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Autor Tópico: Pasta termica  (Lida 9844 vezes)
Paulo Shure
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« : 18 de Outubro de 2017, as 13:27:03 »

Saudações a todos:

Algum tempo atrás eu vi uns vídeos de teste em pastas térmicas e o resultado foi que elas nao ajudam em nada, entao surgiu a duvida sobre isso, ela ajuda alguma coisa ou nao ? pois vou passar nos tips de saída do meu ampli que esta seco ao extremo.
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« Responder #1 : 18 de Outubro de 2017, as 13:37:59 »

Tem link desse vídeo ?
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« Responder #2 : 18 de Outubro de 2017, as 13:49:39 »

Na minha opinião,não usar pasta térmica é quase o mesmo que não usar o dissipador.
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Paulo Shure
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« Responder #3 : 18 de Outubro de 2017, as 14:03:15 »

bossman YouTube tem vários sobre o assunto tem ate teste com pasta de dente esmalte batom etc.....a temperatura nao variou muito nos testes.
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« Responder #4 : 18 de Outubro de 2017, as 14:31:49 »

Paulo Shure

Não é que as pastas não funcionem. Elas funcionam sim

Veja nessa comparação que as pastas agem de maneira diferente, mas que sem ela é muito pior. A temperatura relativa simplesmente dobra.

Spoiler (clique para mostrar ou esconder)

Essa imagem faz parte de uma postagem no Clube do Hardware:

http://www.clubedohardware.com.br/artigos/refrigera%C3%A7%C3%A3o/vale-a-pena-pagar-mais-por-uma-pasta-t%C3%A9rmica-cara-r36576/

(A vantagem de se utilizar Maionese é que depois de um tempo vai virar um omelete, e você pode comer, se quiser.  Tongue )
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« Responder #5 : 18 de Outubro de 2017, as 14:48:12 »

Olá.

Cabe lembrar que o componente importante da pasta térmica é o material sólido ( carga ) que vai preencher os espaços vazios entre as duas superfícies em contato. O óleo de silicone serve somente para fluidificar a mistura e acaba evaporando depois de algum tempo.

Como a resistência térmica do ar é muito grande, praticamente qualquer material granulado fino ( pó ) serve como carga para a pasta térmica. É por essa razão que pasta de dente também funciona.

Maionese não dá bom resultado porque tem pouco material sólido na mistura.
« Última modificação: 18 de Outubro de 2017, as 14:51:02 por A.Sim » Registrado

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« Responder #6 : 18 de Outubro de 2017, as 14:51:59 »

Oi Paulo

A questão é um pouco mais complexa que simplesmente não ter encontrado diferença entre a dissipação medida com pasta térmica e batom.

O calor pode ser transmitido entre corpos por 3 processos: condução, convecção e irradiação. Condução é de longe o mais eficaz, e existe basicamente nos sólidos. Convecção é o processo de transmissão de calor em líquidos e gases, e é mais lento que a condução nos sólidos. Irradiação é o menos eficiente de todos, por depende da energia ser irradiada em forma de infra-vermelho. Esse é o processo de refrigeração do anodo das válvulas clássicas e, dá para imaginar que não é lá grande coisa. Aquele anodo enorme de uma 6L6 consegue dissipar apenas uns 30W antes de ficar vermelho.

A função do dissipador de calor é receber a energia térmica do semicondutor e transmiti-la para o ar. Como o dissipador é sólido, irá transmitir o calor por condução, mas o ar é um fluido, que se aquece por convecção e tem uma densidade bem baixa. Então a área da superfície do dissipador em contato com o ar deve ser a maior possível, e não deve bloquear o fluxo, para que o gás aquecido possa sair dando lugar a mais gás frio.

