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Autor Tópico: Trilhas em 90 ou 45 graus, mitos e verdades  (Lida 14192 vezes)
Dexter
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« : 03 de Agosto de 2018, as 17:23:11 »

Achei interessante o artigo, por isso resolvi compartilhar

https://resources.altium.com/pcb-design-blog/pcb-routing-angle-myths-45-degree-angle-versus-90-degree-angle
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« Responder #1 : 03 de Agosto de 2018, as 18:15:01 »

Minhas preocupações em não desenhar trilhas que dobram a 90° é que elas ficam mais longas (e portanto aumentariam a resistência) e quando são várias trilhas paralelas como a de um barramento de dados, ocupam mais área do que se dobrassem a 45°, espaço este que poderia ser ocupado por componentes. Ou seja, usar ângulos de 45° criam atalhos para a trilha e economizam espaço.
Outra preocupação que já li a respeito, é que o ângulo de 90° na trilha cria uma ponta na trilha cobreada que pode facilitar o descolamento da camada de cobre da placa. 
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« Responder #2 : 03 de Agosto de 2018, as 18:59:32 »

Minhas preocupações em não desenhar trilhas que dobram a 90° é que elas ficam mais longas (e portanto aumentariam a resistência) e quando são várias trilhas paralelas como a de um barramento de dados, ocupam mais área do que se dobrassem a 45°, espaço este que poderia ser ocupado por componentes. Ou seja, usar ângulos de 45° criam atalhos para a trilha e economizam espaço.

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« Responder #3 : 03 de Agosto de 2018, as 19:28:10 »

Outra preocupação que já li a respeito, é que o ângulo de 90° na trilha cria uma ponta na trilha cobreada que pode facilitar o descolamento da camada de cobre da placa. 
Já li comentários sobre isso e acredito que seja verdade. De fato, já descolei diversas trilhas com curvas em 90°. Após ler esse tipo de comentário, passei a usar curvas em 45° e raramente tenho esse problema de descolar trilhas.
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« Responder #4 : 03 de Agosto de 2018, as 21:00:51 »

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Minhas preocupações em não desenhar trilhas que dobram a 90° é que elas ficam mais longas (e portanto aumentariam a resistência) e quando são várias trilhas paralelas como a de um barramento de dados, ocupam mais área do que se dobrassem a 45°, espaço este que poderia ser ocupado por componentes. Ou seja, usar ângulos de 45° criam atalhos para a trilha e economizam espaço.
Outra preocupação que já li a respeito, é que o ângulo de 90° na trilha cria uma ponta na trilha cobreada que pode facilitar o descolamento da camada de cobre da placa. 

Quanto a ocupação de mais área pelas trilhas dobradas a 90º eu concordo, agora quanto ao aumento de resistência, é questionável, porque aumenta de quanto? 0.001 ohms?
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« Responder #5 : 04 de Agosto de 2018, as 04:36:02 »

No caso dos jumpers, já mediram a resistência dos jumpers que usamos? acredito que a resistência deles seria muito maior do que das trilhas, confere?
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« Responder #6 : 04 de Agosto de 2018, as 08:56:02 »

Quanto a ocupação de mais área pelas trilhas dobradas a 90º eu concordo, agora quanto ao aumento de resistência, é questionável, porque aumenta de quanto? 0.001 ohms?

A resistência depende de uma série de fatores: espessura da camada de cobre, largura da trilha, comprimento da trilha, temperatura, pureza do cobre, etc.
Veja no gráfico abaixo quanto é a resistência por mm de comprimento da trilha de acordo com a largura e espessura da camada:


Então, de acordo com o seu valor de 0,001 ohms por mm de comprimento, a trilha poderia ser de 1 onça por pé quadrado (34 microns ou micra ou micrometros) e largura de 0,5mm que é uma trilha típica que nós podemos desenhar.  Se a trilha aumentar em 50mm (5cm) no caminho, serão 50 mili ohms a mais.

