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Autor Tópico: Fonte de Alta Tensão Ajustável Valvulada  (Lida 69296 vezes)
raphaelCoelho
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« Responder #105 : 29 de Dezembro de 2020, as 07:13:15 »

Ao ver a foto da lâmpada com o isqueiro, eu juro que pensei que ele tinha posto fogo na lâmpada com o isqueiro para medir a resistência a quente ...   Cheesy

Mas dai sim, baita idéia  Cheesy Grin

Coloquei o isqueiro pra dar uma idéia do tamanho, já que não tinha uma moeda por perto...

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Na verdade, não precisa ser exatamente essa ou ter uma especificação exata, pois você pode ajustar o início da oscilação alterando o resistor de 150 ohms e ajustando no trimpot de 1 kohms. De preferência que a lâmpada seja de pouca potência, para que a resistência da lâmpada sofra alteração significativa com as baixas tensões do sinal do gerador.  Mas eu já fiz esse tipo de oscilador com uma lâmpada de 130 V e válvulas no lugar do amplificador operacional, que está em outra postagem do meu Blog.

Xformer, o capacitor de saída de 10uF, tu usou poliester ou eletrolítico não polarizado?
« Última modificação: 29 de Dezembro de 2020, as 22:38:59 por raphaelCoelho » Registrado

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« Responder #106 : 29 de Dezembro de 2020, as 23:53:13 »

Eu acho que usei eletrolítico não polarizado. Eu tinha um saquinho de capacitores de 10 uF NP.   Mas pode usar de 1 uF de poliéster também, para 1 kHz dificilmente vai dar problema com a formação de um filtro desse capacitor com a resistência de entrada do seu aparelho testador de válvulas.
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« Responder #107 : 30 de Dezembro de 2020, as 01:35:30 »

Eu acho que usei eletrolítico não polarizado. Eu tinha um saquinho de capacitores de 10 uF NP.   Mas pode usar de 1 uF de poliéster também, para 1 kHz dificilmente vai dar problema com a formação de um filtro desse capacitor com a resistência de entrada do seu aparelho testador de válvulas.

Pensei isso também, por isso ja peguei um de 1uF poliester junto com o de 10uF NP. Por mais incrivel que pareça, tinha esse poliester de 1uF por 50V na eletrônica da cidade, geralmente pra valores altos de capacitância em poliester eles tem 250V e 400V, ai ficam grandes.
Terminei agora de desenhar uma placa pra montar o protótipo, já inclui os retificadores para os medidores, o circuito que retifica e regula a tensão negativa para a grade e a retificação HT. Tentei deixar todas as conexões e trilhas AC longe dos circuitos que serão conectados na grade, tentar evitar ao máximo qualquer ruído que possa ser captado nessa parte do circuito.
Aliás, lendo aquele fórum do Sussex, que comentei sobre os vários usuários que tiveram oscilações e erros de medidas com válvulas de alta trascondutância e corrente, um usuário sugeriu um arranjo que é usado em alguns testadores, que é o uso de um resistor (100R) em série com um capacitor (270pF) ligado dos pinos G1, screen e placa ao terra. Conectar direto dos pinos do soquete ao terra. Para alguns resolveu. Vou testar esse arranjo, já que os ferrites bead devem demorar a chegar.
Na imagem abaixo está o exemplo que ele deu, neste caso, ele usa o arranjo em todos os pinos, pois os pinos são chaveados, o que não é meu caso, já que os pinos serão fixos.



Este testador é um philips e na postagem 499 no link abaixo, tem o link para download do documento.

https://www.vintage-radio.net/forum/showthread.php?t=48853&page=25

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Bom, montei o circuito. Funcionou de primeira. Até 1VRMS a onda é mais "redonda", a frequência varia muito pouco e a tensão fica fixa. Abaixo de 1VRMS começa a oscilar um pouco a frequência e as vezes a tensão. Bem dificil conseguir uma onda de 200mV. Também dá pra perceber que a onda fica deslocada, mas os resistores de 10K usados para fazer a alimentação simétricas não são idênticos, deu uma pequena diferença entre as tensões positiva e negativa.



