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Autor Tópico: método rápido de corrosão de placas  (Lida 17284 vezes)
marcao_cfh
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« : 19 de Junho de 2020, as 14:26:27 »

Essa semana, enquanto procurava algumas coisas relacionadas a corrosão de placas, me deparei com um tutorial que prometia corroer uma placa em pouco mais de um minuto, usando uma quantidade minúscula de percloreto. Ao invés do tradicional "submergir a placa no percloreto e agitar o recipiente", o autor do tutorial disse simplesmente encharcar um pedaço de espuma com o percloreto e esfregar na placa, sem aplicar muita pressão. Encharcar novamente e repetir. Parecia bom demais para ser verdade, mas valia a tentativa.

Despejei um pouquinho de percloreto em um recipiente. Bem pouquinho mesmo, o equivalente a uma tampa de garrafa pet. Usando uma dessas esponjas amarelas e verdes, encharquei o lado amarelo e esfreguei em uma placa com layout de dimensões 5cm x 5cm. Para avaliar melhor a velocidade do método, cronometrei o processo. Tempo de corrosão: 3:02.


Tá, a placa está longe de ser complexa e possuia poucas áreas a serem corroídas. Eu precisava corroer uma placa maior, com layout de dimensões 5cm x 15cm (poderia ser um pouquinho maior, comprei a placa como tendo 5cm x 15cm e fiz o layout baseado nessas dimensões, mas não vi que a placa era um pouquinho maior). Tempo de corrosão: 4:53.


Analisando o método, essa diferença no tempo de corrosão faz muito sentido. Durante a corrosão, parte dos resíduos fica depositada na superfície da placa, afetando o processo. O agitar do recipiente faz o percloreto + água se movimentarem, removendo parte dos resíduos para que a corrosão continue, mas a remoção não é tão eficiente assim. Já com a espuma/esponja, os resíduos são completamente removidos, agilizando a corrosão. A quantidade de percloreto usada é mínima, e a perda também é mínima. Só testei nessas duas placas, mas com certeza usarei esse método nas próximas, e quero testar em uma caixa também (assim que as minhas chegarem da China). Vale a pena.
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« Responder #1 : 19 de Junho de 2020, as 17:25:00 »

É sem dúvida bem mais rápido que deixar a placa dentro da solução de percloreto. 
O líquido que é usado na esponja é descartado né ? Acho que assim não contamina o restante do percloreto não usado e mantém o poder de corrosão.
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« Responder #2 : 19 de Junho de 2020, as 17:37:25 »

Bom saber!  Costumava acelerar aquecendo o percloreto em banho maria.  E quando acabou a paciência passei a aquecer usando o soprador térmico (usando máscara e em local ventilado).

Após dar uma breve aquecida na própria placa, põe de molho, breve "xaqualhada, levanta a placa aquece com o soprador e mergulha de novo.  Desta forma não demorava muito.  Mas só vale a pena se for uma ou poucas unidades.

OBS: Se for placa de fibra é mais rápido ainda.
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« Responder #3 : 19 de Junho de 2020, as 17:41:21 »

Muito bom o resultado Marcao.

E o processo de transferência que usou nessas duas das fotos, qual foi?

xformer, acredito que o percloreto possa ser retirado da esponja para outro recipiente e recuperado utilizando o procedimento descrito aqui: https://www.altanatubes.com.br/webstore/?c=313&t=Recuperando-percloreto-de-ferro-usado
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« Responder #4 : 19 de Junho de 2020, as 18:03:18 »

xformer, acredito que o percloreto possa ser retirado da esponja para outro recipiente e recuperado utilizando o procedimento descrito aqui: https://www.altanatubes.com.br/webstore/?c=313&t=Recuperando-percloreto-de-ferro-usado

Eu tenho um método melhor.  Eu dei a garrafa com o percloreto velho para o próprio Eduardo fazer as experiências e ele me deu uma garrafa com percloreto novinho !   Grin
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marcao_cfh
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« Responder #5 : 19 de Junho de 2020, as 19:11:34 »

O líquido que é usado na esponja é descartado né ? Acho que assim não contamina o restante do percloreto não usado e mantém o poder de corrosão.
Eu descartei. Mas é bem pouco mesmo. Usei coisa de meia a uma tampinha de garrafa pet para as duas placas, e certamente daria para corroer mais placas com essa quantidade.

Bom saber!  Costumava acelerar aquecendo o percloreto em banho maria.  E quando acabou a paciência passei a aquecer usando o soprador térmico (usando máscara e em local ventilado).
Fiz o aquecimento em banho maria só uma vez, achei muito trabalhoso Cheesy mas precisei, pois era uma única placa e o meu percloreto estava muito velho e fraco. Não testei com a esponja e percloreto velho, mas o que usei estava bem frio.