Pode parecer pouco para a maioria das aplicações, mas pode ser importante num circuito de instrumentação ou de precisão.  Eu lembro por exemplo, que num sensor de temperatura PT100 (termo resistência de platina que tem 100 ohms a zero grau) e que geralmente é usada com uma ponte de wheatstone, até a pouca resistência dos fios que ligam o sensor deve ser compensada (inclusive existe sensor com 2, 3 ou 4 fios, pra que os braços da ponte tenham compensação). Algumas placas eletrônicas tem trilhas mais estreitas e com comprimento longo, onde pode ser relevante a resistência da trilha.  Tudo depende da aplicação, mas o projetista deve estar ciente do que pode ocorrer.  
« Última modificação: 04 de Agosto de 2018, as 13:49:39 por xformer » Registrado

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« Responder #7 : 04 de Agosto de 2018, as 21:57:01 »

Pelo visto, os aspectos mecânicos da placa justificam o uso de curvas em 45 graus, não os elétricos, certo?
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« Responder #8 : 06 de Outubro de 2021, as 15:55:58 »

Saudades de comentar aqui no fórum... Como a eletrônica é analógica, vou fazer uma analogia: eu sempre penso nas trilhas como ruas e avenidas onde um tráfego de veículos irá fluir. Pense em uma avenida muito movimentada, onde as curvas sejam em 90º. Isso vai atrapalhar o livre fluxo dos automóveis e causar engarrafamentos e batidas. quanto mais você facilitar o fluxo, melhor será o trânsito
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« Responder #9 : 07 de Outubro de 2021, as 01:14:21 »

EU acho em 45 graus mais bonito! (pronto falei)
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« Responder #10 : 07 de Outubro de 2021, as 01:54:35 »

Eu acho legal com curvas. O pessoal fazia assim 50 anos atrás (provavelmente desenhados a mão):





Eu lembro que os primeiros layouts que eu fiz na escola, eram desenhados primeiro com lápis e depois passava para o papel vegetal com os traços feitos a nanquim. Depois eu descobri os decalques com os footprints.  Será que essas trilhas curvas eram feitas com uma régua chamada de "curva francesa" ? Ainda usam isso ?   Cheesy


Se fizer citação desta mensagem, retire as imagens de dentro da citação.
« Última modificação: 25 de Novembro de 2021, as 13:08:53 por xformer » Registrado

O que se escreve com "facilidade" costuma ser lido com dificuldade pelos outros. Se quiser ajuda em alguma coisa, escreva com cuidado e clareza. Releia sua mensagem postada e corrija os erros.
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« Responder #11 : 07 de Outubro de 2021, as 03:35:33 »

Olá, Renato:

Essas curvas eram feitas com uma fitinha preta flexível. Eu cheguei a ter algumas, doação do meu antigo Mestre, mas nunca cheguei a usar pois já usava o EAGLE naquela época. A Filcres em SP ( lembram da Filcres ? Pois é...) tinha todo esse material para desenho de placas.

Aqui na Província nós tínhamos recursos bem mais limitados; existiam os decalques da Tec CI em folhas onde havia ilhas e trilhas retas, o que nos obrigava a fazer as mudanças de direção em 90º ou 45º. Que um dia desapareceram do mercado, quando então eu tive de ir para o EAGLE...

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« Responder #12 : 07 de Outubro de 2021, as 04:20:58 »

Quando eu comecei usava caneta pra cd, mas as placas ficavam feias demais... Depois me ensinaram transferência térmica.

Acho bonitas demais essas placas curvas, não entendo porque são rejeitadas pela indústria. O esforço computacional não me parece proibitivo, frente à economia de ter placas ligeiramente menores. Ainda faço uma placa bem esquizofrênica dessa pra algum trabalho público e vejo o que dá.

Pelo visto, os aspectos mecânicos da placa justificam o uso de curvas em 45 graus, não os elétricos, certo?