Nesta primeira foto da pra ver a forma de onda quando a tensão é de 200mVRMS.



Nesta segunda foto, já mostra uma senoide bem mais normal.

No trimpot de ajuste da onda, quase todo curso fica na parte distorcida da senoide. O trimpot de amplitude, cai muito fácil de 200/300mV pra 10/20mV. Vou trocar eles para valores mais "utilizáveis".
De toda forma, não tenho certeza se o circuito vai servir para o que preciso. A variação de frequência que ele apresenta não seria problema, mas a variação na amplitude pode ser problemático. Amanhã vejo como vai ser para ajustar o circuito com os novos trimpots.

Uma observação: consegui 15/16V RMS na saída, usando uma alimentação de 8.94Vdc (aproximadamente + ou - 4.5Vdc), consigo até 27V RMS, mas ai a forma de onda é praticamente quadrada.


« Última modificação: 30 de Dezembro de 2020, as 08:31:24 por raphaelCoelho » Registrado

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« Responder #108 : 30 de Dezembro de 2020, as 13:15:35 »

Algumas coisas não fazem muito sentido nas suas medições.

Primeiro que alimentando com 9 Vdc (bateria de 9V ?) você nunca vai conseguir obter 27 Vrms. Veja se não está configurando o osciloscópio de forma errada (ponta de prova em x1 e osciloscópio em x10 ou vice e versa).

Segundo: a resolução da amostragem do osciloscópio é muito ruim para fazer medições de baixa amplitude. Veja que na primeira medição você tem só 5 degraus para cada 200 mV, ou seja a resolução é de 40 mV. É muito ruim. Até no conversor A/D de um PIC, com 10 bits de resolução e referência de 5 Vdc eu consigo 4,88 mV em cada degrau.   No seu caso significa que se você for medir um sinal de 80 mV de pico, o osciloscópio vai medir 80 mV de pico. Se o sinal tiver 100 mV de pico reais, o osciloscópio também vai medir 80 mV de pico, se tiver 110 mV de pico, o osciloscópio também vai medir 80 mV de pico,  isso se a frequência de amostragem for bem mais alta do que a frequência do sinal. Se a amostragem tiver baixa frequência é capaz de ele nem pegar e amostrar o pico do sinal, e aí vai medir a menos também.

Terceiro, o oscilador gera um sinal de amplitude fixa e estável. A lâmpada funciona como um controle automático de ganho. Essa amplitude fixa é também a máxima, e você consegue obter um sinal menor através do potenciômetro de amplitude que nada mais é do que um divisor de tensão que pega o sinal máximo e entrega uma fração para o buffer de ganho 1. Então não tem sentido dizer que em 100 mVrms a amplitude não fica estável. Provavelmente a flutuação é por causa da baixa resolução de amostragem do osciloscópio.

Quarto: se o sinal é pego após o capacitor de acoplamento, não deveria haver offset DC e o sinal senoidal deveria estar centrado no 0 V.

Você pode alimentar o oscilador com mais tensão. Eu usei 9 V pra que pudesse ser alimentado com bateria e assim ser portátil. Mas essa alimentação está muito perto do limite aceitável pelo TL072 pra funcionar direito. Tente usar com 12 Vdc ou outra tensão maior estável e regulada que houver disponível no circuito (desde que não passe do limite do TL072).

Se eu entendi direito o propósito para o oscilador que é medir transcondutância (quanto varia a corrente conduzida pela válvula ao se variar a tensão na grade, em determinado ponto de polarização) é importante que o sinal seja de baixa distorção, para que o voltímetro AC que vai medir a tensão no resistor sensor de corrente faça a medição correta do sinal senoidal. O ajuste no ramo de realimentação deve ser feito para que o oscilador consiga iniciar a oscilação e que o sinal não tenha distorção (clipping por exemplo). Além disso, certifique-se que o seu medidor possa medir sinais de frequência de 1 kHz e que não tenha erro ao medir sinais baixos em AC (meu multímetro baratinho com o ICL7106 nunca iria medir essa tensão). No caso de a frequência ser muito alta para o medidor, seria necessário diminuir a frequência do oscilador.
« Última modificação: 30 de Dezembro de 2020, as 17:27:13 por xformer » Registrado

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« Responder #109 : 30 de Dezembro de 2020, as 21:19:20 »

Algumas coisas não fazem muito sentido nas suas medições.

