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Autor Tópico: Trilha do polo negativo cheia ou somente trilha?  (Lida 8379 vezes)
Aeromodelista
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« : 15 de Março de 2017, as 12:31:21 »

Pessoal bom dia!
Pude perceber que algumas placas são feitas com o polo negativo totalmente cheio e outras tem somente trilhas finas como o polo positivo, realmente existe uma função para isso ou é só questão de estética?
Fiz algumas mas não notei diferença no final do projeto, só que nenhuma delas era para pedal ou seja com áudio isso tem influência?
Muito obrigado e um abraço a todos.
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EddieTavares
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« Responder #1 : 15 de Março de 2017, as 13:33:20 »

Há duas vertentes (chiitas) sobre o assunto, uns são os economistas, os que querem economizar percloreto, já que, quanto menos você corrói a placa, mais o seu percloreto deve durar, pra quem corrói todos os dias a economia vale a pena, entretanto o percloreto degrada com o tempo, mesmo que ele não seja usado.

O outro grupo é dos capacitivo-parasitários, estes atribuem o fato de que se uma tilha metálica corre paralelamente a outra trilha (isso também vale para o negativo "cheio") haverá acoplamento capacitivo, o que é verdade e deve ser avaliado caso a caso, ex.: circuitos de alto ganho como transmissão de vídeo e dados devem ser muito bem projetados e estas capacitâncias parasitas podem sim comprometer o resultado.

Na maioria dos circuitos que vemos por aqui não haverá diferença se a placa for desenvolvida deste ou daquele modo, há exceções como circuitos que tem osciladores como phasers, chorus, bem como circuitos digitais como delays... Como disse, cada caso é um caso, mesmo assim, não leve isso tão a sério.
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« Responder #2 : 15 de Março de 2017, as 13:45:41 »

Como o Eddie comentou, eu sou da primeira vertente (economiza Percloreto, mas gasta mais toner ou tinta da caneta). Na verdade, pra quem desenha o layout, facilita bastante pois o "terra" está sempre à mão e na maioria das vezes não precisa ficar traçando ou roteando uma trilha pra ligar um ponto ao terra. Ao traçar uma trilha, o software apenas vai abrindo caminho e criando uma separação (clearance), mantendo o entorno da trilha com cobre.

Quanto à capacitância parasita, eu acho que se a placa for de face simples, não haverá muito problema, pois não haverá a formação de duas superfícies paralelas que caracterizariam o capacitor parasita.
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Aeromodelista
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« Responder #3 : 15 de Março de 2017, as 14:49:24 »

Muito obrigado pessoal, já estava começando a encucar.
Valeu!
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viagem_mental
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« Responder #4 : 15 de Março de 2017, as 15:14:44 »

Tenho usado a malha de terra em todos meus layouts. Realmente facilita bastante na hora de desenhar a placa e facilita na hora da corrosão. Em termos de som, tenho a impressão de que meus pedais captam menos ruídos. Já fiz projetos com ganho alto, como o Okko Diablo, que ficaram sem ruído.
Essa questão da placa dupla face me intrigou. Será que a fenolite ou a fibra de vidro funcionam como dielétricos, potencializando o efeito capacitivo?
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« Responder #5 : 15 de Março de 2017, as 17:49:39 »

Olá pessoal,

xformer, eu acho que as placas de face simples podem haver problemas sim, visto que duas trilhas paralelas podem ser dois fios, ou "linhas" paralelas de cargas, formando assim uma capacitância entre elas. Só não sei se isso seria um problema grande em pedais de áudio, mas em outras aplicações acho que poderia ter influência no resultado sim.

Vou ser mais um a puxar sardinha quanto a malha de terra, como já foi dito realmente facilita e muito na hora de fazer os layouts, além de que ajuda a reduzir os ruídos.
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« Responder #6 : 15 de Março de 2017, as 19:48:15 »

xformer, eu acho que as placas de face simples podem haver problemas sim, visto que duas trilhas paralelas podem ser dois fios, ou "linhas" paralelas de cargas, formando assim uma capacitância entre elas. Só não sei se isso seria um problema grande em pedais de áudio, mas em outras aplicações acho que poderia ter influência no resultado sim.

