falante e dos elementos de power não for excedido para mais, também não haverá uma diferença significativa.

E tem mais. Um falante porcaria mal-casado ou bem casado soa mal do mesmo jeito.
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Eduardo
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« Responder #8 : 29 de Agosto de 2010, as 15:42:23 »

E tem mais. Um falante porcaria mal-casado ou bem casado soa mal do mesmo jeito.

Um amigo me disse algo que achei brilhante como analogia. O amplificador é um carro e o auto falante é a estrada. Se a estrada for boa, até bicicleta anda bem, mas se a estrada for ruim não adianta ter Ferrari!

Privilegiados são os que podem andar de Ferrari numa Altoban alemã!!!!

Abraços

Eduardo
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