Primeiro que alimentando com 9 Vdc (bateria de 9V ?) você nunca vai conseguir obter 27 Vrms. Veja se não está configurando o osciloscópio de forma errada (ponta de prova em x1 e osciloscópio em x10 ou vice e versa).


Pois essa foi a primeira coisa que eu pensei... Mas a ponteira e o osciloscópio estavam para 10x.
Esse osciloscópio é um hantek, daqueles usb. Infelizmente o meu osciloscópio antigo queimou o display


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Segundo: a resolução da amostragem do osciloscópio é muito ruim para fazer medições de baixa amplitude. Veja que na primeira medição você tem só 5 degraus para cada 200 mV, ou seja a resolução é de 40 mV. É muito ruim. Até no conversor A/D de um PIC, com 10 bits de resolução e referência de 5 Vdc eu consigo 4,88 mV em cada degrau.   No seu caso significa que se você for medir um sinal de 80 mV de pico, o osciloscópio vai medir 80 mV de pico. Se o sinal tiver 100 mV de pico reais, o osciloscópio também vai medir 80 mV de pico, se tiver 110 mV de pico, o osciloscópio também vai medir 80 mV de pico,  isso se a frequência de amostragem for bem mais alta do que a frequência do sinal. Se a amostragem tiver baixa frequência é capaz de ele nem pegar e amostrar o pico do sinal, e aí vai medir a menos também.


Poisé, pode ser alguma barbeiragem na configuração do osciloscópio, abaixo uma foto quando eu tava ajustando o oscilador do sussex, em 95mV, feito com esse hantek:




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Terceiro, o oscilador gera um sinal de amplitude fixa e estável. A lâmpada funciona como um controle automático de ganho. Essa amplitude fixa é também a máxima, e você consegue obter um sinal menor através do potenciômetro de amplitude que nada mais é do que um divisor de tensão que pega o sinal máximo e entrega uma fração para o buffer de ganho 1. Então não tem sentido dizer que em 100 mVrms a amplitude não fica estável. Provavelmente a flutuação é por causa da baixa resolução de amostragem do osciloscópio.

Quarto: se o sinal é pego após o capacitor de acoplamento, não deveria haver offset DC e o sinal senoidal deveria estar centrado no 0 V.

Você pode alimentar o oscilador com mais tensão. Eu usei 9 V pra que pudesse ser alimentado com bateria e assim ser portátil. Mas essa alimentação está muito perto do limite aceitável pelo TL072 pra funcionar direito. Tente usar com 12 Vdc ou outra tensão maior estável e regulada que houver disponível no circuito (desde que não passe do limite do TL072).

Se eu entendi direito o propósito para o oscilador que é medir transcondutância (quanto varia a corrente conduzida pela válvula ao se variar a tensão na grade, em determinado ponto de polarização) é importante que o sinal seja de baixa distorção, para que o voltímetro AC que vai medir a tensão no resistor sensor de corrente faça a medição correta do sinal senoidal. O ajuste no ramo de realimentação deve ser feito para que o oscilador consiga iniciar a oscilação e que o sinal não tenha distorção (clipping por exemplo). Além disso, certifique-se que o seu medidor possa medir sinais de frequência de 1 kHz e que não tenha erro ao medir sinais baixos em AC (meu multímetro baratinho com o ICL7106 nunca iria medir essa tensão). No caso de a frequência ser muito alta para o medidor, seria necessário diminuir a frequência do oscilador.

