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Autor Tópico: A madeira não influencia no timbre (visão técnica)  (Lida 35545 vezes)
toscator
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« : 12 de Maio de 2017, as 16:43:15 »

Ola pessoal,
Gostaria de pedir desculpas aos usuários mais experientes do fórum e aos luthiers, mas acabei de fazer o experimento e em breve estarei escrevendo um artigo sobre como a madeira NÃO influencia no timbre audível da guitarra. Toma na Cabeça
O experimento foi feito utilizando captadores piezo como indutores de frequência. Comparados 4 casos: o som da guitarra, o som da própria guitarra sendo induzida na madeira, um som externo de 440 hz em la induzido na guitarra pelos piezos e o "som" sem nenhuma influencia ou nota, foi possível discernir entre eles que a madeira não influencia no som da guitarra.
o experimento foi simples, soldei 7 piezos de modo a dar 4 ohms no lugar das caixinhas de um pc, aproveitando sua amplificação e induzi e gravei linhas através do audacity. A conclusão foi que infelizmente frequencias induzidas na madeira da guitarra não tem influencia na vibração das cordas, ou seja, não há feedback.
Caso algum dos monstros aqui do forum queira mais informações, queira repetir o experimento ou fazer alguma pergunta fique a vontade! só não vale xingar...
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kem
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« Responder #1 : 12 de Maio de 2017, as 17:27:02 »

Muito simples seu teste pra afirmar isso.
A madeira influência sim o timbre, e basta você testar o mesmo set de captadores em guitarras do mesmo modelo, mas feitas com madeiras diferentes que você vai verificar isso. Até a madeira da escala tem influência no timbre.
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toscator
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« Responder #2 : 12 de Maio de 2017, as 17:44:11 »

Muito simples seu teste pra afirmar isso.
A madeira influência sim o timbre, e basta você testar o mesmo set de captadores em guitarras do mesmo modelo, mas feitas com madeiras diferentes que você vai verificar isso. Até a madeira da escala tem influência no timbre.

Não me veja mal, eu tambem concordo com isso, inclusive acho que poderia haver um prétratamento da madeira apenas com ondas, mas infelizmente o meu experimento diz o contrario
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Diego Gin
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« Responder #3 : 12 de Maio de 2017, as 17:46:34 »

A madeira influenciar no timbre, não está mais ligada ao fato não da madeira e si, mas sim a densidade do material em questão?
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felix
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« Responder #4 : 12 de Maio de 2017, as 18:15:13 »

Em relação ao timbre. Mesmo com instrumentos onde notoriamente o corpo faz a diferença, existe pouca diferença se analisarmos os dados friamente, mesmo com experimentos sérios cientificos.
http://www.akutek.info/Papers/AB_Violin_spectra_2003.pdf
http://www.akutek.info/Papers/AB_Violin_spectra_2005.pdf

Só que na guitarra o que capta o som é o captador, se tem algo vibrando que não a corda ou o captador, é porque tem energia cinética sendo perdida.
Apenas em estados extremos é que o corpo repassa alguma energia para as cordas, que acaba assim enviando uma parte para o captador.

O feedback no corpo existe, esse feedback pode ser comprovado facilmente colocando o ouvido colado no corpo da guitarra ou usando um estetoscópio, enquanto toca, os corpos de madeiras mais leves, como basswood, vibram mais, o que ajuda a liberar a energia das cordas, enquanto um corpo de madeira mais pesada como o mogno vibra menos, da mesma maneira preservando mais a energia das cordas. Se a corda vibra a madeira então a madeira também pode fazer vibrar a corda. Só que para isso você precisaria de algo muito maior que uma caixinha de PC. Tipo sua mão batendo no corpo, o que faz as cordas vibrarem, mais ou menos dependendo da madeira também.

A ponte da guitarra é o ponto de contato entre corpo e corda, logo é a grande responsável por doar ou receber essa energia no corpo.
Quanto mais contato a "corda" tem com o corpo, mais energia é perdida na emissão e mais energia é absorvida no retorno.

Mesma coisa para o tamanho do corpo.
Sem contar o tamanho/largura e materiais do braço...

Para exemplificar, considerando afinação padrão E em ambas e cordas 010.
Uma guitarra de corpo pequeno de mogno, com braço curto e fino de mogno + jacarandá com tensor duplo e ponte floyd rose.
Terá uma saída máxima nos captadores, mas com o mínimo retorno vindo do ambiente.
Com tendências de timbres graves se sobressaindo na captação

Já uma guitarra de corpo maior de basswood, com braço longo e grosso de maple com tensor simples e ponte fixa.
Terá uma saída menor nos captadores, mas com grande retorno vindo do ambiente.
Com tendências de timbres agudos se sobressaindo na captação

Existe algo ainda mais complexo que é a frequência ressonante de cada parte do conjunto, como das molas da ponte e restos de cordas depois do nut, mas isso é menos de 1% da loucura toda.