O calor é transmitido do semicondutor para o dissipador por condução na área de contato entre eles. Quanto maior a área de contato, mais eficiente a transmissão. O ideal seria que tanto o dissipador quanto o semicondutor tivessem superfícies absolutamente planas, de modo que pudesse haver um contato de sólido contra sólido perfeito entre eles e a transmissão se desse apenas por condução. Havendo falhas no contato, ocorrerá a formação de vazios onde a transmissão ocorre pode irradiação. Para evitar os vazios, usa-se a pasta térmica para melhorar a transmissão de calor entre o semicondutor e o dissipador. Quando o montador aplica a pasta e aperta as superfícies uma contra a outra, onde essas forem planas, a pasta será expulsa e haverá contato sólido contra sólido. Onde não for plano, a pasta preencherá a cavidade e permitirá que algum calor seja transmitido por condução.

Entendido este mecanismo, dá para tirar algumas conclusões:

1- Se o semicondutor e o dissipador forem absolutamente planos, o uso da pasta pode até atrapalhar a dissipação. Mas este raramente é o caso.
2- Qualquer coisa é melhor que um vazio entre o semicondutor e o dissipador. Mesmo pasta de dente ou caca de nariz vão dar um resultado melhor que o contato simples entre as superfícies.
3- A pasta térmica é um produto que não perde sua consistência pastosa com o tempo ou com a temperatura. Apesar de cera de ouvido poder dar um bom resultado como acoplador térmico em um primeiro momento, com o passar do tempo ela vai se decompor, derreter ou ressecar e voltam os problemas dos vazios.
4- Atualmente existem adesivos a base de silicone que são melhores que as pastas térmicas tradicionais. Não apenas acoplam as superfícies, como as unem mecanicamente prevenindo o surgimento de vazios por deslocamento do dissipador.

Hoje de manhã eu vi um vídeo de um cara fazendo um gerador funcionar com gás de madeira. Isso não é novidade. Durante a Segunda Gerra, várias empresas venderam kits para adaptar carros para funcionar com gás de carvão, madeira, grama ou qualquer coisa que queime. Funcionava bem por uns meses. Daí as velas começavam a sujar, o motor a entupir com a fuligem, o filtro acomatava e tinha que guinchar o carro pro mecânico.

Em resumo, volto a bater no mesmo ponto, a questão não é se algo funciona, mas por quanto tempo funciona. Você vai encontrar na internet gente fazendo as coisas mais curiosas e vendendo como soluções simples para problemas complicados. Essas coisas fazem o leigo pensar que a indústria está cheia de imbecis, já que um Zé Mané caipira consegue fazer um treco improvisado que funciona tão bem quanto. O problema é que o treco improvisado do Zé Mané funciona pelo tempo que o vídeo dura, e depois morre.

Use pasta térmica.

Eduardo
« Última modificação: 18 de Outubro de 2017, as 15:58:45 por xformer » Registrado

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« Responder #7 : 18 de Outubro de 2017, as 15:19:39 »

Um ponto importante com relação ao uso da pasta térmica é que o componente precisa ser "assentado" sobre o dissipador. A quantidade a ser usada de pasta deve ser mínima, e o componente deve ser pressionado e movido sobre o dissipador com movimentos circulares ou mesmo lineares, até se sentir que as partes metálicas se tocaram. Isso é sentido como uma repentina dificuldade em mover o componente. Nesse ponto, normalmente, a maior parte da pasta sai pelas bordas da aleta do componente. Se o componente se apresentar "dançando" sobre o dissipador ( ou vice-versa, conforme o caso ), é sinal de que há uma camada espessa de pasta na interface de contato, o que naturalmente prejudica a transferência de calor entre as superfície.
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« Responder #8 : 18 de Outubro de 2017, as 15:48:14 »

Exatamente! A pasta deve apenas preencher os vazios de contato entre o componente e o dissipador. Quanto mais contato de sólido com sólido, tanto melhor.