Exatamente. Vou tentar estas alterações, primeiro na alimentação mesmo.
O medidor a ser usado é próprio pra isso, 200mVac, são bons e baratos, os mesmos usados nos kits DaPia do testador.
Ele mede bem em 1KHz, mas baixar a frequência é algo que já está anotado na hora que for montar o circuito todo, e ai ver o comportamento com uma frequência mais baixa.
Assim que tiver alguma novidade, trago aqui.
Obrigado Xformer!
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« Responder #110 : 31 de Dezembro de 2020, as 00:21:44 »

Já que o medidor é para 200 mVac, experimente então medir a saída do oscilador ajustado para 100 mVrms com ele e comparar com a medição do osciloscópio USB. Assim tira a dúvida.

Se tiver um multímetro bom para medir tensão AC e que aceite sinal de 1 kHz, meça com ele também.

O ideal nessas horas é ter um milivoltímetro AC de larga resposta de frequência (por exemplo até 1 MHz) pra medir sinais de áudio.

Olhando para essa última foto, dá pra perceber que mesmo com o osciloscópio ajustado para 50 mV por divisão da escala, a "escadinha com degraus" não aparece tanto como a que apareceu na medição quando estava em 200 mV por quadradinho (que deveria ter degraus menores que em 50 mV por divisão). Tem coisa estranha mesmo quando você fez a medição. 
« Última modificação: 31 de Dezembro de 2020, as 00:28:56 por xformer » Registrado

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« Responder #111 : 31 de Dezembro de 2020, as 01:27:56 »

Já que o medidor é para 200 mVac, experimente então medir a saída do oscilador ajustado para 100 mVrms com ele e comparar com a medição do osciloscópio USB. Assim tira a dúvida.

Se tiver um multímetro bom para medir tensão AC e que aceite sinal de 1 kHz, meça com ele também.

O ideal nessas horas é ter um milivoltímetro AC de larga resposta de frequência (por exemplo até 1 MHz) pra medir sinais de áudio.

Olhando para essa última foto, dá pra perceber que mesmo com o osciloscópio ajustado para 50 mV por divisão da escala, a "escadinha com degraus" não aparece tanto como a que apareceu na medição quando estava em 200 mV por quadradinho (que deveria ter degraus menores que em 50 mV por divisão). Tem coisa estranha mesmo quando você fez a medição.  

Vou fazer isso mais tarde. Comprei uns trimpots multivoltas pro ajuste ser menos "brusco". Vou testar com o medidor e com o multimetro. Eu tenho um multimetro bom, mas ele tem 17 anos de uso, deve estar ao menos um pouco descalibrado. Ja por este motivo (calibrar o testador) comprei um multimetro novo no meio do ano, true RMS, ai vou conferir com ele também.
Eu to desconfiado da porta usb do meu PC onde conectei o hantek, hoje vou testar isso também, e conferir com o oscilador da última foto. Depois que fizer essas medidas posto os resultados aqui.
Obrigado Xformer.


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Xformer, sem alterar absolutamente nada, antes de trocar qualquer componente, liguei o oscilador no osciloscópio e funcionou. Ai por via das duvidas ressoldei a placa e o oscilador está ligado a mais de uma hora com uma forma de onda sem os "degraus" e com a amplitude estável.
O sussex usa um oscilador de deslocamento de fase, com 2 transistores. É muito bom, mas tem um problema (que não fui só eu, mas vários usuários relataram): ele é muito sensivel a temperatura, muda a amplitude conforme aquece/esfria. Por esse motivo resolvi tentar algum outro oscilador, e neste, soprei um ar quente e ele não alterou.
Aqui no sul, é oito ou oitenta entre inverno e verão, e não dá pra ficar ajustando toda hora. Qualquer diferença nessa amplitude vai levar um erro na medida da transcondutância e num instrumento de medidas, erro é tudo que não se quer.
O circuito oscilador que vai pro projeto final, vai ser essa ponte de Wien.
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« Responder #112 : 31 de Dezembro de 2020, as 22:24:41 »

Aqui no sul, é oito ou oitenta entre inverno e verão, e não dá pra ficar ajustando toda hora.