Exemplos, descontando as técnicas, as afinações, os captadores e os amplificadores, que colorem os harmônicos.
Quase o máximo ganho teórico mas quase sem retorno:
https://www.youtube.com/watch?v=5awwRocS6OY

Quase o mínimo de ganho mas uma grande "antena"
https://www.youtube.com/watch?v=JMyoT3kQMTg

Equilíbrio.
https://www.youtube.com/watch?v=C5t3BK9PLiE

« Última modificação: 12 de Maio de 2017, as 18:58:43 por felix » Registrado
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« Responder #5 : 12 de Maio de 2017, as 18:44:44 »

toscador,
Você utilizou apenas um tipo de madeira para o experimento, pelo que entendi, só por este motivo não é possível saber se a madeira não influencia, ou se o conjunto que você utilizou não sofreu influência.
O fato de a madeira não induzir a vibração das cordas também não quer dizer que as cordas não vibram a madeira e não sofrem influência da ressonância. Existem interferências construtivas e destrutivas, dependendo da frequência. Só o fato de vibrar uma corda de cada vez já percebe-se a diferença de ressonância na madeira e na própria corda. Com várias frequências concomitantes então, é muito mais perceptível. No experimento, você utilizou apenas uma frequência.
Acredito que este estudo serve para estudar interferências de sons externos sobre as cordas e não a influência da madeira sobre o timbre das cordas.
Mas boa sorte com o prosseguimento dos estudos!
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« Responder #6 : 12 de Maio de 2017, as 18:58:18 »

Que ninguém me leve a mal, mas discutir esse tema é igual a discutir religião. Não se chega a lugar nenhum e sempre acaba em briga.

Vale o mesmo comentário para "valvulados versus transistorizados".
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Se alguém ficou curioso, meu avatar é o brasão da família Finck. Dizem que os brasões das famílias alemãs estão relacionados com a profissão de seu patriarca. Se isso for verdade, o patriarca Finck deve ter sido bobo da corte...
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« Responder #7 : 12 de Maio de 2017, as 19:32:55 »

Na verdade a briga, assim como na questão dos valvulados, vai da experiência de cada um.

É igual medir a diferença de uma bike pro vs bike chinesa em uso de um ciclista casual.
As duas vão te levar ao mesmo lugar com a mesma velocidade.
Agora se é um ciclista dedicado a discussão nem existe.

Desde a primeira vez que toquei em uma guitarra de corpo maciço de jacarandá de um colega meu, nunca tive dúvida do efeito do corpo no timbre e na coluna.  Legal!
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« Responder #8 : 12 de Maio de 2017, as 20:13:07 »


Desde a primeira vez que toquei em uma guitarra de corpo maciço de jacarandá de um colega meu, nunca tive dúvida do efeito do corpo no timbre e na coluna.  Legal!

Cheesy Efeito na coluna é 100% comprovado..
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« Responder #9 : 13 de Maio de 2017, as 19:29:33 »

O experimento foi feito utilizando captadores piezo como indutores de frequência. Comparados 4 casos: o som da guitarra, o som da própria guitarra sendo induzida na madeira, um som externo de 440 hz em la induzido na guitarra pelos piezos e o "som" sem nenhuma influencia ou nota, foi possível discernir entre eles que a madeira não influencia no som da guitarra.

Sempre quis ver um experimento desse tipo, principalmente captando o som diretamente da madeira com os piezos...

Mas sinceramente, isso importa tanto? Não vai passando além até do "TOC" que o guitarrista tem pra conseguir a melhor combinação para sua própria guitarra afim de "melhorar" a qualidade da mesma?]

Tem tanta coisa que influencia no timbre.. a construção, o braço, os captadores (óbvio).. chega no ponto que é difícil mensurar qualidade e então passa a virar opinião, que é aí onde a gente briga... nós mesmos com nossa própria opinião.

Falando em "mensurar qualidade", o que eu consideraria qualidade seria a "riqueza dos harmônicos" ou as sustentações das notas no instrumento, e isso as vezes nem sempre é determinado pela madeira..

Infelizmente nos testes nem sempre o escopo geral prático é considerado nos testes e acabam sendo inconclusivos, ou ignorados..
Ansioso pra ver a abordagem dos seus testes!
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« Responder #10 : 13 de Maio de 2017, as 20:02:56 »

Esse vídeo mostra uma comparação entre duas guitarras com madeiras diferentes. Uma é uma Fender enquanto que a outra é uma Squier barata feita na China.

https://youtu.be/7LYfaCYg4Is

Abraço
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EddieTavares
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« Responder #11 : 13 de Maio de 2017, as 20:45:16 »

A conclusão foi que infelizmente frequencias induzidas na madeira da guitarra não tem influencia na vibração das cordas, ou seja, não há feedback.

Acho que há um equívoco, feedback significa retroalimentação, se o seu teste determinasse que há feedback isto resultaria em uma melhora no sustain das notas e até em notas infinitas... Acho que você quiz dizer ressonância.

Há um teste, já antigo, com lâminas de madeiras, bem explicativo e com gráficos bem detalhados as madeiras funcionando como filtros, segue:

http://www.mundoflorestal.com.br/arquivos/guitarra_final.pdf


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RuyThonson
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« Responder #12 : 15 de Maio de 2017, as 00:25:21 »

Rapaz, sobre o vídeo da Fender e da Squier.

Não percebi diferença alguma, mas também não tem informação alguma sobre como foi gravado ou o set usado.

Por exemplo, se o músico estiver usando uma pedaleira eu já não sinto tanta diferença entre instrumentos, já que tudo vira sinal digital e simuladores.
Já em sets analógicos, sinto sim a diferença. Acho que deu pra entender.
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EddieTavares
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« Responder #13 : 15 de Maio de 2017, as 09:24:25 »

O algoritmo de compressão de áudio do youtube não é dos melhores.
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cobalto777
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« Responder #14 : 16 de Maio de 2017, as 16:43:38 »

eu sinto claramente diferenças entre uma squier e uma american,até mesmo com elas desligadas...
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