Mandei vir do exterior umas amostras de cola térmica para eu testar. Alexandre, se tiver curiosidade, posso te mandar um pouco dela para compararmos as impressões.
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« Responder #9 : 18 de Outubro de 2017, as 16:07:02 »

Paulo, como eu não vi nenhum dos vídeos que você diz existir e não sei em quais condições os testes foram realizados, se você tem dúvida do que é certo ou quer quebrar algum paradigma, então você deve realizar o experimento e ver com seus próprios olhos e tirar alguma conclusão e depois compartilhar o resultado.
Pegue um transístor de potência e prenda no dissipador sem a pasta e prenda um sensor de temperatura na carcaça do transístor (geralmente se usa um termopar, ligado ao multímetro que pode medir temperatura). Faça uma corrente (coletor-emissor) passar pelo transístor (que seja bem tolerada por ele), regulando a corrente de base. Meça o tempo em que a temperatura atinja um valor que seja tolerado (antes dele queimar, digamos 50°C).  Depois deixe tudo esfriar (voltar à temperatura ambiente), monte o conjunto usando a pasta térmica. Refaça a medição.  Veja qual demorou mais para atingir a mesma temperatura.

Se não quiser usar um transístor, pode usar um regulador 7812 em encapsulamento TO-220 (ou outro regulador de tensão) ligando uma carga na saída dele (ex. um resistor de 15 ohms 20W).
« Última modificação: 18 de Outubro de 2017, as 19:04:38 por xformer » Registrado

O que se escreve com "facilidade" costuma ser lido com dificuldade pelos outros. Se quiser ajuda em alguma coisa, escreva com cuidado e clareza. Releia sua mensagem postada e corrija os erros.
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« Responder #10 : 18 de Outubro de 2017, as 21:59:36 »

Na minha opinião,não usar pasta térmica é quase o mesmo que não usar o dissipador.

Na minha também !

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Use pasta térmica.

Eduardo

Obrigado pela aula Eduardo !
« Última modificação: 18 de Outubro de 2017, as 22:02:42 por bossman » Registrado

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« Responder #11 : 19 de Outubro de 2017, as 10:45:45 »

Foi uma excelente aula sobre o assunto, já que em vídeos simplesmente fazer o teste e dizer nao funcionou e fácil, com essa explicação completa sobre como funciona e ate como passar a pasta e outra coisa.Obrigado a todos.
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« Responder #12 : 19 de Outubro de 2017, as 21:52:26 »

Meu contato inicial com pasta térmica foi na época que eu era "micreiro". Época do falecido Fórum PCs.
Qualquer usuário que pensasse em overclock tinha que usar a melhor pasta térmica existente no mercado.
Era pasta com cobre, com prata, etc.
E INÚMEROS testes demonstrando a eficiência de uma versus a eficiência de outra.
Sim, existiam diferenças, e não eram poucas.
Mas... as diferenças eram sempre mais expressivas quando os processadores eram levados ao extremo. Ai a pasta boa mostrava ao que veio.  Em uso normal, longe dos limites de dissipação, realmente até sem pasta pouca diferença fazia.
Então imagino que esses testes que dizem que a pasta não faz diferença foram feitos nessas condições. Longe de condições extremas.


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Exatamente! A pasta deve apenas preencher os vazios de contato entre o componente e o dissipador. Quanto mais contato de sólido com sólido, tanto melhor.

Mandei vir do exterior umas amostras de cola térmica para eu testar. Alexandre, se tiver curiosidade, posso te mandar um pouco dela para compararmos as impressões.
Eu tenho uma "receita caseira" de cola térmica. Se quiser colocar em comparação com essas que você comprou...
« Última modificação: 19 de Outubro de 2017, as 22:02:04 por kem » Registrado

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« Responder #13 : 20 de Outubro de 2017, as 00:34:38 »

Na minha opinião,não usar pasta térmica é quase o mesmo que não usar o dissipador.

Buenas

Condutividade térmica da pasta térmica comum varia na faixa de 1,4-2,0 W/mK. Já a condutividade térmica do ar é de 0,023 W/mK.
Pastas térmicas de alto desempenho podem ter mais de 9 W/mK de condutividade térmica.
« Última modificação: 20 de Outubro de 2017, as 02:47:20 por marcioulguim » Registrado
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« Responder #14 : 20 de Outubro de 2017, as 12:22:56 »

Eu também sou dessa época do micro computador,foi um pouco antes de eu sair dessa profissão que começou aparecer esses vídeos de teste.
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