Num dia trinta, no outro, três.

Como pegar dor de garganta no RS: dormir destapado em noite quente. No meio da noite, a temperatura inventa de mudar e...
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« Responder #113 : 01 de Janeiro de 2021, as 00:41:34 »

O circuito oscilador que vai pro projeto final, vai ser essa ponte de Wien.
Obrigado!

Você tem de agradecer a um engenheiro norte americano de nome William Hewlett, que na década de 30 do século passado, usou essa ideia da lâmpada como estabilizadora da tensão na sua tese de mestrado e depois com seu sócio David Packard decidiram fabricar instrumentos geradores de áudio usando esse oscilador por ponte de Wien com a lâmpada, na garagem da casa de um deles na cidade de Palo Alto na Califórnia (https://en.wikipedia.org/wiki/HP_Garage). Os primeiros aparelhos foram vendidos para os estúdios Disney, que precisava dos geradores de áudio para testar os equipamentos de som usados para o desenho animado Fantasia (aquele do Mickey como aprendiz de feiticeiro). O gerador de áudio foi o primeiro produto, o HP200, de uma empresa conhecida como Hewlett Packard (HP) reconhecida  pela excelência dos seus instrumentos de medição e teste.  

Sobre a medição de transcondutância desse testador, caso ainda ocorra algum problema em se obter o sinal de 100 mVrms estável, veja que é possível usar outro nível de sinal, desde que haja uma modificação no resistor sensor de corrente AC de 10 ohms (que vai ser monitorado pelo voltímetro AC).  Por exemplo, caso uma válvula tenha gm (transcondutância) de 10 mA/V na tensão de placa do testador e no ponto de polarização, ao injetar 100 mVrms, a corrente em tese iria ser de 1 mArms (0,1 V x 10 mA/V) que ao passar pelo resistor resultaria numa tensão de 10 mV e cujo valor seria indicado no voltímetro como o valor da transcondutância.  Mas se você fornecer um sinal de 1 Vrms para o testador e trocar o resistor sensor de corrente por um de 1 ohm, você em tese obtém o mesmo valor de 10 mV no voltímetro (agora 1 V x 10 mA/V x 1 ohm = 10 mV).  A ressalva é que o ideal é que o trecho da curva de transferência da válvula usado para essa medição, seja o menor possível para que excursione pela curva como se fosse um pequeno segmento de reta e não um pedaço grande da curva (que causaria distorção e uma medição errônea). Talvez por isso foi escolhido uma amplitude pequena de tensão do oscilador e não um valor maior. Mas fica a dica em caso de persistência de problema em 100 mVrms.

« Última modificação: 01 de Janeiro de 2021, as 00:45:46 por xformer » Registrado

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« Responder #114 : 01 de Janeiro de 2021, as 00:45:50 »

O circuito oscilador que vai pro projeto final, vai ser essa ponte de Wien.
Obrigado!

Você tem de agradecer a um engenheiro norte americano de nome William Hewlett, que na década de 30 do século passado, usou essa ideia da lâmpada como estabilizadora da tensão na sua tese de mestrado e depois com seu sócio David Packard decidiram fabricar instrumentos geradores de áudio usando esse oscilador por ponte de Wien com a lâmpada, na garagem da casa de um deles na cidade de Palo Alto na Califórnia. Os primeiros aparelhos foram vendidos para os estúdios Disney, que precisava dos geradores de áudio para testar os equipamentos de som usados para o desenho animado Fantasia (aquele do Mickey como aprendiz de feiticeiro). O gerador de áudio foi o primeiro produto, o HP200, de uma empresa conhecida como Hewlett Packard (HP) reconhecida  pela excelência dos seus instrumentos de medição e teste.  


Sim, eu li todo texto do teu artigo no blog. Muito legal o começo da HP. Meu agradecimento a ti Xformer, foi pela ajuda em si, pela disposição! Novamente, muito obrigado!