Não vai ser problema em pedais, Gabriel.  A capacitância entre duas trilhas paralelas na mesma face vai ser tão insignificante que não influenciará o circuito. O que importa mais para o valor da capacitância é a superfície de um condutor voltado para a superfície de outro condutor, a distância entre elas e o que tiver no meio (o dielétrico). No caso das trilhas paralelas na mesma face, como a espessura do cobre é muito fina (70 microns = 0,07 mm) a área da superfície (da lateral, não na face) de cada trilha é insignificante.

Por exemplo: duas trilhas de 20cm paralelas, com distância de 1mm entre elas teria uma capacitância de:

C = 0,8859 x epsilon x s x (n - 1) / (10 x d)

onde:
C = capacitância em pico farads
epsilon = constante dielétrica  (do ar = 1)
s = superfície em cm2
n = número de superfícies
d = distância entre as superfícies em cm

Então:  C = 0,8859 x 1 x (20 x 0,007) x (2 -1) / (10 x 0,1) = 0,124 pF  que é um valor muito baixo.

Por curiosidade, eu tenho uma placa virgem de fenolite dupla face, de 11,5cm x 15,5cm (178cm2), espessura de 1,6mm. Medi a capacitância das placas, e num medidor deu 640pF e em outro 740pF.

Pela fórmula a constante dielétrica da fenolite da minha placa seria entre 6,5 e 7,5  (fabricantes especificam entre 4,5 e 5)

Outras constantes de outros materiais:
água destilada = 81
ar = 1
borracha = 2,4 a 2,9 (vulcanizada)
baquelite = 4,5 a 7
fórmica = 5 a 6
madeira = 2 a 2,4
mica = 2,5 a 8
papel impregnado = 3,5
papel seco = 1,5
parafina = 2 a 2,5
poliestireno = 2,2
vidro = 10
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« Responder #7 : 16 de Maio de 2019, as 13:49:01 »

Prezados,

Estive pensando agora sobre esta questão, este preenchimento da placa pode em algum momento provocar algum loop de terra prejudicial?

Sempre fiz o preenchimento nos meus leiautes por praticidade de não precisar traçar os GNDs do circuito, mas como a maioria das placas que montei (com meu desenho) eram para força e não possuíam sinais percorrendo elas, não sei dizer na prática...
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« Responder #8 : 16 de Maio de 2019, as 15:29:52 »

O fato, é que o preenchimento contínuo não é muito boa prática.
Especialmente aqueles que acabam se tornando um anel em torno do circuito.

Para pedais, talvez não seja muito prejudicial. A corrente envolvida costuma ser muito baixa. Mesmo assim, circuitos com ganho muito alto, já começam a dar problemas, seja por loops de terra, ou por mal traçado das trilhas.

No entanto, seria bom sempre executar os layouts procurando evitar qualquer possível ponto crítico. Assim, quando for criar um layout para equipamentos que trabalhem com maiores correntes (amplificadores, fontes, etc), as técnicas já estarão mais apuradas.

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« Responder #9 : 16 de Maio de 2019, as 17:14:23 »

Um artigo sobre isso:

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« Última modificação: 16 de Maio de 2019, as 17:16:07 por xformer » Registrado

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« Responder #10 : 18 de Maio de 2019, as 12:23:19 »

  Eu tenho pra mim que o plano de terra te ilude escondendo defeitos de um layout ruim. Às vezes parece bonito, o terra conectado logo ali no plano, mas quando vai olhar direito tem um loop de corrente circulando a placa inteira...

  O que eu faço é desenhar o melhor layout que conseguir sem nenhum plano, e depois desenhar o terra e o vcc cobrindo a maior área possível, mas só depois de ter certeza que sem plano está bom. Sei lá se é o correto, mas acredito ser a melhor forma.
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