Na mosca... Os efeitos elétricos (descasamento de impedância, capacitância parasita, irradiação espúria) só começam a atrapalhar lá pras centenas de Mhz, muito além do limite de uma placa amadora média.
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« Responder #13 : 07 de Outubro de 2021, as 11:22:33 »

Eu acho legal com curvas. O pessoal fazia assim 50 anos atrás (provavelmente desenhados na mão):


Eu lembro que os primeiros layouts que eu fiz na escola, eram desenhados primeiro com lápis e depois passava para o papel vegetal com os traços feitos a nanquim. Depois eu descobri os decalques com os footprints.  Será que essas trilhas curvas eram feitas com uma régua chamada de "curva francesa" ? Ainda usam isso ?   Cheesy


Se fizer citação desta mensagem, retire as imagens de dentro da citação.

Olá.

Saudações, quanto tempo, como vai? espero que esteja bem.

Também compartilho de sua admiração pelas curvas nas trilhas.

Mesmo sem comentar sobre questões referentes à vantagens técnicas dessa arte, a beleza dessas pCBs são incomparáveis.

Para quem se interessar em fugir da limitação dos 45° e 90° nas trilhas impostas pela maioria dos editores de layouts, procurem pelo programa liquid PCB, também o Topor e o Diptrace.

O problema do liquid PCB, apesar dele só trabalhar com trilhas curvas, o que em minha modesta opinião é uma vantagem, é que da última vez que eu vi o programa para fazer download só havia disponível o código fonte, tem que compilar. Eu mesmo não sei fazer isso. Pretendo aprender para usar esse programa.

Abraços.

« Última modificação: 07 de Outubro de 2021, as 14:53:07 por Solenóide » Registrado
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« Responder #14 : 07 de Outubro de 2021, as 15:27:49 »

Essas curvas eram feitas com uma fitinha preta flexível. Eu cheguei a ter algumas, doação do meu antigo Mestre, mas nunca cheguei a usar pois já usava o EAGLE naquela época. A Filcres em SP ( lembram da Filcres ? Pois é...) tinha todo esse material para desenho de placas.

Aqui na Província nós tínhamos recursos bem mais limitados; existiam os decalques da Tec CI em folhas onde havia ilhas e trilhas retas, o que nos obrigava a fazer as mudanças de direção em 90º ou 45º. Que um dia desapareceram do mercado, quando então eu tive de ir para o EAGLE...

Eu me lembro da Filcres, acho que fui lá uma ou duas vezes, e era muito careira. Ela fazia anúncios gigantes na Nova Eletrônica.  Eu tenho uma leve recordação dessas fitinhas, mas eu usava mais os decalques mesmo. Ainda tenho algumas folhas de decalques e uso quando vou fazer alguma plaquinha mais simples.

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Mesmo sem comentar sobre questões referentes à vantagens técnicas dessa arte, a beleza dessas pCBs são incomparáveis.

Para quem se interessar em fugir da limitação dos 45° e 90° nas trilhas impostas pela maioria dos editores de layouts, procurem pelo programa liquid PCB, também o Topor e o Diptrace.

O problema do liquid PCB, apesar dele só trabalhar com trilhas curvas, o que em minha modesta opinião é uma vantagem, é que da última vez que eu vi o programa para fazer download só havia disponível o código fonte, tem que compilar. Eu mesmo não sei fazer isso. Pretendo aprender para usar esse programa.

Eu acho que esses layouts com trilhas curvas tem um pouco mais de obra de arte do que os com linhas retas.  Não conhecia esse programa liquid PCB, vou dar uma pesquisada. O kem chegou a fazer layouts com curvas usando o Sprint.  Eu por um tempo cheguei a fazer layout usando o CorelDraw. Com o Corel, dá pra fazer trilhas curvas usando a ferramenta de curvas Bezier (por isso comentei do gabarito de curvas francesas).


Existem gabaritos da Trident/Desetec para desenhos de eletrônica que por incrível que pareça ainda são fabricados e vendidos:

Esse era meu objeto de desejo.




Esse aqui para layout de PCB.


Se fizer citação desta mensagem, retire as imagens de dentro da citação.
« Última modificação: 07 de Outubro de 2021, as 15:42:10 por xformer » Registrado

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