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O circuito oscilador que vai pro projeto final, vai ser essa ponte de Wien.
Obrigado!

Sobre a medição de transcondutância desse testador, caso ainda ocorra algum problema em se obter o sinal de 100 mVrms estável, veja que é possível usar outro nível de sinal, desde que haja uma modificação no resistor sensor de corrente AC de 10 ohms (que vai ser monitorado pelo voltímetro AC).  Por exemplo, caso uma válvula tenha gm (transcondutância) de 10 mA/V na tensão de placa do testador e no ponto de polarização, ao injetar 100 mVrms, a corrente em tese iria ser de 1 mArms (0,1 V x 10 mA/V) que ao passar pelo resistor resultaria numa tensão de 10 mV e cujo valor seria indicado no voltímetro como o valor da transcondutância.  Mas se você fornecer um sinal de 1 Vrms para o testador e trocar o resistor sensor de corrente por um de 1 ohm, você em tese obtém o mesmo valor de 10 mV no voltímetro (agora 1 V x 10 mA/V x 1 ohm = 10 mV).  A ressalva é que o ideal é que o trecho da curva de transferência da válvula usado para essa medição, seja o menor possível para que excursione pela curva como se fosse um pequeno segmento de reta e não um pedaço grande da curva (que causaria distorção e uma medição errônea). Talvez por isso foi escolhido uma amplitude pequena de tensão do oscilador e não um valor maior. Mas fica a dica em caso de persistência de problema em 100 mVrms.



Foi exatamente 100mV que o Mike (criador original do sussex) usou. Exatamente na configuração que tu explanou na mensagem acima, e a grande sacada é poder ler no medidor o valor exato da transcondutância, sem precisar nenhuma conversão.
Mas tem alguns pontos sobre usar 100mV, além da estabilidade da senóide numa tensão baixa, uma pequena diferença pode mostrar um erro maior. Sobre usar um valor maior, 1V por exemplo, além do que que tu já explicou, tem a função de usar um resistor de valor mais baixo, 1 ohm, que não é simples de medir e qualquer cabo mais comprido já altera significamente a medida. Claro que com cuidado se contorna, mas se posso usar 5 ohms, melhor (além de menor chance de erro na medida pela resistência ser maior, tenho maior estabilidade na forma de onda em 200mV)
Eu fiz vários testes comparativos aqui, usando um gerador de funções e entre 100mV e 200mV de amplitude na senóide (alterando o shunt de 10 para 5 ohms) não percebi nenhuma alteração no valor mostrado pelo medidor (e também pelo multimetro e osciloscópio). A diferença vai ser mesmo um resistor a mais de 10 ohms em paralelo.
Os componentes estão em trânsito, espero até fevereiro já ter o protótipo pronto! (Sendo bem otimista).
« Última modificação: 01 de Janeiro de 2021, as 00:57:56 por raphaelCoelho » Registrado

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« Responder #115 : 01 de Janeiro de 2021, as 01:01:29 »

Como eu estou curioso pra ver isso funcionar, espero que dê tudo certo e por isso a minha ajuda no que der pra ajudar.   Palmas
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« Responder #116 : 01 de Janeiro de 2021, as 05:41:40 »

Como eu estou curioso pra ver isso funcionar, espero que dê tudo certo e por isso a minha ajuda no que der pra ajudar.   Palmas

Eu também estou curioso com o resultado final  Cheesy
Agora é esperar o material chegar e montar!!
Obrigado Xformer!
Feliz 2021 a todos do fórum 
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« Responder #117 : 04 de Janeiro de 2021, as 03:35:03 »

Bom, depois de vários testes, acho que não vou poder usar nenhum dos dois osciladores. Tanto o por desvio de fase como a ponte de Wien, após alguns minutos ligados, alteram a amplitude. Alteram pouco, testei algumas vezes, alteram entre 5 e 12 mVRMS. Depois de 2 ou 3 minutos ligados a amplitude começa a baixar.
Eu tenho 2 CI's XR2206 que comprei muitos anos atrás, um deles fiz meu projeto de tcc na engenharia, que era um gerador de funções com o controle e frequêncimetro micro controlado. Os cis são originais e funcionam bem.
Fui ler o datasheet e tem algumas coisas interessantes, uma delas é um gráfico que relaciona o valor do resistor R3 (que é o resistor variável responsável pelo ajuste da amplitude) com a estabilidade da frequência, a outra, é essa citação de rodapé na página 4 do datasheet da Exar:

For maximum amplitude stability, R3 should be a positive temperature coefficient resistor.
Bold face parameters are covered by production test and guaranteed over operating temperature range.