E o processo de transferência que usou nessas duas das fotos, qual foi?
Transferência térmica, usando impressão em toner e ferro de passar. Para placas pequenas, obtenho bons resultados com transferência por acetona mas, como eu ja ia usar o ferro em uma, fiz as duas por transferência térmica.
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Matec
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« Responder #6 : 19 de Junho de 2020, as 19:32:12 »

marcao_cfh qual o tipo de máscara você utilizou pra isso? Sei que em toda vez que faço corrosão, a pior coisa é a impressão sair antes de terminar o processo... Batendo Cabeça Batendo Cabeça
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« Responder #7 : 19 de Junho de 2020, as 22:33:05 »

Matec, eu uso só o toner mesmo. Passo bastante o ferro, dou uma exagerada. No caso da acetona, pode ser que em breve eu tenha que fazer outra placa, aí posso tentar fazer um tutorialzinho. Nas experiências que tive, a impressão sai durante a corrosão por não terem se fixado bem durante a transferência (por isso exagero no ferro), pela dificuldade na hora de remover o papel e que pode acabar afetando o toner, ou por demora na corrosão causada por percloreto muito fraco.

Na hora de remover o papel que acho que é a parte mais crucial. Eu percebi que isso depende muito do papel. Tipo, gramatura, marca. Papeis do mesmo tipo e mesma gramatura mas marcas diferentes apresentam dificuldades diferentes. Já usei papel que era só puxar como se fosse um adesivo. Já deixei a placa esfriar um pouco e depois coloquei no congelador para dar um choque térmico, facilitou para alguns papeis mas pode entortar um pouquinho a placa (nada de mais).

O que estou fazendo é deixando a placa esfriar naturalmente (no caso do ferro). Depois, jogo na água e esqueço. Deixo um bom tempo. Daí, com o papel bem encharcado, começo a esfregar os dedos no centro da placa até remover a camada mais externa do papel. Vou esfregando em direção as bordas até remover toda a camada externa. Aí retorno para o centro e repito o processo para remover a camada de papel mais próxima do cobre, tomando o cuidado de deixar a placa secar um pouco para aumentar o atrito entre o dedo e papel mas não secar totalmente a ponto do atrito forçar demais. Vou esfregando os dedos até sentir que a placa está "lisa", ou seja, sem sentir o atrito com o papel.

Aí parto para os espaços entre as trilhas e nos furos. Caso eu vejo que algo está sendo difícil de remover, uso um palito de dente. E não removo totalmente o papel a ponto de ficar aquele toner preto lindo que algumas pessoas usam como silk screen. O meu toner fica esbranquiçado quando seco, resultado de ainda haver resquícios de papel, ou pelo menos uma leve camada de algo contido no papel. Isso acaba servindo como uma máscara extra.

Desse jeito que faço, as partes da impressão que tem que sair acabam saindo na remoção do papel, e eu só refaço/reforço com a caneta. Durante a corrosão, não sai praticamente nada.
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« Responder #8 : 19 de Junho de 2020, as 22:39:53 »

Alguém já tentou eletrólise para "corroer" a placa?
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« Responder #9 : 19 de Junho de 2020, as 22:59:40 »

Deve funcionar. Mas é muito mais difícil que qualquer outro método que já vi, além de ter a pior das resoluções. Eu nem tentaria.
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« Responder #10 : 20 de Junho de 2020, as 01:36:03 »

Legal Marcao. Esse sistema de ir tirando as camadas de papel aos poucos nunca tentei mas parece realmente resolver o problema de arrancar muitas trilhas. Na realidade faz anos que não faço uma placa em casa.

As últimas que precisei fazer foram na China (seeedstudio), na universidade onde tinham uma CNC e depois começaram a montar um lab de prototipagem de PCBs e com um conhecido que fazia placas para protótipos de maneira semi-profissional.
A parte boa era o custo baixo, mas tanto a universidade quanto o conhecido não faziam a metalização dos furos.

Recentemente tudo o que eu montei era possível de ser feito em perfboard, inclusive alguns SMDs utilizando fios para ligar as perninhas dos CIs nos furos da placa.

Fiquei curioso também para ver este processo com acetona, não o conheço.
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Ramsay
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« Responder #11 : 20 de Junho de 2020, as 05:27:37 »

Já eu aqui utilizo aquele papel que serve de base para etiquetas e quanto ao ferro de passar (GE antigo) eu não pressiono e deixo apenas o peso do ferro de passar fazer a operação.
E fica quase perfeito!!
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« Responder #12 : 20 de Junho de 2020, as 16:45:04 »

Alguém já tentou eletrólise para "corroer" a placa?

Como seria este método Taciano ?
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« Responder #13 : 20 de Junho de 2020, as 16:59:59 »

Algo nessa linha: https://www.youtube.com/watch?v=AaXHotcy1L0
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« Responder #14 : 20 de Junho de 2020, as 18:53:57 »

Vendo este video o YT me recomendou outro que achei impressionante, especialmente pelo fato do cara fazer o processo inteiro com uma mão enquanto filmava com a outra  Shocked

https://www.youtube.com/watch?v=cVhSCEPINpM
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