Ele sugere que o coeficiente de temperatura TRC do resistor/trimpot seja, tipicamente, 4800ppm/°C.

Trocando em miudos, dentro da faixa nominal de temperatura, o resistor não deve variar, por ohm, mais que 0,004800 ohms por °C.

Fiz uma pesquisa, e a grande maioria dos trimpots tem um TRC de 100ppm/°C, ou seja, variam MENOS do que o informado no datasheet. Muito menos.

Se eu entendi direito (apesar de ter dúvidas que o 4800ppm/°C seja referente ao R3) acredito que usando um trimpot em que o coeficiente de temperatura varie menos, não terei problemas de estabilidade.

Ainda, depois dessa pesquisa parece algo comum essas pequenas variações de amplitude e frequência em osciladores com a variação da temperatura.

Vou ver de implementar o oscilador com o XR2206 e depois comento os resultados.

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« Responder #118 : 04 de Janeiro de 2021, as 15:12:17 »

A amplitude de saída do XR2206 para onda senoidal é de 60 mVpico para cada 1 kohm de R3. O valor de R3 então ajusta o nível de saída, e portanto a saída é dependente do valor de R3, de forma que se R3 aumentar, o sinal de saída aumenta.
Na datasheet mais nova, informa que a estabilidade da amplitude é de 4800 ppm/°C ou seja 0,48% por grau Celsius. Só que é um coeficiente negativo (num manual antigo da Exar, está indicado -4800 ppm/°C).  Assim, se a temperatura aumentar em 20°C, a amplitude vai cair de 9,6%.  Por isso o valor de R3 precisa aumentar de 0,48%/°C para compensar a queda de amplitude por aquecimento no ci.
Se você usar um R3 com coeficiente positivo de apenas 100 ppm/°C, vai faltar 4700 ppm/°C e a variação continuará grande (0,47%/°C). No caso da temperatura variar +20°C, será 9,4% a menos na amplitude, o que cai no mesmo problema dos outros osciladores (-9,4 mVrms em +20°C se estivesse ajustado para 100 mVrms).
Conforme a datasheet, o R3 precisa ser um termistor PTC com aquele coeficiente de temperatura informado (caso o PTC tenha um coeficiente maior, pode colocar um resistor ou o trimpot de 100 ppm/°C em série para fazer um coeficiente ponderado mais perto de 4800 ppm/°C).

Esse é um problema natural de estabilidade térmica dos semicondutores. Talvez a solução mais simples seja implementar uma chave dupla (DPDT) no milivoltímetro AC de forma a poder medir na hora, o nível de sinal do oscilador e poder ajustar para 100 mVrms  (após deixar aquecer) e em seguida comutar a chave para a medição da transcondutância.
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« Responder #119 : 04 de Janeiro de 2021, as 17:21:19 »

Mais fácil ainda é usar os recursos do 7106; a famosa leitura "ratiométrica" ( na falta de uma expressão melhor... ) onde leitura = 1000 * Vin/Vref. Faça Vin o valor da corrente de placa  e Vref o valor da tensão de grade e o 7106 vai te dar a transcondutância diretamente. Simples assim.

Claro; é preciso converter os valores alternados para DC, bem entendido...converte em DC o pico-a-pico que o 7106 vai calcular certinho gm = delta Ip / delta Vg.
« Última modificação: 04 de Janeiro de 2021, as 17:34:57 por A.Sim » Registrado

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